A Poesia de um (Não) Lugar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/3956 |
Resumo: | Com o intuito de orientar a abordagem projetual, tal dissertação resulta da reflexão teórica por sobre dois opostos momentos: a construção fenomenológica da paisagem e a produção supermoderna de não-lugares. O primeiro, ligado à concretização - repleta por significados - do ambiente nas coisas, apoiou-se em dois notáveis autores alemães. Martin Heidegger, em Building Dwelling Thinking, reflete acerca da essência das coisas através da linguagem, onde, por meio da dissecação de construir e habitar, apresenta o início do movimento de pensamento fenomenológico sobre o lugar. Em subsequência, Christian Norberg-Schulz, em Genius Loci, Towards a Phenomenology of Architecture, expande este pensamento para mesmo uma teoria, onde dispõe de ferramentas de análise que propiciam uma leitura qualitativa do ambiente em questão, seja ele natural ou pelo homem construído. Já o segundo dos momentos, fundamentado em Non-Places, Introduction to an Anthropology Of Supermodernity- obra tecida por Marc Augé, antropólogo francês -, diz respeito à perpetuação contemporânea de espaços sem qualquer identidade. Espaços desprovidos de história, espaços onde não se consegue pertencer. O espaço eleito para então se tornar o Lugar de Pina Bausch, é hoje um não-lugar. Desprovido de forma, natureza ou identidade, é um espaço que se mostra como barreira de si mesmo. E como melhor que, por intermédio de um olhar fenomenológico, reviver determinado lugar? Há de, pelos caminhos que na natureza se fazem transparecer, se orientar. Há de, sobre a paisagem que se é denotada, se respaldar. O rio, o parque, a luz, a sombra, o terreno, os materiais, a morfologia, os hábitos, o tempo, a história. Quando concretamente se olha ao lugar, poeticamente se há de construir. |
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