CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões, Luís Filipe Lopes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/39220
Resumo: Todos temos vidas diferentes e diferentes formas de encarar a mesma, no entanto, existe uma condição que é comum a: a finitude. A morte chega para todos os seres vivos, nos quais está incluído o Homem, no entanto, o Homem tem consciência, é um ser espiritual e por isso encara este fenómeno de forma diferente... Ao longo do tempo, o Homem desenvolveu formas de lidar com este fenómeno, comportamentos e ações levadas a cabo com o intuito de ajudar a superar e a sacralizar este acontecimento, ajudando também o falecido a fazer a travessia para o mundo do além. Diferentes religiões e filosofias “apropriaram-se” deste evento, desenvolvendo diferentes formas de o celebrar ou, melhor dizendo, diferentes ritos de passagem... Estes ritos de passagem contemplam o protocolo das diferentes etapas do processo exequial; ao prever toda a encenação do referido processo, nestes ritos de passagem está contemplada também a disposição daqueles que deles participam assim como a organização do espaço ou “cenário” que os suporta. O espaço, em especial, em que se celebram as cerimónias derradeiras torna-se gradualmente num espaço específico, sacralizado, dedicado às questões espirituais, variando as suas caraterísticas conforme o período histórico e o predicado pelas diferentes crenças religiosas. Não se pode, contudo, afirmar que os rituais de passagem e a procura por um espaço de “caraterísticas especiais "sejam do domínio da religião tal como se pode verificar através das cerimónias fúnebres realizadas para “celebrar” a morte de pessoas que não professam qualquer religião. No que diz respeito à forma como nos “desfazemos” do corpo dos falecidos, também esta se apresenta díspar, variando conforme a cultura, a religião e o período histórico. A cremação é uma das formas de dar destino ao corpo dos falecidos, sendo mesmo a principal prática em muitos pontos do globo. Arqueólogos e historiadores atestam a ancestralidade desta prática. No ocidente, esta prática caiu em desuso com o advento do cristianismo e só recentemente se voltou a fazer uso da cremação. Em Portugal, só no século XX é que este processo foi restabelecido e apesar do início “tímido”, foi alvo de um grande aumento no início do seculo XXI, tornando-se hoje uma das práticas mais adotadas e em continuo crescimento, evidenciando uma alteração na relação e na perspetiva sobre a morte.
id RCAP_3681211b1df16d19bc70394433ad0c84
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/39220
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIAArquitetura; espiritualidade; espaço sagrado; ritual; morte; cremaçãoTodos temos vidas diferentes e diferentes formas de encarar a mesma, no entanto, existe uma condição que é comum a: a finitude. A morte chega para todos os seres vivos, nos quais está incluído o Homem, no entanto, o Homem tem consciência, é um ser espiritual e por isso encara este fenómeno de forma diferente... Ao longo do tempo, o Homem desenvolveu formas de lidar com este fenómeno, comportamentos e ações levadas a cabo com o intuito de ajudar a superar e a sacralizar este acontecimento, ajudando também o falecido a fazer a travessia para o mundo do além. Diferentes religiões e filosofias “apropriaram-se” deste evento, desenvolvendo diferentes formas de o celebrar ou, melhor dizendo, diferentes ritos de passagem... Estes ritos de passagem contemplam o protocolo das diferentes etapas do processo exequial; ao prever toda a encenação do referido processo, nestes ritos de passagem está contemplada também a disposição daqueles que deles participam assim como a organização do espaço ou “cenário” que os suporta. O espaço, em especial, em que se celebram as cerimónias derradeiras torna-se gradualmente num espaço específico, sacralizado, dedicado às questões espirituais, variando as suas caraterísticas conforme o período histórico e o predicado pelas diferentes crenças religiosas. Não se pode, contudo, afirmar que os rituais de passagem e a procura por um espaço de “caraterísticas especiais "sejam do domínio da religião tal como se pode verificar através das cerimónias fúnebres realizadas para “celebrar” a morte de pessoas que não professam qualquer religião. No que diz respeito à forma como nos “desfazemos” do corpo dos falecidos, também esta se apresenta díspar, variando conforme a cultura, a religião e o período histórico. A cremação é uma das formas de dar destino ao corpo