Perfil clínico das pessoas que faleceram no serviço de urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Arlete Sofia Figueira dos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/5475
Resumo: Enquadramento: O atendimento prioritário de clientes mais graves nas instituições hospitalares justifica implementar sistemas de triagem, como o Sistema de Triagem de Manchester objetiva identificar as pessoas que apresentam condições mais urgentes e com maior risco de óbito, assegurando uma assistência clínica adequada, num menor tempo de espera. Objetivo: Avaliar o tempo médio de permanência das pessoas que faleceram no serviço de urgência, num Centro Hospitalar da zona centro de Portugal. Metodologia: Estudo descritivo de natureza quantitativa e de coorte retrospetivo, envolvendo uma amostra de 250 pessoas que após admissão vieram a falecer no Serviço de Urgência de um centro hospitalar da região centro do país, durante o ano de 2017. A amostra de participantes é maioritariamente do género feminino (54,4%), com uma média de idades de 80,16 anos (±13,50 anos). O estudo é parte integrante do Projeto de investigação “Evidências para Não arriscar Vidas: do pré hospitalar ao serviço de urgência e à alta”, autorizado pelo Conselho de Administração e com parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição selecionada como participante. Resultados: A maioria deu entrada no serviço de urgência via INEM (76,4%), no mês de janeiro (14,8%) e à segunda-feira (18,0%). O fluxograma mais prevalente foi o de dispneia (46,8%), a prioridade clínica foi classificada de muito urgente na maioria dos casos (46,2%) e em 56,2% dos clientes, foram avaliados os sinais vitais durante a triagem. Na maioria das pessoas falecidas a saturação de oxigénio é muito baixa (sem oxigenoterapia 64,6% vs. com oxigenoterapia 79,2%); 71,1% apresentavam frequência cardíaca normal; 56,9% pressão arterial normal, 70,1% estavam em coma, 82,4% tinham valores de glicemia normais, 76,4% temperatura normal e 66,7% dor de intensidade moderada. Na grande maioria dos casos (71,6%), a PCR ocorreu em contexto intra-hospitalar. Após a PCR, maior expressividade para o ritmo não desfibrilhável (89,7%). Em 55,6% das pessoas foram efetuados cuidados paliativos/medidas de conforto/ordem de não reanimação. Em 26,0% dos casos foram realizadas manobras de suporte básico de vida /suporte avançado de vida no préhospitalar com o óbito declarado à chegada. A maioria das pessoas realizou exames complementares de diagnóstico 54,8% análises sanguíneas, 50,0% gasimetria, 50,8% exames de imagem, 29,2% ECG de 12 variações e 62,0% administração de terapêutica. O maior número de óbitos registou-se à segunda-feira (21,2%), no mês de janeiro (14,8%), sendo prevalecentes os casos clínicos de “doença aguda” (69,2%) e como principal causa “doenças do aparelho respiratório” (32,4%). No global da amostra, o tempo médio de permanência no serviço de urgência foi de 289,99 minutos, associandose significativamente com: hora de admissão (p=0,017); tempo entre a triagem e a primeira avaliação médica (p=0,000); discriminador: dor moderada (p=0,000); tipo de prioridade (p=0,000); frequência cardíaca (p=0,000); Índice de reatividade de Glasgow (p=0,000); PCR (pré ou intra-hospitalar) (p=0,000); manobras de RCR (p=0,000); primeiro ritmo detetado após PCR (p=0,000). Nas pessoas classificadas com prioridade emergente, a maioria (40,8%) teve um tempo de espera de 0-10 minutos entre a triagem e a primeira avaliação médica; no grupo com classificação muito urgente sobressaíram os falecidos com 1-10 minutos entre a triagem e a primeira avaliação médica (36,2%), com 33,6% de tempo de espera entre os 11-30 minutos e também com prioridade muito urgente. Nos falecidos com classificação urgente, o percentual mais expressivo (17,2%) corresponde aos tiveram um tempo de espera até à primeira avaliação médica de 11-30 minutos. Maior percentagem de pessoas admitidas no serviço de urgência entre as 8h-13h 59min. (40,4%), com um tempo de permanência mais preponderante de ≥ 361 minutos (30,8%). Conclusão: As pessoas admitidas no período noturno (00h00-07h59), com tempo de espera pela primeira avaliação médica ≥ 61 minutos, com dor, com índice de reatividade de Glasgow (estupor), PCR ocorrida no intra hospitalar e com ritmo desfibrilhável apresentam maior tempo de permanência/maior tempo de vida no episódio de ida à urgência pelo que estas variáveis devem ser consideradas na avaliação prioritária dos clientes que recorrem ao serviço de urgência. As variáveis preditoras do tempo de permanência e no serviço de urgência foram a idade, o tempo decorrido desde a admissão até à triagem, o tempo decorrido entre a triagem e a primeira avaliação médica, a pressão arterial sistólica e o Índice de reatividade de Glasgow.
