Estudo da adesão à terapêutica farmacológica anti-hipertensora

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Jonathan Moitalta da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1421
Resumo: Introdução A hipertensão arterial (HTA) é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo. Apesar da disponibilidade no mercado farmacêutico de medicamentos anti-hipertensores (aHT) eficazes e seguros, apenas cerca de 1/3 dos doentes adultos hipertensos têm a sua tensão arterial (TA) controlada. A não adesão à medicação é um dos principais factores para a falta de controlo da TA. Objectivos Avaliar o grau de controlo da TA e a adesão à medicação aHT numa população hipertensa. Identificar as variáveis independentes que influenciam significativamente o controlo da TA e a adesão à terapêutica farmacológica aHT. População e métodos Foi realizado um estudo observacional transversal em doentes adultos (≥ 18 anos) com diagnóstico de HTA, acompanhados durante, pelo menos, 6 meses na consulta de HTA / dislipidémia do Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E (CHCB). O estudo decorreu de Março a Novembro de 2012. Foi realizada uma entrevista estruturada com a finalidade de recolher dados sobre as características sócio-demográficas, adesão à medicação anti-hipertensora e conhecimento de valores de TA alvo. Informação clínica mais detalhada foi obtida através dos processos clínicos. Resultados Um total de 101 doentes hipertensos foram incluídos no estudo, os quais deram o seu consentimento informado para participar no estudo e satisfizeram os critérios de inclusão. Destes doentes, 48% tinham a TA controlada de acordo com os critérios definidos pela Direcção-Geral da Saúde. A taxa de adesão à medicação anti-hipertensora foi de 42%. Os doentes com a TA controlada apresentavam uma taxa de adesão à medicação significativamente mais elevada quando comparados com os doentes com a TA não controlada (56% vs 28%, P = 0,004). A diabetes (OR = 20,7; IC 95%: [2,3-186,2]; P = 0,007), a adesão à terapêutica (OR = 3,3; IC 95%: [1,2-8,8]; P = 0,018), o sedentarismo (OR = 3,2; IC 95%: [1,2-8,4]; P = 0,019) e o índice de massa corporal (IMC) (OR = 1,1; IC 95%: [1,0-1,3]; P = 0,027) foram as covariáveis estudadas que influenciaram significativamente o controlo da TA. As seguintes variáveis independentes não influenciaram significativamente o controlo da TA: idade, sexo, escolaridade, estado civil, situação laboral e ocorrência efeitos adversos à medicação. Além disso, observou-se que, das covariáveis estudadas, o conhecimento dos valores alvo da TA influencia significativamente a adesão à terapêutica anti-hipertensora (OR = 4,8; IC 95%: [1,8-12,7]; P = 0,001). Conclusões Uma percentagem significativa de doentes hipertensos prescritos com aHT não apresenta a sua TA controlada. Qualquer intervenção que tenha como objectivo melhorar o controlo da TA deve ter em vista o aumento da adesão à terapêutica farmacológica anti-hipertensora e da actividade física e a diminuição do IMC.
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