O cuidado de enfermagem da pessoa em situação crítica: o stress, o trabalho por turnos e a qualidade do sono de enfermeiros de um serviço de urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, José Carlos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/12001
Resumo: Enquadramento: Este relatório surge no âmbito do Mestrado em Enfermagem da Pessoa em Situação Crítica, pretendendo descrever as competências desenvolvidas na prestação de cuidados de enfermagem especializados à pessoa em situação crítica e família que vivencia processos complexos de doença e/ou falência orgânica, bem como na capacidade de resposta em situações de catástrofe e emergência multivítima, e no controlo da infeção, tendo por base a dimensão ética e deontológica da profissão e apresentar o trabalho de investigação realizado sobre o Cuidado de Enfermagem da Pessoa em Situação Crítica: o stress, o trabalho por turnos e a qualidade do sono de enfermeiros de um serviço de urgência de um hospital da região norte de Portugal. O sono reparador é essencial para o equilíbrio fisiológico, após um período de atividades físicas e psíquicas. Ele tem papel fundamental de relaxar e de reestabelecer o organismo para um novo ciclo, tornando-se uma atividade tranquilizadora para a qualidade de vida. A prática de enfermagem obriga a um trabalho intenso, prolongando-se pelas 24 horas do dia, o que condiciona a forma de trabalho por turnos, conduzindo a alterações do padrão do sono. O trabalho por turnos representa um fator de risco físico, psicológico e social para a saúde dos enfermeiros, o que poderá prejudicar a qualidade dos cuidados prestados. Objetivo: O principal objetivo deste trabalho de investigação consiste em analisar a qualidade do sono de enfermeiros do serviço de urgência de um centro hospitalar da região norte de Portugal e a sua relação com o trabalho por turnos e o stress. Métodos: Estudo descritivo-correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, com uma amostra de 60 enfermeiros do serviço de urgência de um centro hospitalar da região norte de Portugal. A recolha de dados foi suportada num questionário já validado para a população portuguesa. O tratamento de dados foi feito com recurso ao programa IBM® - Statistical Package for the Social Sciences (IBM®-SPSS®) versão 27.0., utilizamos a estatística descritiva e inferencial. Resultados: Amostra maioritariamente feminina (68,3%), com idade entre os 31-40 anos (61,7%), não possuindo filhos (53,3%), prevalência de participantes licenciados (78,3%) e com categoria profissional de enfermeiro (63,3%). Desta amostra, exercia funções no serviço de urgência entre 0-5 anos (55,0%), em regime de trabalho por turnos (86,7%), fazendo turnos noturnos (86,7%), com número de turnos noturnos, por semana ≤2 (82,7%) e com acumulação de funções noutra instituição (63,3%). A média de qualidade do sono foi de 9,20±4,19 e segundo o Índice de qualidade do sono de Pittsburgh os participantes revelaram má qualidade de sono (80%). Em relação ao nível de stress relacionado com o trabalho, obteve-se um valor médio, para o total da amostra de 77,20±12,36. Não existiram diferenças estatisticamente significativas entre as características sociodemográficas e a qualidade do sono (p>0,05), em termos médios, observou-se que os participantes do sexo feminino apresentavam pior qualidade do sono (média=9,49±4,22). Verificando-se que, apenas, existiram diferenças estatisticamente significativas na categoria profissional (p0,05). Não existiram diferenças estatísticas significativas (p>0,05) entre a qualidade do sono e os níveis de stress com o regime de trabalho dos participantes da amostra estudada.Numa análise por valores médios, obtiveram-se valores mais elevados para os enfermeiros que praticavam horário fixo (média=9,50±3,74), os que fazem turnos noturnos (média =9,24±4,29) e nos que tinham um número de turnos noturnos por semana ≤2 (média=9,40±4,41), sugerindo que são estes os participantes com menor qualidade do sono. Numa análise por médias, verificou-se que os participantes com níveis mais elevados de stress laboral são os que praticavam um regime de trabalho de horário fixo (média=83,63±17,80), que não fazem turnos noturnos (média=82,11±17,26), e os que tinham um número de turnos noturnos por semana ≤2 (média=76,79±11,82).Conclusão: A realização deste estágio permitiunos o desenvolvimento de competências preconizadas para o Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica na área da Pessoa em Situação crítica. A maioria dos participantes deste estudo têm uma má qualidade do sono. Por este motivo, é necessário intervir quer a nível individual, quer ao nível organizacional, de modo que sejam adotadas medidas que visem melhorar a qualidade do sono dos participantes. Importa ainda sensibilizar a adoção de estratégias adequadas de higiene do sono, promovendo hábitos de vida saudáveis, tendo em vista melhorar a qualidade de vida dos participantes, o que se traduz também num benefício nos cuidados de saúde prestados à pessoa em situação crítica.
