Avaliação da resistência e do efeito do parasitismo gastro-intestinal nas raças Merina Branca e Merina Preta no Alentejo, Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Padre, L
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Romão, R, Branco, S, Monteiro, MH, Bettencourt, E, Bettencourt, C, Tábuas, L, Dias, C, Carolino, N, Henriques, P, Matos, C
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/23526
Resumo: A infeção por estrongilídeos gastrointestinais tem-se revelado como um dos fatores com maior impacto económico na produção de ovinos. Esse impacto manifesta-se tanto de uma forma direta (tratamento, profilaxia, morte) como de forma indireta (atraso no crescimento, quebras na produção, maior suscetibilidade a outras doenças). O controlo parasitário com base no uso exclusivo de antihelmínticos não se tem revelado uma estratégia sustentável,resultando num incremento da resistência por parte das populações parasitárias. De modo a contrariar esta tendência, tem-se dado particular atenção à relação parasita/hospedeiro,sendo a identificação de animais que revelam menor suscetibilidade à infeção parasitária um dos principais objetivos. A raça tem-se revelado como um fator importante na resistência dos estrongilídeos gastrointestinais, particularmente em raças autóctones comparativamente a raças exóticas. Em 2013 na região do Alentejo, num estudo comparativo com a Raça Merina,observou-se a existência de diferenças significativas entre as raças Merina Branca (MB) e Merina Preta (MP), apresentando a MP menor suscetibilidade à infeção. No presente trabalho, foram comparados os dados de avaliação de 435 ovinos das raças Merina Branca (n=241) e Merina Preta (n=194) em 3 explorações do Alentejo, onde se realizaram 2 visitas com mínimo de 3 meses de intervalo. Foram avaliados a condição corporal (CC), o nível de eliminação (nº de ovos por grama de fazes - OPG), o microhematócrito (MH) e as proteínas séricas totais (PT). Verificou-se que os níveis de OPG foram significativamente influenciados (pela exploração p<.05), pelo período de colheita (p<.01) e pela CC (p<.01), apresentando a CC e o OPG uma associação negativa. Estes fatores e a raça influenciam também de forma significativa (p<.01) o MH, enquanto os valores de PT dependeram sobretudo do período de colheita (p<.01). Apesar dos ovinos de raça MP apresentarem valores médios de OPG mais elevados, o fator raça não se revelou determinante nos níveis de eliminação, mas exerce influência significativa (p<.01) nos valores obtidos para MH, com níveis mais elevados na MB.
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