Chimica: a arte de transformar a matéria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/9870 |
Resumo: | «CHIMICA. Segundo a accepçaõ commua, he Syuonimo de Alchimia, ou Alquimia. Mas por Chimica ordinariamente entendemos a Arte, que com varias, & sutilissimas operaçoens, reduz todos os córpos naturaes a seus primeiros principios, & em minimas particulas os resolve» O Químico convive diariamente com o laboratório e os objetos ai residentes. Designações como material de vidro ou equipamento fazem parte da terminologia que usa habitualmente. Manuseia cada objeto com sentido prático. Sabe, porém, que o que ali acontece é algo extraordinário e que as suas ações estão imbuídas de um poder criador. Cada objeto tem a forma única, adequada, para desempenhar o papel que lhe cabe em sorte no palco que é o laboratório. Fazer desses objetos peças museológicas, olhá-los com uma vida para além da mera reação química ou da medição do fenómeno, resgatá-los para o contexto público, permitindo interações de outra natureza a quem os contempla, é o desafio desta exposição. Através destes objetos acedemos à História e às histórias que se viveram no espaço do Colégio do Espírito Santo no período balizado entre o final do século XIX e o século XX. Porém, ao cruzarmos o claustro maior, a imponência da fachada da sala dos atos e a beleza dos azulejos que adornam as restantes salas transportam-nos de imediato a um passado que remonta à época da Universidade Jesuíta. A Química como disciplina não fazia parte dos programas lecionados naquela época na Universidade de Évora, mas eram incluídos conteúdos de química em disciplinas como Filosofia e Artes, constante na Ratio Studiorum (1599) que regulava o ensino jesuítico. O ensino ministrado na Universidade de Évora até à data de encerramento da própria Universidade (1759) foi, como o primeiro ensaio sugere, um ensino no qual as ciências físico-matemáticas não eram tão descuradas como se poderia pensar. Seguimos em busca da sala onde cem anos mais tarde, nos tempos em que este mesmo edifício albergava o Liceu de Évora, existiu o Gabinete de Física e Química. Aí, relembramos a imensidão da ardósia negra a cobrir a bancada, os móveis repletos de matérias e substâncias químicas e os instrumentos, testemunhos do papel já então atribuído ao ensino experimental da Química. O ensaio que se segue enquadra a criação do Liceu de Évora no âmbito nacional. Uma análise de documentos que fazem parte do acervo da biblioteca da Escola Secundária André de Gouveia (ESAG) e de outros seus contemporâneos permite-nos saborear um conjunto extraordinário de detalhes e respirar a vivência pedagógica no Liceu no período compreendido entre a sua criação (1841) e a década de 40 do século XX. Ficamos entretanto a saber, pelo terceiro ensaio, que o Liceu de Évora, sito no Colégio do Espírito Santo, não detém, no último quartel do século XIX, o monopólio do ensino da Física e da Química na cidade de Évora. Na Escola Normal de Évora, a primeira de 2ª classe em Portugal, instalada na antiga igreja de S. Pedro, e a funcionar desde 1884, foi também criado um Gabinete de Física e Química, circulando professores e ideias entre as duas instituições. Os dois ensaios que se seguem e que antecedem o Catálogo propriamente dito permitem a transição entre a evocação de momentos da história da Química, não já no contexto eborense mas universal, e os objetos científicos que deram vida ao Gabinete de Física e Química do Liceu de Évora. E vamos em busca desses objetos, hoje espólio da ESAG, e a atmosfera está completa. A magia dos manuais, dos documentos históricos, une-se aqui à riqueza dos instrumentos de medida, dos materiais de vidro usados na manipulação das substâncias e na transformação das mesmas… Não fosse a Chimica: a Arte de transformar a matéria! |
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Fazer desses objetos peças museológicas, olhá-los com uma vida para além da mera reação química ou da medição do fenómeno, resgatá-los para o contexto público, permitindo interações de outra natureza a quem os contempla, é o desafio desta exposição. Através destes objetos acedemos à História e às histórias que se viveram no espaço do Colégio do Espírito Santo no período balizado entre o final do século XIX e o século XX. Porém, ao cruzarmos o claustro maior, a imponência da fachada da sala dos atos e a beleza dos azulejos que adornam as restantes salas transportam-nos de imediato a um passado que remonta à época da Universidade Jesuíta. A Química como disciplina não fazia parte dos programas lecionados naquela época na Universidade de Évora, mas eram incluídos conteúdos de química em disciplinas como Filosofia e Artes, constante na Ratio Studiorum (1599) que regulava o ensino jesuítico. O ensino ministrado na Universidade de Évora até à data de encerramento da própria Universidade (1759) foi, como o primeiro ensaio sugere, um ensino no qual as ciências físico-matemáticas não eram tão descuradas como se poderia pensar. Seguimos em busca da sala onde cem anos mais tarde, nos tempos em que este mesmo edifício albergava o Liceu de Évora, existiu o Gabinete de Física e Química. Aí, relembramos a imensidão da ardósia negra a cobrir a bancada, os móveis repletos de matérias e substâncias químicas e os instrumentos, testemunhos do papel já então atribuído ao ensino experimental da Química. O ensaio que se segue enquadra a criação do Liceu de Évora no âmbito nacional. Uma análise de documentos que fazem parte do acervo da biblioteca da Escola Secundária André de Gouveia (ESAG) e de outros seus contemporâneos permite-nos saborear um conjunto extraordinário de detalhes e respirar a vivência pedagógica no Liceu no período compreendido entre a sua criação (1841) e a década de 40 do século XX. Ficamos entretanto a saber, pelo terceiro ensaio, que o Liceu de Évora, sito no Colégio do Espírito Santo, não detém, no último quartel do século XIX, o monopólio do ensino da Física e da Química na cidade de Évora. Na Escola Normal de Évora, a primeira de 2ª classe em Portugal, instalada na antiga igreja de S. Pedro, e a funcionar desde 1884, foi também criado um Gabinete de Física e Química, circulando professores e ideias entre as duas instituições. Os dois ensaios que se seguem e que antecedem o Catálogo propriamente dito permitem a transição entre a evocação de momentos da história da Química, não já no contexto eborense mas universal, e os objetos científicos que deram vida ao Gabinete de Física e Química do Liceu de Évora. E vamos em busca desses objetos, hoje espólio da ESAG, e a atmosfera está completa. A magia dos manuais, dos documentos históricos, une-se aqui à riqueza dos instrumentos de medida, dos materiais de vidro usados na manipulação das substâncias e na transformação das mesmas… Não fosse a Chimica: a Arte de transformar a matéria!Universidade de Évora2014-01-22T11:25:56Z2014-01-222013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://hdl.handle.net/10174/9870http://hdl.handle.net/10174/9870porAntónia Fialho Conde, Cristina Galacho, Fernando Rosado, Margarida Figueiredo, Mariana Valente, Paulo Mendes & Teresa Ferreira, Chimica: a arte de transformar a matéria, Universidade de Évora, Évora, 2013ÉvoraISBN 978-989-8550-10-1http://www.chimica.uevora.pt/flash/html/chimica.htmlUniversidade de Évora96naosimQUI-Publicações-Livrosmconde@uevora.ptpcg@uevora.ptanao.rosado@gmail.commtf@uevora.ptmjv@uevora.ptpjgm@uevora.pttasf@uevora.ptConde, Antónia FialhoGalacho, CristinaRosado, FernandoFigueiredo, MargaridaValente, MarianaMendes, PauloFerreira, Teresainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:52:13Zoai:dspace.uevora.pt:10174/9870Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:03:52.152682Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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