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O sono reparador é essencial para o equilíbrio fisiológico, após um período de atividades físicas e psíquicas. Ele tem papel fundamental de relaxar e de reestabelecer o organismo para um novo ciclo, tornando-se uma atividade tranquilizadora para a qualidade de vida. A prática de enfermagem obriga a um trabalho intenso, prolongando-se pelas 24 horas do dia, o que condiciona a forma de trabalho por turnos, conduzindo a alterações do padrão do sono. O trabalho por turnos representa um fator de risco físico, psicológico e social para a saúde dos enfermeiros, o que poderá prejudicar a qualidade dos cuidados prestados. Objetivo: O principal objetivo deste trabalho de investigação consiste em analisar a qualidade do sono de enfermeiros do serviço de urgência de um centro hospitalar da região norte de Portugal e a sua relação com o trabalho por turnos e o stress. Métodos: Estudo descritivo-correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, com uma amostra de 60 enfermeiros do serviço de urgência de um centro hospitalar da região norte de Portugal. A recolha de dados foi suportada num questionário já validado para a população portuguesa. O tratamento de dados foi feito com recurso ao programa IBM® - Statistical Package for the Social Sciences (IBM®-SPSS®) versão 27.0., utilizamos a estatística descritiva e inferencial. Resultados: Amostra maioritariamente feminina (68,3%), com idade entre os 31-40 anos (61,7%), não possuindo filhos (53,3%), prevalência de participantes licenciados (78,3%) e com categoria profissional de enfermeiro (63,3%). Desta amostra, exercia funções no serviço de urgência entre 0-5 anos (55,0%), em regime de trabalho por turnos (86,7%), fazendo turnos noturnos (86,7%), com número de turnos noturnos, por semana ≤2 (82,7%) e com acumulação de funções noutra instituição (63,3%). A média de qualidade do sono foi de 9,20±4,19 e segundo o Índice de qualidade do sono de Pittsburgh os participantes revelaram má qualidade de sono (80%). Em relação ao nível de stress relacionado com o trabalho, obteve-se um valor médio, para o total da amostra de 77,20±12,36. Não existiram diferenças estatisticamente significativas entre as características sociodemográficas e a qualidade do sono (p>0,05), em termos médios, observou-se que os participantes do sexo feminino apresentavam pior qualidade do sono (média=9,49±4,22). Verificando-se que, apenas, existiram diferenças estatisticamente significativas na categoria profissional (p0,05). Não existiram diferenças estatísticas significativas (p>0,05) entre a qualidade do sono e os níveis de stress com o regime de trabalho dos participantes da amostra estudada.Numa análise por valores médios, obtiveram-se valores mais elevados para os enfermeiros que praticavam horário fixo (média=9,50±3,74), os que fazem turnos noturnos (média =9,24±4,29) e nos que tinham um número de turnos noturnos por semana ≤2 (média=9,40±4,41), sugerindo que são estes os participantes com menor qualidade do sono. Numa análise por médias, verificou-se que os participantes com níveis mais elevados de stress laboral são os que praticavam um regime de trabalho de horário fixo (média=83,63±17,80), que não fazem turnos noturnos (média=82,11±17,26), e os que tinham um número de turnos noturnos por semana ≤2 (média=76,79±11,82).Conclusão: A realização deste estágio permitiunos o desenvolvimento de competências preconizadas para o Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico Cirúrgica na área da Pessoa em Situação crítica. A maioria dos participantes deste estudo têm uma má qualidade do sono. Por este motivo, é necessário intervir quer a nível individual, quer ao nível organizacional, de modo que sejam adotadas medidas que visem melhorar a qualidade do sono dos participantes. Importa ainda sensibilizar a adoção de estratégias adequadas de higiene do sono, promovendo hábitos de vida saudáveis, tendo em vista melhorar a qualidade de vida dos participantes, o que se traduz também num benefício nos cuidados de saúde prestados à pessoa em situação crítica.Background: This report has been created as part of a Masters in Nursing of the Person in Critical Situation, intending to describe the skills developed in the provision of specialized nursing care to the person in critical situation and family who experience complex processes of illness and/or organ failure, as well as in the capacity to respond in catastrophe and multi-victim emergency situations, and in infection control, based on the ethical and deontological dimension of the profession and present the research work carried out on the Nursing Care of the Person in Critical Situation: stress, shift work and sleep quality of nurses in the emergency service in Portugal’s northern region. Recovery sleep is essential to ensure physiological balance after a period of physical and mental activities. Sleep plays a fundamental role in relaxing and recovering the human body for a new cycle, being a key element for recovery and general