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Metodologia: Estudo descritivo de natureza quantitativa e de coorte retrospetivo, envolvendo uma amostra de 250 pessoas que após admissão vieram a falecer no Serviço de Urgência de um centro hospitalar da região centro do país, durante o ano de 2017. A amostra de participantes é maioritariamente do género feminino (54,4%), com uma média de idades de 80,16 anos (±13,50 anos). O estudo é parte integrante do Projeto de investigação “Evidências para Não arriscar Vidas: do pré hospitalar ao serviço de urgência e à alta”, autorizado pelo Conselho de Administração e com parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição selecionada como participante. Resultados: A maioria deu entrada no serviço de urgência via INEM (76,4%), no mês de janeiro (14,8%) e à segunda-feira (18,0%). O fluxograma mais prevalente foi o de dispneia (46,8%), a prioridade clínica foi classificada de muito urgente na maioria dos casos (46,2%) e em 56,2% dos clientes, foram avaliados os sinais vitais durante a triagem. Na maioria das pessoas falecidas a saturação de oxigénio é muito baixa (sem oxigenoterapia 64,6% vs. com oxigenoterapia 79,2%); 71,1% apresentavam frequência cardíaca normal; 56,9% pressão arterial normal, 70,1% estavam em coma, 82,4% tinham valores de glicemia normais, 76,4% temperatura normal e 66,7% dor de intensidade moderada. Na grande maioria dos casos (71,6%), a PCR ocorreu em contexto intra-hospitalar. Após a PCR, maior expressividade para o ritmo não desfibrilhável (89,7%). Em 55,6% das pessoas foram efetuados cuidados paliativos/medidas de conforto/ordem de não reanimação. Em 26,0% dos casos foram realizadas manobras de suporte básico de vida /suporte avançado de vida no préhospitalar com o óbito declarado à chegada. A maioria das pessoas realizou exames complementares de diagnóstico 54,8% análises sanguíneas, 50,0% gasimetria, 50,8% exames de imagem, 29,2% ECG de 12 variações e 62,0% administração de terapêutica. O maior número de óbitos registou-se à segunda-feira (21,2%), no mês de janeiro (14,8%), sendo prevalecentes os casos clínicos de “doença aguda” (69,2%) e como principal causa “doenças do aparelho respiratório” (32,4%). No global da amostra, o tempo médio de permanência no serviço de urgência foi de 289,99 minutos, associandose significativamente com: hora de admissão (p=0,017); tempo entre a triagem e a primeira avaliação médica (p=0,000); discriminador: dor moderada (p=0,000); tipo de prioridade (p=0,000); frequência cardíaca (p=0,000); Índice de reatividade de Glasgow (p=0,000); PCR (pré ou intra-hospitalar) (p=0,000); manobras de RCR (p=0,000); primeiro ritmo detetado após PCR (p=0,000). Nas pessoas classificadas com prioridade emergente, a maioria (40,8%) teve um tempo de espera de 0-10 minutos entre a triagem e a primeira avaliação médica; no grupo com classificação muito urgente sobressaíram os falecidos com 1-10 minutos entre a triagem e a primeira avaliação médica (36,2%), com 33,6% de tempo de espera entre os 11-30 minutos e também com prioridade muito urgente. Nos falecidos com classificação urgente, o percentual mais expressivo (17,2%) corresponde aos tiveram um tempo de espera até à primeira avaliação médica de 11-30 minutos. Maior percentagem de pessoas admitidas no serviço de urgência entre as 8h-13h 59min. (40,4%), com um tempo de permanência mais preponderante de ≥ 361 minutos (30,8%). Conclusão: As pessoas admitidas no período noturno (00h00-07h59), com tempo de espera pela primeira avaliação médica ≥ 61 minutos, com dor, com índice de reatividade de Glasgow (estupor), PCR ocorrida no intra hospitalar e com ritmo desfibrilhável apresentam maior tempo de permanência/maior tempo de vida no episódio de ida à urgência pelo que estas variáveis devem ser consideradas na avaliação prioritária dos clientes que recorrem ao serviço de urgência. As variáveis preditoras do tempo de permanência e no serviço de urgência foram a idade, o tempo decorrido desde a admissão até à triagem, o tempo decorrido entre a triagem e a primeira avaliação médica, a pressão arterial sistólica e o Índice de reatividade de Glasgow.ABSTRACT Context: Priority care for more serious clients in hospital institutions justifies the implementation of screening systems, such as the Manchester Triage Scale, to identify people who present more urgent conditions with a higher risk of death, ensuring adequate clinical care in a shorter time waiting period. Objective: