Adaptive processes and marital satisfaction during the transition to parenthood : the moderating role of supportive coparenting

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Horta e Costa Guedes da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/56583
Resumo: Dissertação de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2021
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spelling Adaptive processes and marital satisfaction during the transition to parenthood : the moderating role of supportive coparentingSatisfação conjugalRelação coparentalConflitosPaternidadeTransiçãoDissertações de mestrado - 2021Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaDissertação de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2021The birth of the first child is a critical step in a couple's life. The literature has shown that during the transition to parenthood, there are significant changes in marital relationship quality and satisfaction with a substantial decrease in both. Theoretical models of marital changes during the stressful times emphasized the importance of the adaptive processes as one of the key elements influencing the marital satisfaction. There is a lack of research studying the link of more positive aspects of adaptive processes in the marital satisfaction during the transition to parenthood. Moreover, researchers have shown the importance of supportive coparenting in parents’ well-being. However, there are no studies focusing on coparenting during the transition to parenthood. Thus, the primary aim of the current research was to test whether coparenting moderates the relation between adaptive processes and marital satisfaction. A sample of 534 parents (95,7% mothers) recruited in social media, aged between 20 to 40 years old filled out self-report questionnaires tapping their perceptions on marital satisfaction, adaptive processes and coparenting. Results indicated adaptive processes were associated to marital satisfaction in the context of the transition to parenthood. Results also indicated that coparenting moderated the associations between adaptive processes and marital satisfaction, functioning as a protective factor. These findings underline the needs for intervention programs to focus on promoting positive adaptive processes and coparenting in firs-time expectant couples.O nascimento do primeiro filho é um passo crítico na vida de um casal. Implica uma adaptação a desafios físicos, psicológicos e sociais que requerem, tanto na mãe como no pai, uma reorganização qualitativa da experiência interior da pessoa e da sua vida interpessoal (Belsky, 1986; Cowan, et al., 1990). A literatura tem mostrado que durante a transição para a parentalidade, há mudanças significativas na qualidade e satisfação marital com uma diminuição acentuada em ambas. Os pais relatam declínios mais extensos e mais súbitos de satisfação marital do que os não-pais (Twenge, et al., 2003). Na sua revisão da literatura, Kluwer (2010) propôs um modelo para as mudanças maritais que ocorrem durante a transição para a parentalidade, enfatizando a importância dos processos adaptativos como um dos elementos chave que influenciam a satisfação marital. De acordo com o modelo, a qualidade da relação marital melhora quando os casais lidam com o stress de uma forma construtiva e diminui quando a utilização de processos adaptativos é fraca. Desde então, uma das componentes mais estudadas dos processos adaptativos tem sido a comunicação e a resolução de problemas. Como há um aumento do conflito conjugal, a tendência tem sido investigar como os comportamentos negativos que surgem no contexto do conflito e da resolução de problemas influenciam a satisfação marital. Outra forma de comunicação e resolução de problemas, que tem sido consideravelmente menos estudada, é através de comportamentos de conflito construtivos. De facto, boas capacidades de comunicação têm sido associadas a satisfação marital (Bergman, et al., 2016) mas não se sabe os seus efeitos no contexto da transição para a parentalidade. Por outro lado, existem outras formas de processos adaptativos, como o apoio do parceiro, que têm mostrado benefícios na redução de stress e melhorias nas capacidades de coping (Rafaeli & Gleason, 2009). Contudo, há falta de estudos a investigar a associação entre aspetos mais positivos dos processos adaptativos na satisfação marital, esta falta é especialmente notável no contexto da transição para a parentalidade. Por outo lado, investigadores têm demonstrado a importância da coparentalidade no bem-estar dos pais. A coparentalidade é uma forma de relação através da qual os pais negoceiam os papéis, responsabilidades e contribuições um do outro para os seus filhos e caracteriza-se pela capacidade dos pais para trabalharem em conjunto e apoiarem-se mutuamente nos seus respetivos papéis (relacionados com os cuidados da criança) (Margolin, et al., 2001). Contudo, não há estudos a avaliar a associação entre coparentalidade e satisfação marital no contexto da transição para a parentalidade. Assim, o objetivo principal desta investigação foi perceber se a coparentalidade modera a relação entre processos adaptativos e a satisfação marital. Além disso, os pais jovens utilizam cada vez mais os meios de comunicação social como fonte de recolha de informação, para comunicar com outros pais e para pedir conselhos relacionados com a gravidez ou práticas parentais (Baker & Yang, 2018; Dungan, et