quality of life. Nursing is an intense activity that can occur throughout the 24h of the day, this leads to shift work patterns that lead to different sleep patterns. The shift work pattern is a physical, mental and social risk factor for the nurses’ health, this can as a consequence impact the quality of care provided to patients. Objective: The main goal of this research work is to analyse the of sleep quality of nurses in the emergency service at one of the hospitals in the north of Portugal and its relationship with shift working and stress. Method: Descriptive correlational study, transversal and quantitative, with a sample of 60 nurses from the emergency service of the adult section of an hospital in the north of Portugal. Data gathering was done via questionnaire already validated for the Portuguese population. Data handling was done using IBM® - Statistical Package for the Social Sciences (IBM®- SPSS®) version 27.0., particularly for descriptive and inferential statistics. Results: A majority female sample (68.3%), age between 31-40 years old (61.7%), without children (53.3%), majority with a degree (78.3%) and professional category of nurse (63.3%). In this sample, 55.0% has been working in this service between 0-5 years, 86.7% in shift work patterns, night shifts (86.7%), with number of night shifts per week of ≤2 (82,7%) and working in other institutions (63.3%). The average of sleep quality was 9,20±4,19, according to the Pittsburgh sleep quality index, participants revealed bad sleep quality (80%). For the stress levels related to work, the average for the total sample was 77,20±12,36. There were no statistically significant differences between sociodemographic characteristics and the sleep quality (p>0,05), on average, it was observed that female participants had worst sleep quality (average=9,49±4,22). The only statistically significant in the professional category (p>0,05), with “nurses” being the ones with the worst sleep quality (average=10,08±3,85). With regard to sociodemographic characteristics and stress levels, only the variable having children showed statistically significant differences (p>0,05), with participants with children scoring more than participants without children. We also found that the highest levels of stress fell on the female gender (mean=77.49±11.98), in the 20-30 age group (mean=84.25±12.38), those married/union fact (mean=79.35±13.66), with children (mean=80.64±14.25). There are statistically significant differences for those accumulating other work in different institutions ((p<0,05) and stress, on average the ones with higher stress levels are professional category of nurse (average=78,42±12,67), with an average length of service of 0-5 years (average=85,50±12,05), working in the current service 0-5 years (average=78,30±11,65), working on a fixed schedule (average=83,63±17,80), those don't do night shifts (average=82,11±17,26), with the number of night shifts per week ≤2 (average=76,79±11,82) and those that do not accumulate functions with another institution (average=80,92±12,14). There was no significant correlation between sleep quality and stress levels (r=0.180; p>0,05). There were no statistically significant differences (p>0.05) between sleep quality and stress levels with the work regime of the participants in the studied sample. In an analysis by mean values, higher values were obtained for nurses who practiced fixed schedule (average =9.50±3.74), those who work night shifts (average =9.24±4.29) and those who had a number of night shifts per week ≤2 (average =9.40±4.41), suggesting that these are the participants with the lowest sleep quality. In an analysis by means, it was found that the participants with higher levels of work stress are those who practiced a fixed-hour work regime (average =83.63±17.80), who do not work night shifts (average =82 .11±17.26), and those who had a number of night shifts per week ≤2 (average =76.79±11.82). Conclusion: This study allowed the development of competencies for the Specialist Nurse in Medical-Surgical Nursing in the area of the Person in Critical Situation. The majority of participants in this study have poor quality of sleep. Given this, interventions are required both at an individual and organisational levels to adopt measures to improve the quality of sleep of these same participants. It is also important to adopt strategies that improve general sleep hygiene, promoting healthy habits, with the intent of improving the quality of life of those involved in this study, which ultimately will translate in improved care provided to person in critical condition.2023-12-05T17:17:42Z2023-02-22T00:00:00Z2023-02-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/12001porAlmeida, José Carlosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:42:11Zoai:repositorio.utad.pt:10348/12001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:03:05.633140Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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