Cerâmicas da Idade do Ferro II do depósito votivo de Garvão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosado, L.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Candeias, A., Moita, P., Mayet, F., Lopes, D., Tavares, D., Alfenim, R., Mirão, J.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/4140
Resumo: Garvão foi um importante local sagrado da Idade do Ferro II, onde em 1982 foi acidentalmente descoberto um impressionante depósito votivo [1]. Na escavação foram recuperados uma enorme variedade de materiais, sobretudo cerâmica, os quais foram depositados intencionalmente e cuidadosamente organizados de modo a optimizar o espaço disponível. A cerâmica recuperada mostra que durante a Idade do Ferro este sítio arqueológico foi um ponto de fusão das sociedades ibéricas com fortes influências celtas (interior da Península Ibérica) e do mundo Mediterrâneo. A análise estilística das cerâmicas permitiu a classificação do conjunto cerâmico em diferentes grupos tipológicos. Relacionando o estudo material com aspectos geológicos pretende-se contribuir para uma melhor compreensão das sociedades que produziram estas cerâmicas e das suas interacções no SW da Península durante a Idade do Ferro II. Deste modo, estabeleceu-se uma metodologia de estudo multi-analítica. Aplicando técnicas modernas das ciências dos materiais e os princípios da ciências físicas (por exemplo, geologia e química) pode-se obter respostas e uma melhor compreensão da importância de Garvão nesta área da Península Ibérica. A combinação de técnicas como microscopia electrónica com possibilidade de análise elementar, difracção de raios-X e análise térmica permitem identificar a composição mineralógica destas cerâmicas que extrapolada para a geologia regional, permitem importantes contributos para o conhecimento das sociedades que produziram estes materiais de uso comum. Especial ênfase é concedida à fonte de proveniência das matérias-primas, aos aspectos tecnológicos e, às rotas de circulação de mercadorias, ideias e crenças religiosas. Os primeiros resultados [2] são sobre um grupo de cerâmicas em que foram utilizados dois tipos de matérias-primas: um núcleo inicial com desengordurantes mais grosseiros e a construção da peça com material mais fino. [1] C. Beirão et al., O Arqueólogo Português, 3 (1985) 45-136 [2] L. Rosado et al. In IMA2010, Bonds and Bridges: Mineral sciences and their applications, Budapeste (2010),Livro de Resumos. p. 122 Agradecimentos. Este trabalho é financiado pela FCT através do projecto GODESS e da bolsa de Doutoramento SFRH/BD/67093/2009. Os autores agradecem o apoio da Câmara Municipal de Ourique.
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