A Internacionalização das Empresas Portuguesas para Angola: o caso das empresas Projeto Detalhe, Tecla Digital e Twice

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: dos Santos Pedro, Nuno Filipe
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/7085
Resumo: Portugal vive uma profunda crise económica e financeira que teve um dos seus vetores responsáveis o desequilíbrio crónico na balança comercial (saldo negativo). O frágil crescimento da última década e a persistência de elevados défices externos são consequências da falta de competitividade da economia portuguesa. A dificuldade de Portugal em se financiar no mercado obrigou a negociar o denominado resgate externo em Maio de 2011 com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o Banco Central Europeu (BCE) e com a Comissão Europeia (CE), a designada “troika”. Este acordo tem por objetivo melhorar o desempenho dos bens transacionáveis, ou seja, dos que estão abertos à concorrência internacional. Angola é quarto maior destino dos produtos portugueses, representado 6,6% das exportações portuguesas. Com a atual recessão económica nos mercados principais das exportações portuguesas, os empresários portugueses tendem a aproveitar as sinergias oferecidas pela língua, mercado e cultura para alavancar as suas exportações para estes mercados. Este facto vem ao encontro de Freire (2009), quando sugere que a internacionalização de uma empresa deve enquadrar-se tendo em atenção as competências e vantagens competitivas desenvolvidas no mercado de origem. O presente estudo direciona-se para as empresas portuguesas em processo de internacionalização. Através de entrevistas aos responsáveis de três empresas portuguesas, presentes no mercado angolano, pretende-se analisar, com o apoio da literatura existente, quais as principais motivações endógenas ou exógenas à empresa que incentivaram as mesmas a internacionalizarem-se para o mercado da África Subsaariana, nomeadamente Angola. Desta investigação podemos identificar alguns dos condicionamentos no processo de internacionalização. Observa-se, também, que as empresas utilizam as suas competências e capacidades (de know-how e financeiras), mitigando os clássicos os apoios públicos (subsídios). As três empresas entrevistadas foram criadas na última década do século passado. Desde logo perspetivaram a internacionalização como uma opção estratégica, considerando o mercado global como uma fonte de oportunidades e de risco. A proximidade cultural, nomeadamente o contato com antigos colegas de curso, foi uma mais-valia no processo de internacionalização para as três empresas. Finalmente, a procura de estabelecimento de parcerias estratégicas tem sido um instrumento relevante para a criação de vantagens competitivas.
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