Estratégias de coping da família da pessoa portadora de Esclerose Múltipla
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/3982 |
Resumo: | Cuidar de alguém é naturalmente exigente, especialmente quando este apresenta limitações físicas ou mentais, como é o caso da pessoa portadora de Esclerose Múltipla, cuja manifestação é frequente em jovens adultos e com sintomas de aparecimento inesperado. O emergir do papel de cuidador é, habitualmente, imprevisível e é muitas vezes encarado como um acontecimento stressante para o cuidador e toda a família. O papel do enfermeiro de família é assim fulcral para o conhecimento das características destas pessoas e famílias, bem como as estratégias de coping por eles adotadas, o que poderá contribuir para mobilizar eficazmente os recursos individuais, familiares e da comunidade para dar resposta às dificuldades. Este trabalho tem como objetivos caracterizar a pessoa da família portadora de Esclerose Múltipla e o membro da família cuidador, avaliar as necessidades das famílias com membro portador de Esclerose Múltipla no âmbito do processo familiar e identificar as estratégias de coping adotadas por estas famílias. O estudo é de natureza quantitativa, descritivo e transversal, realizado com uma amostra não probabilística por acessibilidade, constituída por 25 famílias com membro portador de Esclerose Múltipla, inscritos na lista de doentes diagnosticados com a doença no Serviço de Neurologia de uma Unidade Local de Saúde. Para identificar as estratégias de coping recorreuse a um questionário F-COPES validado para a população portuguesa por Canavarro, Serra, Firmino e Ramalheira (1990) e à matriz operativa do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar de Figueiredo (2013) que permitiu avaliar as necessidades no âmbito do processo familiar. Foram aplicados através de entrevista semiestruturada. A pessoa portadora de Esclerose Múltipla é na maioria do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 35 e os 65 anos, reformada e cujas limitações mais referenciadas foram a fadiga extrema, a espasticidade e a fraqueza. A pessoa identificada como cuidador é na maioria do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 45 e os 65 anos, casado ou em união de facto, sendo que a figura de cuidador recai no cônjuge/companheiro. No âmbito do processo familiar, as famílias estudadas são maioritariamente funcionais. Relativamente aos papéis familiares, foi possível verificar que o papel do cuidado doméstico recai sobre a pessoa portadora de Esclerose Múltipla, verificando-se saturação deste papel. As estratégias de coping mais utilizadas na amostra estudada foram o reenquadramento e a avaliação passiva, sendo que a estratégia menos utilizada foi a procura de suporte espiritual. Ter conhecimento das características, do processo familiar e das estratégias de coping utilizadas por estas famílias permitirá uma intervenção na família como um tod+B9o e em cada membro portador de Esclerose Múltipla individualmente, incrementando assim a qualidade de vida em toda a unidade familiar. |
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