dos falecidos, sendo mesmo a principal prática em muitos pontos do globo. Arqueólogos e historiadores atestam a ancestralidade desta prática. No ocidente, esta prática caiu em desuso com o advento do cristianismo e só recentemente se voltou a fazer uso da cremação. Em Portugal, só no século XX é que este processo foi restabelecido e apesar do início “tímido”, foi alvo de um grande aumento no início do seculo XXI, tornando-se hoje uma das práticas mais adotadas e em continuo crescimento, evidenciando uma alteração na relação e na perspetiva sobre a morte.Repositório ComumSimões, Luís Filipe Lopes2022-02-07T12:19:15Z2021-11-092021-11-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/39220TID:202929558porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-10T01:48:35Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/39220Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:34:16.924947Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
title CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
spellingShingle CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
Simões, Luís Filipe Lopes
Arquitetura; espiritualidade; espaço sagrado; ritual; morte; cremação
title_short CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
title_full CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
title_fullStr CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
title_full_unstemmed CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
title_sort CASA MORTUÁRIA E CREMATÓRIO VILA-CHÃ – PENAJÓIA
author Simões, Luís Filipe Lopes
author_facet Simões, Luís Filipe Lopes
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Simões, Luís Filipe Lopes
dc.subject.por.fl_str_mv Arquitetura; espiritualidade; espaço sagrado; ritual; morte; cremação
topic Arquitetura; espiritualidade; espaço sagrado; ritual; morte; cremação
description Todos temos vidas diferentes e diferentes formas de encarar a mesma, no entanto, existe uma condição que é comum a: a finitude. A morte chega para todos os seres vivos, nos quais está incluído o Homem, no entanto, o Homem tem consciência, é um ser espiritual e por isso encara este fenómeno de forma diferente... Ao longo do tempo, o Homem desenvolveu formas de lidar com este fenómeno, comportamentos e ações levadas a cabo com o intuito de ajudar a superar e a sacralizar este acontecimento, ajudando também o falecido a fazer a travessia para o mundo do além. Diferentes religiões e filosofias “apropriaram-se” deste evento, desenvolvendo diferentes formas de o celebrar ou, melhor dizendo, diferentes ritos de passagem... Estes ritos de passagem contemplam o protocolo das diferentes etapas do processo exequial; ao prever toda a encenação do referido processo, nestes ritos de passagem está contemplada também a disposição daqueles que deles participam assim como a organização do espaço ou “cenário” que os suporta. O espaço, em especial, em que se celebram as cerimónias derradeiras torna-se gradualmente num espaço específico, sacralizado, dedicado às questões espirituais, variando as suas caraterísticas conforme o período histórico e o predicado pelas diferentes crenças religiosas. Não se pode, contudo, afirmar que os rituais de passagem e a procura por um espaço de “caraterísticas especiais "sejam do domínio da religião tal como se pode verificar através das cerimónias fúnebres realizadas para “celebrar” a morte de pessoas que não professam qualquer religião. No que diz respeito à forma como nos “desfazemos” do corpo dos falecidos, também esta se apresenta díspar, variando conforme a cultura, a religião e o período histórico. A cremação é uma das formas de dar destino ao corpo dos falecidos, sendo mesmo a principal prática em muitos pontos do globo. Arqueólogos e historiadores atestam a ancestralidade desta prática. No ocidente, esta prática caiu em desuso com o advento do cristianismo e só recentemente se voltou a fazer uso da cremação. Em Portugal, só no século XX é que este processo foi restabelecido e apesar do início “tímido”, foi alvo de um grande aumento no início do seculo XXI, tornando-se hoje uma das práticas mais adotadas e em continuo crescimento, evidenciando uma alteração na relação e na perspetiva sobre a morte.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-11-09
2021-11-09T00:00:00Z
2022-02-07T12:19:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/39220
TID:202929558
url http://hdl.handle.net/10400.26/39220
identifier_str_mv TID:202929558
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134905597165568