Pedopsiquiatria da primeira infância - caracterização da consulta num hospital central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Inês Guerra
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Barroso, Cláudia, Moreira, Filipa, Fonseca, Maria da Luz, Mendes, Patrícia, Pangaio, Nuno, Miranda, Vânia, Fernandes, Graça
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.16/2030
Resumo: Introdução:A Consulta da Primeira Infância do Departamento de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar do Porto foi criada em 2007. Pretendemos caracterizar as crianças observadas em primeiras consultas entre Junho de 2012 e Junho de 2013. Métodos:Consulta de processos e recolha de dados sociodemográficos e clínicos; avaliação diagnóstica através da Diagnostic Classification of Mental Health and Development Disorders of Infancy and Early Childhood: Revised Edition; análise estatística com SPSS v.19.0. Resultados e Discussão:Foram avaliadas 222 crianças, a maioria do sexo masculino (63,1%). As crianças observadas ao abrigo dos protocolos institucionais – sem sintomatologia específica (SSE) (43,7%) e as que apresentavam alterações de linguagem (12,6%), foram os principais motivos de consulta. Quarenta e nove (22,1%) apresentavam psicopatologia, destacando-se: Perturbação da Regulação do Processamento Sensorial (38,8%), Perturbação do Afeto (24,5%) e Perturbação da Relação e da Comunicação (22,4%). Em 57 casos (33,0%) verificaram-se alterações somente a nível relacional, maioritariamente com características de subenvolvimento (16,2%). Oiten- ta e oito (39,6%) revelaram Atraso Global do Desenvolvimento, sendo a escala da audição/linguagem a mais afetada (54,1%). Comparativamente com a casuística anterior, a média de idades de referenciação foi inferior, o que pode ser indicativo de uma maior sensibilização profissional e comunitária. Observá- mos menos crianças com diagnóstico no Eixo I mas um número equivalente com dificuldades relacionais. Conclusão: A maioria das crianças referenciadas tinha menos de três anos de idade e apresentava alterações a nível de saúde mental. Nos últimos anos, a saúde mental da primeira in- fância tem sido uma área de investimento crescente, nomeadamente na identificação de grupos de risco e de sinais de alerta de psicopatologia infantil, possibilitando a intervenção precoce.
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spelling Pedopsiquiatria da primeira infância - caracterização da consulta num hospital centralINFANCY AND EARLY CHILDHOOD PSYCHIATRY – CHARACTERIZATION OF THE OUTPATIENT CLINIC IN A CENTRAL HOSPITALprimeira infânciapsicopatologiaconsultadiagnósticoIntrodução:A Consulta da Primeira Infância do Departamento de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar do Porto foi criada em 2007. Pretendemos caracterizar as crianças observadas em primeiras consultas entre Junho de 2012 e Junho de 2013. Métodos:Consulta de processos e recolha de dados sociodemográficos e clínicos; avaliação diagnóstica através da Diagnostic Classification of Mental Health and Development Disorders of Infancy and Early Childhood: Revised Edition; análise estatística com SPSS v.19.0. Resultados e Discussão:Foram avaliadas 222 crianças, a maioria do sexo masculino (63,1%). As crianças observadas ao abrigo dos protocolos institucionais – sem sintomatologia específica (SSE) (43,7%) e as que apresentavam alterações de linguagem (12,6%), foram os principais motivos de consulta. Quarenta e nove (22,1%) apresentavam psicopatologia, destacando-se: Perturbação da Regulação do Processamento Sensorial (38,8%), Perturbação do Afeto (24,5%) e Perturbação da Relação e da Comunicação (22,4%). Em 57 casos (33,0%) verificaram-se alterações somente a nível relacional, maioritariamente com características de subenvolvimento (16,2%). Oiten- ta e oito (39,6%) revelaram Atraso Global do Desenvolvimento, sendo a escala da audição/linguagem a mais afetada (54,1%). Comparativamente com a casuística anterior, a média de idades de referenciação foi inferior, o que pode ser indicativo de uma maior sensibilização profissional e comunitária. Observá- mos menos crianças com diagnóstico no Eixo I mas um número equivalente com dificuldades relacionais. Conclusão: A maioria das crianças referenciadas tinha menos de três anos de idade e apresentava alterações a nível de saúde mental. Nos últimos anos, a saúde mental da primeira in- fância tem sido uma área de investimento crescente, nomeadamente na identificação de grupos de risco e de sinais de alerta de psicopatologia infantil, possibilitando a intervenção precoce.Introduction: The Infancy and Early Childhood Psychiatric Outpatient Clinic at the Oporto Hospital Centre’s Department of Child and Adolescent Psychiatry opened in 2007. Our aim is to characterize the first consultations between June 2012 and June 2013. Methods: Review of clinical files and collection of demographic and medical data; diagnostic evaluation according to the Diagnostic Classification of Mental Health and Development Disorders of Infancy and Early Childhood: Revised Edition; statistical analysis using SPSS v.19.0. Results and Discussion: Two hundred and twenty-two children were evaluated and 63.1% were male. The main reasons for referral to consultation were children with no specific symptoms included in institutional protocols (43.7%) and language disorders (12.6%). Forty-nine (22.1%) had psychopathology, namely: Regulation Disorder of Sensory Processing (38.8%), Disorder of Affect (24.5%) and Disorder of Relating and Communicating (22.4%). In 57 cases (33.0%) there were alterations solely at the relational level, mostly underinvolved (16.2%). Eighty-eight (39.6%) showed Global Developmental Delay, and the scale of hearing / language was the most affected (54.1%). Compared to the previous study, the average age of referral was lower, which may be indicative of greater professional and community awareness. We observed fewer children with Axis I diagnosis but an equivalent number of those with relational difficulties. Conclusion: Most children referred were under the age of three and presented clinical indicators of mental suffering. In the last years, mental health in early childhood has been an area of growing investment, namely in the early identification of risk groups and signs of mental suffering, allowing mental carers to intervene preemptively.Centro Hospitalar do PortoRepositório Científico do Centro Hospitalar Universitário de Santo AntónioAguiar, Inês GuerraBarroso, CláudiaMoreira, FilipaFonseca, Maria da LuzMendes, PatríciaPangaio, NunoMiranda, VâniaFernandes, Graça2017-02-10T14:13:35Z2016-122016-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.16/2030porNascer e Crescer 2016; 25(4): 222-60872-0754info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-20T10:58:50Zoai:repositorio.chporto.pt:10400.16/2030Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:38:19.730515Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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