Medir a validade da avaliação neuropsicológica em doentes com esclerose múltipla e lúpus eritematoso sistémico
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Publication Date: | 2016 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10773/21453 |
Summary: | A deteção de empenhamento sub-óptimo é complexa e ainda pouco explorada em Portugal. O presente estudo tem como objetivo explorar medidas de validade em situação de simulação e em contexto de doença autoimune. Para tal, foi recolhida uma amostra de 83 mulheres saudáveis (idade=40,5±14,1, escolaridade=11,1±3,3) e 40 mulheres com doença autoimune da Consulta de Neuroimunologia do Centro Hospitalar do Porto (30 com Esclerose Múltipla e 10 com Lúpus Eritematoso Sistémico: idade=37,8±10,3, escolaridade=12,5±2,9) completaram a Dementia Rating Scale-2 (DRS-2) e responderam ao Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e ao NEO Five-Factor Inventory (NEO-FFI-20). A 41 sujeitos saudáveis foi-lhes pedido para simularem o seu desempenho como se tivessem sofrido um Traumatismo Crânio-Encefálico nas seguintes provas: Test of Memory Malingering (TOMM), Coin-in-the-Hand Test (CIHT), Warrington Recognition Memory for Faces (RMF), Auditory Verbal Learning Test (AVLT). Foram usadas curvas de ROC e correlações de Pearson para analisar os dados. Os resultados mostraram que a capacidade de identificar indivíduos saudáveis em situação de simulação foi elevada para todas as medidas de validade analisadas (áreas da curva de ROC > 0,98). Com base nos pontos de corte encontrados para estas medidas (os que melhor discriminam sujeitos saudáveis em simulação), verificaram-se pontuações consideradas normais em: 100% dos doentes no TOMM – 2º ensaio de reconhecimento, no CIHT e no AVLT – reconhecimento diferido; 97,5 no TOMM – 1º ensaio e no ensaio de reconhecimento; 87,5% no RMF; 70% no AVLT – evocação diferida; e 52,9% no AVLT – total aprendizagem. O desempenho dos doentes em medidas de validade correlaciona-se negativamente com a idade, a ansiedade e a depressão (HADS) e positivamente com a escolaridade e o funcionamento cognitivo (DRS-2). Não foram identificadas associações significativas (p>0.01) com medidas de personalidade (NEO-FFI-20). Este estudo contribui para o enriquecimento da literatura nacional e internacional uma vez que demonstram o potencial informativo das medidas de validade estudadas, em particular o TOMM e o CIHT, na avaliação neuropsicológica de mulheres jovens com doença autoimune. |
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Medir a validade da avaliação neuropsicológica em doentes com esclerose múltipla e lúpus eritematoso sistémicoNeuropsicologiaPsicologia aplicadaEsclerose múltiplaLupus Eritematoso SistémicoTestes psicológicos - AvaliaçãoA deteção de empenhamento sub-óptimo é complexa e ainda pouco explorada em Portugal. O presente estudo tem como objetivo explorar medidas de validade em situação de simulação e em contexto de doença autoimune. Para tal, foi recolhida uma amostra de 83 mulheres saudáveis (idade=40,5±14,1, escolaridade=11,1±3,3) e 40 mulheres com doença autoimune da Consulta de Neuroimunologia do Centro Hospitalar do Porto (30 com Esclerose Múltipla e 10 com Lúpus Eritematoso Sistémico: idade=37,8±10,3, escolaridade=12,5±2,9) completaram a Dementia Rating Scale-2 (DRS-2) e responderam ao Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e ao NEO Five-Factor Inventory (NEO-FFI-20). A 41 sujeitos saudáveis foi-lhes pedido para simularem o seu desempenho como se tivessem sofrido um Traumatismo Crânio-Encefálico nas seguintes provas: Test of Memory Malingering (TOMM), Coin-in-the-Hand Test (CIHT), Warrington Recognition Memory for Faces (RMF), Auditory Verbal Learning Test (AVLT). Foram usadas curvas de ROC e correlações de Pearson para analisar os dados. Os resultados mostraram que a capacidade de identificar indivíduos saudáveis em situação de simulação foi elevada para todas as medidas de validade analisadas (áreas da curva de ROC > 0,98). Com base nos pontos de corte encontrados para estas medidas (os que melhor discriminam sujeitos saudáveis em simulação), verificaram-se pontuações consideradas normais em: 100% dos doentes no TOMM – 2º ensaio de reconhecimento, no CIHT e no AVLT – reconhecimento diferido; 97,5 no TOMM – 1º ensaio e no ensaio de reconhecimento; 87,5% no RMF; 70% no AVLT – evocação diferida; e 52,9% no AVLT – total aprendizagem. O desempenho dos doentes em medidas de validade correlaciona-se negativamente com a idade, a ansiedade e a depressão (HADS) e positivamente com a escolaridade e o funcionamento cognitivo (DRS-2). Não foram identificadas associações significativas (p>0.01) com medidas de personalidade (NEO-FFI-20). Este estudo contribui para o enriquecimento da literatura nacional e internacional uma vez que demonstram o