Estudo de multirresistências aos antibióticos em infeções do trato urinário nos doentes de um laboratório da zona norte de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ana Rita Fernandes dos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/21420
Resumo: As infeções do trato urinário (ITU) consistem na invasão tecidular e proliferação de microrganismos geralmente bactérias, nas estruturas do trato urinário. As ITU são consideradas uma das infeções mais prevalentes nos humanos e no último estudo estatístico publicado em 2019 revelou que, só nesse ano foram registadas mundialmente mais de 400 milhões de infeções do trato urinário, tendo cerca de 235 mil resultado em morte. Estas são geralmente mais frequentes no sexo feminino e em faixas etárias mais elevadas. A resistência aos antibióticos, fármacos geralmente usados para tratar as ITU, é considerada um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade. Este trabalho tem como objetivo estudar e caracterizar a prevalência dos agentes etiológicos das ITU e o seu perfil de multirresistências adquiridas aos antibióticos. Os dados revelam que as ITU atingem o pico no verão/início do outono, com os indivíduos do sexo feminino e os doentes mais velhos a serem os mais infetados, quer na população de positivos, quer na amostra de multirresistentes. A E. coli (62,2%) foi o microrganismo mais prevalente na população de positivos e a K. pneumoniae (21,0%) foi o mais prevalente na amostra de multirresistentes. Esta foi também o microrganismo que apresentou doentes com maior número de resistências, tendo inclusive, registado casos sem qualquer sensibilidade aos antibióticos testados. A Ciprofloxacina e a combinação Amoxicilina/Ac. Clavulânico foram os antibióticos que apresentaram maior percentagem de resistências registadas, 18% e 16% respetivamente. Ainda segundo os resultados deste estudo, a Nitrofurantoína e Fosfomicina parecem as alternativas mais eficazes para o tratamento das ITU e mesmo estas já apresentam várias limitações. As resistências aos antibióticos e o crescente esgotamento de alternativas terapêuticas constituem uma ameaça ao progresso da medicina conseguido nas últimas décadas. É fundamental que continuem a existir estudos neste âmbito, para tentar conter este problema que, está a colocar em causa a vida das populações.
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