Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prata, Margarida Isabel Ribeiro Beato
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/16225
Resumo: O número de indivíduos que controlam o VIH, mercê de uma terapêutica anti-retroviral (TARV) mais eficaz, tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Ao longo deste trabalho, pretende demonstrar-se qual o efeito da TARV nos doentes infectados com o VIH. São apresentadas exposições relativas à História Natural da Infecção, ao Diagnóstico e Monitorização e, ainda, aos Princípios Gerais da TARV. Servem estes textos para preparar a apresentação de um caso concreto, seguido da sua Discussão e das Conclusões. O VIH é transmissível por via sanguínea, sexual e vertical. Tem um tropismo especial por células CD4+, infectando, preferencialmente, linfócitos T helper e ainda células dendríticas no SNC e em barreiras mucosas. Após a entrada no hospedeiro, o vírus replica-se e difunde-se por todo o organismo. Consoante as suas características, as do hospedeiro e a interacção que se produza entre eles, assim surgem diferentes padrões de doença. O set point da carga vírica (CV) e a contagem de T CD4+ nadir são dois factores que podem ajudar a prever a evolução da doença. O diagnóstico é alcançado pela detecção de Ac’s específicos para o VIH e a monitorização da infecção é feita pelas determinações sequenciais das contagens de T CD4+ e da CV. Doentes com condição definidora de SIDA ou contagens de linfócitos T CD4+ abaixo das 350 células/mm3 devem iniciar TARV. Do mesmo modo, doentes com CV persistentemente elevadas, apesar de boas contagens de T CD4+, também o devem fazer. Recomenda-se um esquema constituído por 2NRTI + 1IP ou 2NRTI + 1NNRTI. É preciso que o doente esteja preparado para iniciar a terapia. A adesão é um factor fundamental para o sucesso terapêutico. Facilita a supressão virológica e impede o aparecimento de resistências, mas está bastante dependente dos efeitos secundários e das interacções com outros fármacos. Considerando que o primeiro regime de TARV é o que tem maiores probabilidades de sucesso, a sua aplicação deve ser escrupulosamente pensada e executada. Neste caso clínico, a infecção remonta a 1984 e o doente faz TARV desde 1991. Apesar de os T CD4+ se manterem num intervalo de valores que nunca foi muito díspar, apenas nos últimos anos se conseguiu alcançar, de forma sustentada, CV mais baixas. Neste momento, pode dizer-se que este doente controla a infecção. É um equilíbrio que se ensaia. É cada vez mais frequente e com menores custos quer fisiológicos, quer monetários, o que favorece a implementação generalizada da TARV.
id RCAP_28b30e30fb2f27dc23df73d209f595ed
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/16225
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIHInfecções por HIVTerapêutica anti-retroviral muito activaHIVO número de indivíduos que controlam o VIH, mercê de uma terapêutica anti-retroviral (TARV) mais eficaz, tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Ao longo deste trabalho, pretende demonstrar-se qual o efeito da TARV nos doentes infectados com o VIH. São apresentadas exposições relativas à História Natural da Infecção, ao Diagnóstico e Monitorização e, ainda, aos Princípios Gerais da TARV. Servem estes textos para preparar a apresentação de um caso concreto, seguido da sua Discussão e das Conclusões. O VIH é transmissível por via sanguínea, sexual e vertical. Tem um tropismo especial por células CD4+, infectando, preferencialmente, linfócitos T helper e ainda células dendríticas no SNC e em barreiras mucosas. Após a entrada no hospedeiro, o vírus replica-se e difunde-se por todo o organismo. Consoante as suas características, as do hospedeiro e a interacção que se produza entre eles, assim surgem diferentes padrões de doença. O set point da carga vírica (CV) e a contagem de T CD4+ nadir são dois factores que podem ajudar a prever a evolução da doença. O diagnóstico é alcançado pela detecção de Ac’s específicos para o VIH e a monitorização da infecção é feita pelas determinações sequenciais das contagens de T CD4+ e da CV. Doentes com condição definidora de SIDA ou contagens de linfócitos T CD4+ abaixo das 350 células/mm3 devem iniciar TARV. Do mesmo modo, doentes com CV persistentemente elevadas, apesar de boas contagens de T CD4+, também o devem fazer. Recomenda-se um esquema constituído por 2NRTI + 1IP ou 2NRTI + 1NNRTI. É preciso que o doente esteja preparado para iniciar a terapia. A adesão é um factor fundamental para o sucesso terapêutico. Facilita a supressão virológica e