Império, Patronato e uma Revolta no Reino do Kongo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vos, Jelmer
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/cea/article/view/14640
Resumo: Este artigo argumenta que o famoso levante ocorrido no Kongo, em 1913, simbolizou uma rotura nas relações clientelistas estabelecidas entre o Estado colonial português, os governantes do Kongo em São Salvador, e seus eleitores locais. Por um lado, a imposição colonial do trabalho forçado minou um contrato social que fazia o rei do Kongo confiável para os chefes subalternos e seus seguidores. A revolta subsequente contra o governante em exercício, Manuel Kiditu, é explicada em termos de economia moral como uma resposta coletiva ao desrespeito às regras da reciprocidade social por parte de Kiditu e seus assessores. Por outro lado, a quebra nas relações de confiança entre Kiditu e o líder rebelde Álvaro Buta também desempenhou um papel crucial na revolta.
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