Relação entre Internacionalização e a Eco-Inovação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carlos Miguel Sampaio
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19332
Resumo: O desenvolvimento tem contribuições positivas e negativas para a nossa sociedade. De uma forma negativa assiste-se cada vez mais e a um ritmo muito acelerado no esgotamento dos recursos naturais, e ao desgaste da qualidade ambiental (alterações climáticas e perda de biodiversidade) causadas pelas atividades empresariais. Assim, a eco-inovação é vista como uma tentativa de aliviar esses problemas ambientais e uma forma de ajudar as empresas a encontrar soluções sustentáveis para minimizar o impacto das suas atividades no meio ambiente e, ao mesmo tempo, a tornarem-se mais competitivas, através da redução de custos e da melhoria da qualidade. Neste contexto, a eco-inovação é vista como sendo um dos principais motores para a internacionalização, tendo em conta que cada vez mais empresas entram nos mercados externos para procurar oportunidades, aumentar a sua competitividade e melhorar o seu desempenho. Além disso, a internacionalização e a eco-inovação estão complexamente interligadas porque as empresas que enfrentam a concorrência internacional são mais propensas a inovar ecologicamente. Tendo em conta que as discussões sobre eco-inovação são cada vez mais frequentes e o conceito tem evoluído, a sua ideia principal continua a ser altamente estimulante. Nos últimos anos foram realizados muitos estudos considerando diferentes perspetivas, contextos e resultados. Nesse sentido, a identificação e análise de factos relacionados com a eco-inovação são vistos como sendo muito importantes para ajudar a consolidar e melhorar os conhecimentos nesta área. Assim, esta pesquisa tem como objetivo fornecer mais alguns dados sobre a eco-inovação e, mais especificamente, sobre a relação entre a Internacionalização e a Eco-inovação nas empresas, além do seu impacto nas mesmas. Com este estudo pretende-se explorar e perceber a relação entre a Internacionalização e a Eco-Inovação. O estudo realizado divide-se em dois tipos de análise. Primeiramente foi realizada uma análise quantitativa (análise de clusters) com base em dados estatísticos retirados do Observatório da Eco-inovação (OEI) e, em segundo lugar, desenvolveu-se uma análise qualitativa que teve por base a realização de seis entrevistas semiestruturadas a empresas do sector do calçado da zona norte de Portugal. Através da análise da informação recolhida constatou-se a existência de uma preocupação dos gestores das empresas entrevistadas por se tornarem, acima de tudo, mais sustentáveis e a terem uma atitude pró-ativa para com a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade dos recursos, sendo esta atitude uma tendência de mercado. Por esse facto, a adoção/implementação de eco-inovações por parte das empresas como uma forma de obter vantagens competitivas, atender às pressões regulatórias e às necessidades dos clientes, não podem, nem devem, ser negligenciadas quando se opera em mercados estrangeiros. Estas devem fazer parte das estratégias das empresas com vista a melhorar o seu desempenho económico, agregar valor ao cliente e à empresa e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento sustentável, diminuição dos custos e impactos ambientais, no entanto, com os dados recolhidos não foi possível obter evidência estatística sobre a influência direta da internacionalização na adoção de eco-inovações por parte das empresas. Apesar da criação de programas de apoio ao desenvolvimento de eco-inovações por parte da União Europeia e do reconhecimento das vantagens da sua implementação, tais iniciativas continuam a levar a várias dificuldades de implementação relacionadas com o fraco envolvimento do setor privado em termos de investimento em eco-inovação e em Investigação e Desenvolvimento (I&D), ficando muito dependente das instituições públicas. Por outro lado, verificou-se, também, uma certa dificuldade em separar o conceito da eco-inovação do de economia circular, ficando em muitos casos os dois conceitos agrupados.
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