Segurança alimentar em pescado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Matilde da Fonseca de Oliveira Tenreiro de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7931
Resumo: Nos últimos anos observou-se o aumento de consumo de peixe a nível mundial, inclusivamente em Portugal. Esta alteração de hábitos alimentares prende-se a diversos fatores nomeadamente como forma de obter uma vida mais saudável. Ainda assim este consumo não se encontra livre de perigos que possam representar riscos para a saúde do consumidor, sendo que um dos perigos associados ao consumo de produtos da pesca é a presença de parasitas. O potencial deste perigo varia de acordo com alguns fatores como boas práticas aplicadas ao longo da fileira de pescado, a espécie de peixe e o modo de confeção culinária, entre outros. Sendo assim, um dos papéis da DGAV é prestar serviços fiscalizadores de controlo hígio-sanitário a nível da fileira do pescado. Neste sentido e para melhor entender o papel do Médico Veterinário na fileira do pescado, de setembro de 2015 a janeiro de 2016 acompanhou-se o trabalho da Direção de Serviços Veterinários da Região Norte. Nesta fase do trabalho descobrimos como funciona o mundo das pescas desde o momento da captura até à fase industrial. Do consumo de produtos da pesca, o parasita que revela maior preocupação atualmente para o consumidor é Anisakis spp. devido ao seu potencial zoonótico. Para aprofundar os conhecimentos neste tema, de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 dedicamo-nos a um estudo, em parceria com o CIIMAR, no qual escolhemos utilizar uma espécie de peixe de grande popularidade para isolar e estudar a identificação morfológica de larvas de Anisakis presentes. Para tal utilizámos 30 exemplares de pescada (Merluccius merluccius) com dimensões de 24-33 cm, capturada em setembro de 2015 no Atlântico Norte da costa de Portugal. Determinámos no nosso estudo que Anisakis spp. possui uma prevalência de 76.67%, e intensidade de 2.04±1.67 (1-5). Anisakis Tipo I possui uma prevalência de 70. 0% e intensidade de 1,8±1.07 (1-4) e Anisakis Tipo II registou uma prevalência de 10.0% e intensidade de 1,0±0.0 (1). A nível anatómico, o local com maior prevalência de larvas foi o fígado. Foi observado que com o aumento do comprimento (idade) e peso do hospedeiro, houve também o aumento dos níveis de parasitismo, sendo que hospedeiros com mais de 28.5 cm revelaram uma prevalência ligeiramente maior. Não foram encontradas larvas no tecido muscular.
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Neste sentido e para melhor entender o papel do Médico Veterinário na fileira do pescado, de setembro de 2015 a janeiro de 2016 acompanhou-se o trabalho da Direção de Serviços Veterinários da Região Norte. Nesta fase do trabalho descobrimos como funciona o mundo das pescas desde o momento da captura até à fase industrial. Do consumo de produtos da pesca, o parasita que revela maior preocupação atualmente para o consumidor é Anisakis spp. devido ao seu potencial zoonótico. Para aprofundar os conhecimentos neste tema, de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 dedicamo-nos a um estudo, em parceria com o CIIMAR, no qual escolhemos utilizar uma espécie de peixe de grande popularidade para isolar e estudar a identificação morfológica de larvas de Anisakis presentes. Para tal utilizámos 30 exemplares de pescada (Merluccius merluccius) com dimensões de 24-33 cm, capturada em setembro de 2015 no Atlântico Norte da costa de Portugal. Determinámos no nosso estudo que Anisakis spp. possui uma prevalência de 76.67%, e intensidade de 2.04±1.67 (1-5). Anisakis Tipo I possui uma prevalência de 70. 0% e intensidade de 1,8±1.07 (1-4) e Anisakis Tipo II registou uma prevalência de 10.0% e intensidade de 1,0±0.0 (1). A nível anatómico, o local com maior prevalência de larvas foi o fígado. Foi observado que com o aumento do comprimento (idade) e peso do hospedeiro, houve também o aumento dos níveis de parasitismo, sendo que hospedeiros com mais de 28.5 cm revelaram uma prevalência ligeiramente maior. Não foram encontradas larvas no tecido muscular.In the last years we find a worldwide growing of fish consumption, including in Portugal. This changes in the food habits is associated to different factors namely as a way to obtain a better life style. Even so this consumption isn’t free of hazards that might put at risk the health of the consumer, one of this hazards are parasites. The hazard potential depends according to different factors like good hygiene practices applied all along the fish sector, the fish species and the cooking method. For this reason it’s of the DGAV duty to oversight services of sanitary and quality control, taking big decisions related to the fisheries industry. For this purpose and to better understand the Veterinarian role in this industry, from September 2015 to January 2016, we followed the work done on the Directore of Veterinary North Regional Services. During this work phase we discover how does the world of fisheries works beginning with the fish capture and going all up until the fish industry work. From the human consumer is Anisakis spp. which has zoonotic potential. For this reason and to increase the knowledge in this subject from December of 2015 to February of 2016, in a partnership with CIIMAR, we choose to study a fish species with high popularity and decided to isolate and study the morphologic identification of Anisakis larvae. We did this using a sample of 30 European hake (Merluccius merluccius) with a length range of 24-33 cm from the Atlantic near the North coast of Portugal. We found that Anisakis spp. had prevalence value of 76.67%, and intensity of 2.04±1.67 (1-5). Type I had 70.0% of prevalence and intensity of 1,8±1.07 (1-4), and Type II recorded a prevalence of 10.0% and intensity of 1,0±0.0 (1). According to an anatomy level, we found the liver to be the visceral organ with the biggest larvae prevalence. It was observed that with increase of weight and length there was also an increasing of parasitization, where hosts above 28.5 cm had a slightly higher prevalence. No larvae was found in the muscle tissue.2017-08-17T13:57:09Z2017-08-17T00:00:00Z2017-08-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/7931TID:202033082porMatos, Matilde da Fonseca de Oliveira Tenreiro deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:47:33Zoai:repositorio.utad.pt:10348/7931Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:27.104511Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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