impede o aparecimento de resistências, mas está bastante dependente dos efeitos secundários e das interacções com outros fármacos. Considerando que o primeiro regime de TARV é o que tem maiores probabilidades de sucesso, a sua aplicação deve ser escrupulosamente pensada e executada. Neste caso clínico, a infecção remonta a 1984 e o doente faz TARV desde 1991. Apesar de os T CD4+ se manterem num intervalo de valores que nunca foi muito díspar, apenas nos últimos anos se conseguiu alcançar, de forma sustentada, CV mais baixas. Neste momento, pode dizer-se que este doente controla a infecção. É um equilíbrio que se ensaia. É cada vez mais frequente e com menores custos quer fisiológicos, quer monetários, o que favorece a implementação generalizada da TARV.2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/16225http://hdl.handle.net/10316/16225porPrata, Margarida Isabel Ribeiro Beatoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
title Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
spellingShingle Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
Prata, Margarida Isabel Ribeiro Beato
Infecções por HIV
Terapêutica anti-retroviral muito activa
HIV
title_short Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
title_full Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
title_fullStr Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
title_full_unstemmed Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
title_sort Influência da terapêutica anti-retroviral na história natural da infecção por VIH
author Prata, Margarida Isabel Ribeiro Beato
author_facet Prata, Margarida Isabel Ribeiro Beato
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Prata, Margarida Isabel Ribeiro Beato
dc.subject.por.fl_str_mv Infecções por HIV
Terapêutica anti-retroviral muito activa
HIV
topic Infecções por HIV
Terapêutica anti-retroviral muito activa
HIV
description O número de indivíduos que controlam o VIH, mercê de uma terapêutica anti-retroviral (TARV) mais eficaz, tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Ao longo deste trabalho, pretende demonstrar-se qual o efeito da TARV nos doentes infectados com o VIH. São apresentadas exposições relativas à História Natural da Infecção, ao Diagnóstico e Monitorização e, ainda, aos Princípios Gerais da TARV. Servem estes textos para preparar a apresentação de um caso concreto, seguido da sua Discussão e das Conclusões. O VIH é transmissível por via sanguínea, sexual e vertical. Tem um tropismo especial por células CD4+, infectando, preferencialmente, linfócitos T helper e ainda células dendríticas no SNC e em barreiras mucosas. Após a entrada no hospedeiro, o vírus replica-se e difunde-se por todo o organismo. Consoante as suas características, as do hospedeiro e a interacção que se produza entre eles, assim surgem diferentes padrões de doença. O set point da carga vírica (CV) e a contagem de T CD4+ nadir são dois factores que podem ajudar a prever a evolução da doença. O diagnóstico é alcançado pela detecção de Ac’s específicos para o VIH e a monitorização da infecção é feita pelas determinações sequenciais das contagens de T CD4+ e da CV. Doentes com condição definidora de SIDA ou contagens de linfócitos T CD4+ abaixo das 350 células/mm3 devem iniciar TARV. Do mesmo modo, doentes com CV persistentemente elevadas, apesar de boas contagens de T CD4+, também o devem fazer. Recomenda-se um esquema constituído por 2NRTI + 1IP ou 2NRTI + 1NNRTI. É preciso que o doente esteja preparado para iniciar a terapia. A adesão é um factor fundamental para o sucesso terapêutico. Facilita a supressão virológica e impede o aparecimento de resistências, mas está bastante dependente dos efeitos secundários e das interacções com outros fármacos. Considerando que o primeiro regime de TARV é o que tem maiores probabilidades de sucesso, a sua aplicação deve ser escrupulosamente pensada e executada. Neste caso clínico, a infecção remonta a 1984 e o doente faz TARV desde 1991. Apesar de os T CD4+ se manterem num intervalo de valores que nunca foi muito díspar, apenas nos últimos anos se conseguiu alcançar, de forma sustentada, CV mais baixas. Neste momento, pode dizer-se que este doente controla a infecção. É um equilíbrio que se ensaia. É cada vez mais frequente e com menores custos quer fisiológicos, quer monetários, o que favorece a implementação generalizada da TARV.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/16225
http://hdl.handle.net/10316/16225
url http://hdl.handle.net/10316/16225
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777302593898283008