Evolução ponderal na gravidez, preditores e consequências: estudo retrospetivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sequeira,Joana
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Simões,Carla, Colaço,Verónica, Dias,Joana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000200005
Resumo: Objetivos: Avaliar o aumento ponderal durante a gravidez e verificar se existe associação entre o aumento de peso na gravidez e o tipo de parto, paridade, complicações obstétricas e peso do recém-nascido. Tipo de estudo: Estudo de coorte histórica. Local: Centro de Saúde de Vagos, Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Vouga II. População: Grávidas vigiadas na unidade de saúde. Métodos: Amostra constituída por mulheres que estiveram grávidas entre 2003 e 2010. As variáveis estudadas foram: idade, paridade, índice de massa corporal (IMC) pré-concecional, aumento ponderal, tipo de parto, complicações obstétricas e peso do recém-nascido. Para análise estatística utilizaram-se os testes de Qui-quadrado, ANOVA e Least Significant Difference. Resultados: Foram estudadas 495 grávidas com idade média de 27 anos. No início da gravidez 35% tinham IMC = 25, no final 46% tiveram aumento de peso superior ao recomendado. As grávidas com aumento de peso superior ao recomendado apresentaram em média um IMC pré-concecional significativamente maior que as grávidas com aumento de peso adequado ou inferior ao recomendado (p < 0,001). Os recém-nascidos filhos de grávidas com aumento de peso superior ao recomendado apresentaram um peso médio significativamente superior aos restantes recém-nascidos (p = 0,024). Não houve associação entre aumento de peso e tipo de parto, complicações obstétricas ou paridade. Conclusões: Cerca de um terço das grávidas apresentaram excesso de peso ou obesidade no início da gravidez. A maioria das grávidas teve um aumento de peso superior ao recomendado para o seu IMC. As grávidas com maior IMC pré-concecional têm mais frequentemente ganho ponderal superior ao recomendado e têm filhos, em média, mais pesados. São necessários estudos para validar recomendações de aumento ponderal na gravidez para a população portuguesa.
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