Ventilação não invasiva na insuficiência respiratória aguda na bronquiolite por vírus sincicial respiratório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nizarali, Z
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Cabral, M, Silvestre, C, Abadesso, C, Nunes, P, Loureiro, H, Almeida, HI
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.10/1447
Resumo: Objetivos: Analisar se a ventilação não invasiva diminui a necessidade de intubação endotraqueal e se alterou a evolução clínica, relativamente a com- plicações infecciosas, da bronquiolite por vírus sincicial respiratório com insu- ficiência respiratória. Metodos: Estudo retrospectivo de coortes: cohorte A, de crianças interna- das na unidade de cuidados intensivos e especiais pediátrica antes da introdução da ventilação não invasiva (2003-2005); cohorte B, de crianças internadas após a introdução de ventilação não invasiva (2006-2008). Excluindo a ventilação não invasiva, a terapêutica de suporte foi igual nos dois grupos. Foram incluídas crianças com o diagnóstico de bronquiolite por vírus sincicial respiratório e insuficiência respiratória entre novembro 2003 e mar- ço 2008. Analisaram-se variáveis demo- gráficas, clínicas e gasimétricas. Resultados: Incluídas 162 crianças, 75% com idade <3 meses. Grupo A: 64 crianças; Grupo B: 98 (34 necessitaram de ventilação não invasiva). Ambos os grupos apresentaram distribuição seme- lhante relativamente à idade, anteceden- tes de prematuridade, cardiopatia congé- nita, paralisia cerebral e doença pulmo- nar crónica. Na admissão, os valores da gasimetria e o número de apneias não apresentaram diferenças estaticamente significativas nos dois grupos. No Grupo B, o número de crianças que necessitou de ventilação invasiva foi menor (Gru- po A: 12 versus Grupo B: 7; p=0,02), verificando-se uma diminuição do nú - mero de casos de pneumonia bacteriana (Grupo A:19/64 versus Grupo B:12/98; p=0,008). Não se registou mortalidade. Conclusão: Neste trabalho, compa- rando crianças com a mesma patologia, antes e depois da introdução de ventila- ção não invasiva como apoio ventilatório inicial, verificou-se diminuição das com - plicações infecciosas e da necessidade de entubação.
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