Do acolhimento à autonomização: perceções dos jovens que viveram institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Alcídia Muna Sanhá Mendes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/20010
Resumo: Além do desafio de uma experiência de acolhimento institucional, estes jovens enfrentaram prematuramente a responsabilidade de se tornarem autossuficientes quando, aos 21 anos, findou a medida de proteção e promoção. Na ausência de uma retaguarda familiar capaz de se constituir como uma rede de segurança e apoio ao desenvolvimento integral espera-se que o jovem tenha adquirido, até então, uma qualificação escolar e profissional que lhe garanta colocação no mercado de trabalho e, consequentemente, uma remuneração que lhe permita viver condignamente após a saída da instituição e lidar com os desafios de uma vida autónoma em condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Mas este processo nem sempre é conseguido da melhor forma quer por fragilidades institucionais quer por ser suscetível de ser afetado por outros fatores de risco ambientais e individuais como suporte social e oportunidades de emprego, atrasos no desenvolvimento de competências, baixa resiliência, pouco incentivo, etc. Neste sentido o estudo aqui apresentado centra-se na análise das trajetórias de vida de jovens e jovens adultos Ex-acolhidos em Lares de Infância e Juventude (LIJ), com o intuito de compreender pela voz dos mesmos, de que forma a medida de institucionalização se reproduziu neles. Pretende-se ainda conhecer a perceção que os ex-utentes têm do apoio e a formação que lhes foi proporcionada enquanto institucionalizados, e o eventual contributo na sua posterior integração nos diferentes contextos da vida. Neste estudo, a metodologia utilizada foi a entrevista individual semiestruturada, aplicada a doze sujeitos de ambos os sexos. Foi realizada a análise da temática, através das seguintes categorias: a relação familiar antes da institucionalização, o balanço do seu percurso durante a institucionalização e a sua autonomia depois da saída da instituição. São apresentados e discutidos os resultados relativos a diversas categorias que englobam o acolhimento residencial. Conclui-se que, apesar do panorama globalmente desfavorável do processo de institucionalização, foram percecionados pela maioria dos sujeitos aspetos positivos da institucionalização, nomeadamente, como sendo um grande pilar nas suas vidas, na medida em que os ajudou no desenvolvimento de valores, de competências pessoais e profissionais/académicas.
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