Análise dos últimos 50 casos de tumor de células gigantes ósseo tratados na unidade de tumores do aparelho locomotor dos Hospitais da Universidade de Coimbra
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/17308 |
Resumo: | Introdução e Objectivo: O tumor de células gigantes ósseo constitui 5% dos tumores ósseos primários, podendo atingir os 20% na Ásia. A sua histologia, clínica e epidemiologia são conhecidas e encontram-se bem retratadas na literatura científica actual. O seu comportamento biológico imprevisível torna-o um desafio na obtenção de bons resultados com a preconização da terapêutica cirúrgica. O objectivo deste estudo foi investigar as características epidemiológicas, distribuição esquelética, métodos de diagnóstico, tratamento e evolução dos doentes com tumor de células gigantes ósseo tratados na Unidade de Tumores do Aparelho Locomotor dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Metodologia: Análise do historial clínico dos últimos 50 doentes com tumor de células gigantes, tratados na Unidade de Tumores do Aparelho Locomotor dos Hospitais da Universidade de Coimbra, entre 1 de Janeiro de 1988 e 31 de Dezembro de 2008. Colheram-se informações referentes a: sexo e idade dos doentes, tipo e duração de sinais e sintomas até à primeira consulta, distribuição esquelética do tumor, utilização de meios complementares de diagnóstico, período decorrente entre a primeira consulta e a cirurgia, tipo de cirurgia, duração do seguimento e existência de complicações e recidivas pós-operatórias num período não maior que 2 anos. Resultados: A média da idade de incidência foi de 40,4 anos, estando o pico de incidência localizado na 3ª década de vida. Houve predomínio de incidência nas mulheres (1.63:1). Foram frequentes as localizações no fémur distal e na tíbia proximal (28% e 32% respectivamente). A dor foi o sintoma predominante (84%), isolada (60%) ou acompanhada de outros sintomas (24%), tendo ocorrido fractura patológica em 20% dos casos. A investigação diagnóstica baseou-se na biópsia incisional (72%), na radiografia simples (97,9%), na tomografia axial computorizada (75%), na ressonância magnética (75%) e na cintigrafia (58,3%). A ressecção intramarginal lesional foi a técnica cirúrgica dominante (65,3%). A duração média do período entre a primeira consulta e a cirurgia foi de 3,6 meses. A taxa de recidiva foi de 8,2%, não tendo sido registados casos de metastização ou de tumor de células gigantes multicêntrico. A duração do follow-up foi, em média, 59 meses. Conclusões: A detecção precoce de deste tumor é importante pois condiciona a atitude terapêutica (de acordo com o grau do tumor), conduzindo a um melhor prognóstico. O protocolo terapêutico preconizado na Unidade de Tumores do Aparelho Locomotor dos Hospitais da Universidade de Coimbra, que assenta na cirurgia, mostrou resultados que competem com o que é apresentado na literatura científica actual. |
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