Operação de Hartmann: casuística do Departamento de Cirurgia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, S
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Carneiro, T, Toscano, A, Soares, V, Kock, P, Mesquita-Rodrigues, A
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.23/457
Resumo: operação de Hartmann tem como vantagem a segurança do procedimento cirúrgico, e como principal desvantagem a necessidade de uma 2ª. intervenção cirúrgica para conclusão do tratamento. Os autores realizaram um estudo retrospectivo dos doentes submetidos a operação de Hartmann num período de 7 anos (1997-2003). (Introdução) A operação de Hartmann foi inicialmente descrita em 1921 para o tratamento de doentes com carcinoma do recto. Hoje em dia é principalmente utilizada sempre que está contra-indicada uma reconstrução num só tempo. Consiste na ressecção do segmento envolvido pela patologia, com encerramento do topo distal e construção de uma colostomia proximal terminal. Apresenta como principais vantagens a segurança do procedimento, isto é o facto de permitir remover a fonte do problema ao mesmo tempo que elimina o risco de uma anastomose sob condições desfavoráveis. A principal desvantagem resulta de necessitar de um 2º. tempo cirúrgico 'major', geralmente 6 ou mais semanas depois da 1ª. intervenção, que poderá ser dificultado pelo facto de o coto distal ser difícil de identificar e estar retraído, e ainda de ser preciso realizar a desmontagem da colostomia. No entanto alguns doentes ficam privados da 2ª. cirurgia, e a operação de Hartmann dá origem a um estoma definitivo. (Conclusões) As principais indicações para a operação de Hartmann, no Departamento de Cirurgia do Hospital de S. Marcos, foram o adenocarcinoma do cólon e a diverticulite complicada. Esta cirurgia foi realizada principalmente em doentes idosos. No entanto é relativamente segura, tendo-se verificado uma baixa morbilidade, e a mortalidade apresentada resultou da história natural da doença e não da intervenção cirúrgica. Só cerca de 50% dos doentes foram submetidos a reconstituição do trânsito, sendo este um procedimento cirúrgico seguro.
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