O papel dos media no quadro do terrorismo como acção estratégica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/15796 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Estratégia |
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O papel dos media no quadro do terrorismo como acção estratégicaEstratégiaMediaTerrorismoRelação media/ terrorismoStrategyMediaTerrorismMedia/ Terrorism RelationshipDissertação de Mestrado em EstratégiaA cobertura mediática de actos terroristas tem registado duras críticas e levantado questões quanto ao papel dos media na expansão do fenómeno terrorista. Através da aplicação de conceitos teóricos do domínio da Estratégia, e validando a hipótese de o terrorismo constituir um fenómeno de cariz estratégico, percebemos que, apesar de a cobertura mediática ser, muitas vezes, favorável ao cumprimento dos objectivos parcelares dos terroristas – atenção, reconhecimento, respeito e legitimidade -, não é determinante para a obtenção do seu objectivo final. Isto é, não tem um contributo decisivo no desenvolvimento do terrorismo. A relação entre media e terrorismo é, de facto, complexa. No entanto, os media apenas se apresentam como um meio empregue pelos grupos terroristas. Na verdade, os media são um meio explorado pela sua capacidade de difundir mensagens de forma célere, abolindo a condicionante da distância. Um meio que é simultaneamente uma força material e moral, aumentando substancialmente o potencial estratégico dos intervenientes no conflito, em especial pela possibilidade de mobilizar o factor psicológico tão caro às modalidades de acção indirectas que marcam os conflitos da actualidade. Porém, não se consideram os media decisivos na concretização da estratégia terrorista. Por um lado, pelo facto de o seu emprego enquanto meio ser muito condicionado por factores diversos do ambiente estratégico, podendo até ter impactos inesperados, nem sempre favoráveis ao actor que o empregou. Por outro, porque a mensagem transmitida, ainda que impregnada de uma interpretação feita pelo meio que a divulga, está sempre sujeita a uma camada de interpretação feita pela audiência. E esta interpretação é condicionada por factores de ordem política, social e cultural que envolvem essa mesma audiência. Deste modo, consideramos que os media são apenas um meio ao serviço da estratégia terrorista. Tal conclusão não invalida, contudo, que sejam debatidas questões relativamente à ética subjacente à cobertura mediática e à forma como os media podem guiar a sua conduta, no sentido de melhor cumprirem os seus objectivos informativos primordiais.The media coverage of terrorist acts has experienced harsh criticism and raised questions about the role of media in the expansion of terrorism. Through the application of theoretical concepts of the strategic domain, and the validation of the hypothesis of terrorism constituting a strategic nature phenomenon, we realized that, despite being the media coverage often favorable to the fulfillment of partial terrorist objectives - attention, recognition, respect and legitimacy -, it is not decisive for achieving their ultimate goal. That is, it does not have a decisive contribution to the terrorism development. The relationship between media and terrorism is, in fact, complex. However, media present themselves only as a mean employed by terrorist groups. In fact, the media are a mean exploited for its ability to rapidly spread messages by abolishing the distance factor. A mean that is both a physical and moral strength, which substantially increases the strategic potential of the actors in conflict, especially regarding the possibility of mobilizing the psychological factor, so relevant when developing the indirect actions that characterize conflicts today. However, we do not consider the media as a decisive factor in the achievement of the terrorist strategy. On the one hand, because of the fact that media employment is conditioned by several factors of the strategic environment and may even have unexpected impacts, not always favorable to the actor who employed them. On the other, because the message conveyed, although impregnated with an interpretation provided by the media itself, it is always subject to a layer of interpretation made by the audience. And this interpretation is conditioned by political, social and cultural aspects involving that same audience. Thus, we consider that the media are only a mean which serves the terrorist strategy. Such a conclusion does not invalidate, however, a discussion on the underlying ethical media coverage and on how the media can guide their conduct, in order to better fulfill their primary information purposes.Instituto Superior de Ciências Sociais e PolíticasRibeiro, António SilvaRepositório da Universidade de LisboaFaustino, Ana Catarina Bordalo2018-07-05T18:00:35Z2018-06-252018-06-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/15796TID:201970341porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:45:41Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/15796Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:01:22.111913Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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