potencial informativo das medidas de validade estudadas, em particular o TOMM e o CIHT, na avaliação neuropsicológica de mulheres jovens com doença autoimune.The malingering is complex and it is poor explored in Portugal. The aim of the present study is to explore validity measures in a simulation scenario on a context of autoimmune disaese. For such, it was collected a sample of 83 healthy women (age=40,5±14,1, education=11,1±3,3) and 40 women with autoimmune disease from the Neuroimmunology Outpatient Clinic from Centro Hospitalar do Porto (30 with Multiple Sclerosis and 10 with Systemic Lupus Erythematosus: age=37,8±10,3, education=12,5±2,9). All participants completed the Dementia Rating Scale-2 (DRS-2) and answered the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) and NEO Five-Factor Inventory (NEO-FFI-20). To 41 healthy subjects was asked to simulate their performance like their had a Traumatic Brain Injury on Test of Memory Malingering (TOMM), Coin-in-the-Hand Test (CIHT), Warrington Recognition Memory for Faces (RMF), Auditory Verbal Learning Test (AVLT). ROC curves and Pearson correlation were used to analyze the data. The results showed that the capacity to identify healthy subjects in a simulation scenario were high for all the validity measures analyzed (ROC curve area>0.98). Using adequate cut-offs for this measures (those which discriminate simulated healthy subjects), it was found normal scores in: 100% of patients in TOOM – 2nd recognition trial; on CITHT and in AVLT- deferred recognition; 97.5% on TOMM- 1st trial and recognition trial; 87.5% on RMF; 70% on AVLT – deferred evocation; and 52.9% on AVLT – total learning. The patient performance on validity measures correlates negatively with age, anxiety and depression (HADS) and positively with education and cognitive functioning (DRS-2). No significantly associations were found (p>0.01) with personality measures (NEO-FFI-20). This study contributes to the enrichment of national and international literature, since it demonstrates the informative potential of the validity measures explored, particularly TOMM and CITHT, on neuropsychologic evaluation of young women with autoimmune disease.Universidade de Aveiro2018-01-16T10:52:40Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/21453TID:201577160porFerreira, Inês da Conceição Gomes Almeidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:42:16Zoai:ria.ua.pt:10773/21453Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:55:58.028129Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A deteção de empenhamento sub-óptimo é complexa e ainda pouco explorada em Portugal. O presente estudo tem como objetivo explorar medidas de validade em situação de simulação e em contexto de doença autoimune. Para tal, foi recolhida uma amostra de 83 mulheres saudáveis (idade=40,5±14,1, escolaridade=11,1±3,3) e 40 mulheres com doença autoimune da Consulta de Neuroimunologia do Centro Hospitalar do Porto (30 com Esclerose Múltipla e 10 com Lúpus Eritematoso Sistémico: idade=37,8±10,3, escolaridade=12,5±2,9) completaram a Dementia Rating Scale-2 (DRS-2) e responderam ao Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e ao NEO Five-Factor Inventory (NEO-FFI-20). A 41 sujeitos saudáveis foi-lhes pedido para simularem o seu desempenho como se tivessem sofrido um Traumatismo Crânio-Encefálico nas seguintes provas: Test of Memory Malingering (TOMM), Coin-in-the-Hand Test (CIHT), Warrington Recognition Memory for Faces (RMF), Auditory Verbal Learning Test (AVLT). Foram usadas curvas de ROC e correlações de Pearson para analisar os dados. Os resultados mostraram que a capacidade de identificar indivíduos saudáveis em situação de simulação foi elevada para todas as medidas de validade analisadas (áreas da curva de ROC > 0,98). Com base nos pontos de corte encontrados para estas medidas (os que melhor discriminam sujeitos saudáveis em simulação), verificaram-se pontuações consideradas normais em: 100% dos doentes no TOMM – 2º ensaio de reconhecimento, no CIHT e no AVLT – reconhecimento diferido; 97,5 no TOMM – 1º ensaio e no ensaio de reconhecimento; 87,5% no RMF; 70% no AVLT – evocação diferida; e 52,9% no AVLT – total aprendizagem. O desempenho dos doentes em medidas de validade correlaciona-se negativamente com a idade, a ansiedade e a depressão (HADS) e positivamente com a escolaridade e o funcionamento cognitivo (DRS-2). Não foram identificadas associações significativas (p>0.01) com medidas de personalidade (NEO-FFI-20). Este estudo contribui para o enriquecimento da literatura nacional e internacional uma vez que demonstram o potencial informativo das medidas de validade estudadas, em particular o TOMM e o CIHT, na avaliação neuropsicológica de mulheres jovens com doença autoimune. |
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