Evaluate the average length of stay of people who died in the emergency service, in a Hospital Center in central Portugal. Methods: A descriptive quantitative and retrospective cohort study involving a sample of 250 people who, after admission, died in the Emergency Service of a hospital in the central region of the country during the year 2017. The sample of participants is mostly (54.4%) composed of females, with a mean age of 80.16 years (± 13.50 years). The study is an integral part of the research project “Evidências para Não arriscar Vidas: do pré hospitalar ao serviço de urgência e à alta”, authorized by the Board of Directors and with a favorable judgement of the Ethics Committee for Health of the institution selected as a participant. Results: Most entered the emergency department via INEM (76.4%), in January (14.8%) and on Monday (18.0%). The most prevalent flowchart was dyspnea (46.8%), clinical priority was classified as very urgent in most cases (46.2%) and in 56.2% of clients, vital signs were evaluated during screening . In most of the deceased people the oxygen saturation is very low (without oxygen therapy 64.6% vs. with oxygen therapy 79.2%); 71.1% had normal heart rate; 56.9% normal blood pressure, 70.1% were in coma, 82.4% had normal glycemia values, 76.4% normal temperature and 66.7% moderate intensity pain. In the vast majority of cases (71.6%), Cardiac Arrest occurred in an in-hospital setting. After Cardiac Arrest, greater expressiveness for the non defibrillable rhythm (89.7%). In 55.6% of the people, palliative care / comfort measures / non-resuscitation orders were performed. In 26.0% of the cases, basic life support / advanced life support maneuvers were performed in the prehospital with the death declared on arrival. Most people performed complementary diagnostic tests, 54.8% blood tests, 50.0% gasimetry, 50.8% imaging exams, 29.2% ECG of 12 variations and 62.0% administration of therapeutics. The highest number of deaths occurred on Monday (21.2%), in January (14.8%), and the clinical cases of "acute disease" (69.2%) were prevalent and "Diseases of the respiratory system" (32.4%) as the main cause. In the sample, the mean length of stay in the emergency department was 289.99 minutes, which was significantly associated with: time of admission (p = 0.017); time between screening and the first medical evaluation (p = 0.000); discriminator: moderate pain (p = 0.000); priority type (p = 0.000); heart rate (p = 0.000); Glasgow reactivity index (p = 0.000); Cardiac Arrest (pre or in-hospital) (p = 0.000); CPR maneuvers (p = 0.000); heart rate detected after Cardiac Arrest (p = 0.000). Among those classified as having emergent priority, the majority (40.8%) had a waiting time of 0-10 minutes between the screening and the first medical evaluation; in the group with very urgent classification, the patients with 1-10 minutes were between the screening and the first medical evaluation (36.2%), with 33.6% waiting time between 11-30 minutes and also with very urgent priority . In those who died with urgent classification, the most expressive percentage (17.2%) corresponded to those who had a waiting time until the first medical evaluation of 11-30 minutes. Highest percentage of people admitted to the emergency service between 8h-13h 59min. (40.4%), with a longer residence time of ≥361 minutes (30.8%). Conclusion: Patients admitted during the night (00h00-07h59), with waiting time for the first medical evaluation ≥ 61 minutes, with pain, Glasgow reactivity (stupor), Cardiac Arrest in-hospital and defibrillating rhythm permanence / longer life in the episode of urgency so these variables should be considered in the priority evaluation of clients who use the emergency service. The predictors of length of stay and urgency were age, time elapsed from admission to screening, time elapsed between screening and first medical evaluation, systolic blood pressure and Glasgow reactivity index.Cunha, MadalenaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuSantos, Arlete Sofia Figueira dos2020-03-21T01:30:10Z2019-03-212018-052019-03-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/5475TID:202204456porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:28:07Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/5475Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:49.724775Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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