Desmame de ventilação não invasiva: Experiência com períodos de descontinuação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Damas,C
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Andrade,C, Araújo,JP, Almeida,J, Bettencourt,P
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592008000100003
Resumo: Introdução: Nos últimos anos, a ventilação não invasiva (VNI) tornou-se numa opção terapêutica válida nas exacerbações agudas de doentes com doença pulmonar crónica obstrutiva. No entanto, apesar de muito utilizada, existe muito pouca informação sobre o desmame deste modo ventilatório. Objectivos: Descrever um protocolo de desmame baseado em períodos progressivos de descontinuação de VNI. Métodos: Durante um ano foram admitidos 78 doentes na nossa unidade para início de VNI devido a exacerbações agudas de doentes com doença pulmonar crónica obstrutiva. O desmame de VNI era considerado em doentes que se apresentavam sem acidose e com frequência respiratória inferior a 25 ciclos por minuto. O desmane era realizado da seguinte forma: Durante as primeiras 24 horas, em cada 3 horas de período diurno o doente estava sem VNI durante uma hora (excepto à noite); no segundo dia, em cada 3 horas o doente estava sem VNI durante 2 horas (excepto à noite), e no terceiro dia a VNI era utilizada apenas em período nocturno. Resultados: Sessenta doentes iniciaram o protocolo de desmame. O tempo médio de VNI foi de 120.9 horas (17 a 192 horas). Não houve registo de complicações nos doentes que iniciaram este protocolo. Todos completaram o protocolo sem necessidade de reinstituir VNI ou ventilação invasiva durante o internamento. Conclusões: Descrevemos uma taxa excelente de sucesso de desmame de VNI em doentes com exacerbações agudas de doentes com insuficiência respiratória crónica. Apesar de este protocolo implicar uma duração de 72 horas, os resultados sugerem que estratégias baseadas em períodos com e sem VNI são eficazes. No entanto, estratégias menos demoradas merecem investigação.
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