Avaliação da evolução e controlo da asma em grávidas num serviço de Imunoalergologia
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212013000200005 |
Resumo: | Introdução: A asma complica frequentemente a gravidez, sendo a evolução individual imprevisível. O objectivo deste estudo foi avaliar a evolução e controlo da asma em grávidas seguidas em consulta de Imunoalergologia. >Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos de asmáticas seguidas durante a gravidez em consulta de Imunoalergologia, observadas mensalmente e com realização de espirometria, FeNO (fracção de óxido nítrico no ar exalado) e questionário ACT®. Realizou-se análise subjectiva da evolução ao longo da gravidez (melhoria, manutenção, agravamento), tendo em conta os dados anteriores, sintomatologia, medicação de alívio, recurso à urgência, corticoterapia sistémica e alteração terapêutica. Resultados: Foram incluídas 26 grávidas asmáticas (76,9% com rinite; 73,1% atópicas), entre os 18 e 36 anos (média: 27,6 ± 4,9 anos). Nos três trimestres da gravidez e no período pós-parto (PP), a maioria das grávidas apresentou função pulmonar normal (FEV1 >80%). A probabilidade de inflamação brônquica (avaliação pelo FeNO) foi diminuindo ao longo da gravidez e PP. O ACT mostrou total controlo da asma em apenas 28,6% no primeiro trimestre, 22,2% no segundo e 30% no terveiro trimestre. Para cada avaliação, correlacionou-se FEV1, FeNO e ACT (correlação significativa entre FeNO/ACT no segundo trimestre, p=0,028). Subjectivamente verificou-se que, no primeiro trimestre, a maioria (55,6%) das grávidas agravou; no segundo e terceiro trimestre e PP a maioria permaneceu estável (52,4%, 62,5% e 57,1%, respectivamente). Seis grávidas (23,1%) necessitaram de avaliação urgente e quatro de corticoterapia sistémica. Na avaliação global, uma grávida (3,85%) melhorou ao longo de toda a gravidez, enquanto 11 (42,3%) pioraram. Conclusões: Este estudo vem confirmar que a asma pode complicar, de forma imprevisível, a gravidez. Mesmo grávidas seguidas regularmente em consulta apresentaram evoluções variadas, com exacerbações e necessidade de ajuste terapêutico. É assim reforçada a necessidade de um seguimento regular da grávida asmática em consulta especializada para manter um maior controlo da asma, de forma a evitar as complicações fetais daí resultantes. |
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