al., 2015; Moon, et al., 2019). Tendo em conta o papel importante das redes sociais, neste estudo, recrutámos a nossa amostra a partir das redes sociais, para compreender a satisfação marital, os processos adaptativos e a coparentalidade nesta população. Portanto, com base nos antecedentes teóricos, neste estudo, testámos cinco hipóteses. Em primeiro lugar, colocamos a hipótese de que a satisfação marital, os processos adaptativos e a coparentalidade dos casais que utilizam as redes sociais como fonte de informações parentais, tendem a ser elevados (Hipótese 1). Em segundo lugar, formulámos a hipótese de que os processos adaptativos estão associados à satisfação marital: apoio e afeto, e comportamentos de conflito construtivos positivamente associados e comportamentos de conflito destrutivos negativamente associados (Hipótese 2). Em seguida, formulámos a hipótese de que a coparentalidade atua como fator protetor entre a relação dos processos adaptativos e a satisfação conjugal. Os pais que apresentam baixos níveis de apoio e afeto estarão mais satisfeitos com a sua relação se tiverem níveis mais elevados de coparentalidade (Hipótese 3). Por outro lado, quando os pais utilizam frequentemente comportamentos de conflito destrutivos, os seus níveis de satisfação marital são mais elevados para os que têm níveis elevados de coparentalidade (Hipótese 4). Além disso, quando os comportamentos de conflito construtivos são raros, os seus níveis de satisfação marital são mais elevados para aqueles com elevados níveis de coparentalidade (Hipótese 5). Assim, uma amostra de 534 pais recrutados nas redes sociais, com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos, preencheram questionários de auto-relato, que analisam as suas perceções sobre satisfação marital, processos adaptativos (nomeadamente, apoio e afeto, comportamentos de conflito construtivos e comportamentos de conflito destrutivos) e coparentalidade. Os resultados suportaram a primeira hipótese deste estudo: os pais da amostra em estudo, estão altamente satisfeitos com a sua relação marital, estão a adaptar-se bem, recorrendo frequentemente a processos de adaptação positivos (apoio e afeto e comportamentos de conflito construtivos), e têm elevados níveis de coparentalidade. Esperávamos estes resultados visto que a literatura tem vindo a mostrar o impacto positivo das redes sociais no apoio social e bem-estar dos pais (Baker & Yang, 2018; Dungan, et al., 2015; Haslam, et al., 2017; McDaniel, 2012; Moon, et al., 2019; Strange et al., 2018). Os resultados suportaram também a segunda hipótese, indicando que os processos adaptativos mais positivos, como apoio e afeto e comportamentos de conflito construtivos, estão positivamente associados à satisfação marital, e que comportamentos de conflito destrutivos estão negativamente associados à satisfação marital, no contexto da transição para a paternidade. Estes resultados são consistentes com o vulnerability-stress-adaptation model do casamento (Karney & Bradbury, 1995) que explica que a qualidade das relações é determinada pela natureza dos eventos stressantes que o casal enfrenta - neste caso, o nascimento do primeiro filho - as vulnerabilidades que cada membro traz e a qualidade dos processos adaptativos do casal. Um dos resultados vai contra o esperado na nossa segunda hipótese: apoio e afeco em termos de confiança na relação teve uma relação negativa com a satisfação marital, pais com elevados níveis de confiança na relação descrevem-se como menos satisfeitos na relação. Por fim, os resultados suportaram também as nossas hipóteses relativamente à relação de moderação da coparentalidade entre as variáveis preditoras e critério: a coparentalidade modera as associações entre processos adaptativos e satisfação marital, funcionando como um fator protetor. Estes resultados são consistentes com estudos anteriores que refletem a importância da coparentalidade (Feinberg, 2003) e mostram a sua relevância para a satisfação conjugal durante a transição para a paternidade. Este estudo apesar de contribuir para um melhor conhecimento sobre os processos de adaptação dos casais em transição para a parentalidade não deixa de apresentar algumas limitações. O facto dos participantes terem sido recrutados apenas de um perfil de Instagram que partilha conteúdos muito específicos de parentalidade reduzindo-se a pais com as mesmas ideias e de a grande maioria dos participantes serem mães, tendo em conta que é um estudo sobre variáveis que englobam o casal, conduz à necessidade de se desenvolver estudos futuros que incluam mais pais e não praticamente só mães. Estes resultados salientam a necessidade dos programas de intervenção se concentrarem na promoção de processos adaptativos positivos e na coparentalidade em casais à espera do primeiro filho. Por outro lado, salienta a importância dos psicólogos estarem presentes nas redes sociais de forma a transmitirem informação baseada na evidência cientifica.Calheiros, Maria Manuela de AmorimRepositório da Universidade de LisboaSilva, Maria Horta e Costa Guedes da2023-03-08T11:35:04Z20212021-10-182021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/56583TID:203271505enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:04:19Zoai:repositorio.ul.pt:10451/56583Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:07:07.718854Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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