Reabilitação funcional do membro superior em doentes pós AVC: revisão sistemática da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Ana Soraia Pinho
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/19675
Resumo: A mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC), em Portugal, continua ainda acima da média dos países ocidentais da União Europeia, mesmo tendo vindo a diminuir nas últimas décadas. Sendo considerado um problema de saúde pública em Portugal, com fatores de risco vascular desiguais, o risco individual de acontecer um AVC é aumentado. Uma das consequências mais frequentes após AVC é o comprometimento da função motora do membro superior, incapacitando o doente para a realização das Atividades Vida Diárias. Posto isto, e dado o impacto negativo que o AVC tem na vida do doente e da sua família, pretende-se responder à seguinte questão de investigação: “Quais os benefícios da Reabilitação Funcional do membro superior de pessoas que sofreram AVC?” Objetivo: - Rever e resumir sistematicamente a literatura atual disponível sobre variáveis prognósticas relacionadas à recuperação do membro superior após acidente vascular cerebral; - Identificar benefícios das intervenções de reabilitação funcional no membro superior em doente após AVC. Metodologia: Revisão sistemática da literatura com consulta de bases de dados científicos através da EBSCO. O universo de estudos extraídos foi 1412, dos quais 1396 foram excluídos por não respeitarem os critérios de inclusão, nomeadamente, por não serem relativos à reabilitação funcional, por serem revisões de literatura, ou encontravam-se duplamente publicados. Ficaram para a análise 16 estudos, dos quais 4 foram excluídos por não cumprirem o espaço temporal pretendido, 2 não estavam disponíveis em texto integral. Sendo que para esta revisão foram analisados integralmente 10 artigos. Resultados: Existiu uma melhoria positiva nas avaliações, após acompanhamento das terapias aplicadas, pelos investigadores nos diferentes estudos revistos. Os resultados sugerem que a utilização de dispositivo eletromecânico é uma importante ferramenta auxiliar para ajudar no programa convencional de reabilitação, especialmente a nível articular. A reabilitação funcional, exerce um papel importante na recuperação da coordenação. Programas de reabilitação mais compactos e intensos, como Treino Específico para Tarefas Significativas (“MTST”) E Terapia de movimento induzida por restrição (“CIMT”), aumentam a recuperação motora e diminuem a espasticidade. Assim como, a combinação da Reabilitação Funcional (R.F.). com a terapia física e ocupacional, é mais eficaz. Concluiu-se que a associação da R.F. com a estimulação do nervo vago, é segura e viável. Por outro lado, a diminuição de atividade e força, aumenta a espasticidade. Conclusão: A reabilitação funcional tem benefícios para o doente, visto que diminui a incapacidade, previne complicações, estimula a capacidade de socialização do individuo. Conclui-se que a espasticidade do membro, a falta de atividade, a falta de coordenação, são variáveis que interferem na recuperação da funcionalidade do membro superior após AVC.
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Posto isto, e dado o impacto negativo que o AVC tem na vida do doente e da sua família, pretende-se responder à seguinte questão de investigação: “Quais os benefícios da Reabilitação Funcional do membro superior de pessoas que sofreram AVC?” Objetivo: - Rever e resumir sistematicamente a literatura atual disponível sobre variáveis prognósticas relacionadas à recuperação do membro superior após acidente vascular cerebral; - Identificar benefícios das intervenções de reabilitação funcional no membro superior em doente após AVC. Metodologia: Revisão sistemática da literatura com consulta de bases de dados científicos através da EBSCO. O universo de estudos extraídos foi 1412, dos quais 1396 foram excluídos por não respeitarem os critérios de inclusão, nomeadamente, por não serem relativos à reabilitação funcional, por serem revisões de literatura, ou encontravam-se duplamente publicados. Ficaram para a análise 16 estudos, dos quais 4 foram excluídos por não cumprirem o espaço temporal pretendido, 2 não estavam disponíveis em texto integral. Sendo que para esta revisão foram analisados integralmente 10 artigos. Resultados: Existiu uma melhoria positiva nas avaliações, após acompanhamento das terapias aplicadas, pelos investigadores nos diferentes estudos revistos. Os resultados sugerem que a utilização de dispositivo eletromecânico é uma importante ferramenta auxiliar para ajudar no programa convencional de reabilitação, especialmente a nível articular. A reabilitação funcional, exerce um papel importante na recuperação da coordenação. Programas de reabilitação mais compactos e intensos, como Treino Específico para Tarefas Significativas (“MTST”) E Terapia de movimento induzida por restrição (“CIMT”), aumentam a recuperação motora e diminuem a espasticidade. Assim como, a combinação da Reabilitação Funcional (R.F.). com a terapia física e ocupacional, é mais eficaz. Concluiu-se que a associação da R.F. com a estimulação do nervo vago, é segura e viável. Por outro lado, a diminuição de atividade e força, aumenta a espasticidade. Conclusão: A reabilitação funcional tem benefícios para o doente, visto que diminui a incapacidade, previne complicações, estimula a capacidade de socialização do individuo. Conclui-se que a espasticidade do membro, a falta de atividade, a falta de coordenação, são variáveis que interferem na recuperação da funcionalidade do membro superior após AVC.Stroke mortality in Portugal is above the average of European Union and Western countries even though it has been decreasing in the recent decades. Stroke is considered a public health problem in Portugal with unequal vascular risk factors when the individual risk are increased. One of the most frequent consequences after stroke is impaired upper limb motor function, disabling the patient to perform ADLs. Given the negative impact that stroke has on patients lives and their families, we intend to answer the following research question: “What are the benefits of upper limb Functional Rehabilitation of people who have suffered a stroke?” Objective: To systematically review and summarise with the most updated literature on prognostic variables related to upper limb recovery after stroke; - Identify the benefits of upper limb functional rehabilitation and those interventions in stroke patients. Methodology: Systematic review of literature with consultation of scientific databases through EBSCO. The total number of studies extracted was 1412, of which 1396 were excluded because they did not meet the inclusion criteria, namely because they were not related to functional rehabilitation, others were literature reviews or were published twice. Sixteen studies were left for analysis, four of them were excluded for not meeting the desired timeline, two were not available in full text. For this review, 10 articles were fully analysed. Results: There was a positive improvement in evaluations following follow-up of therapies applied by investigators in the different studies reviewed. The results suggest that the use of electromechanical device is an important auxiliary tool to assist in the conventional rehabilitation program, especially at the joint level. Functional rehabilitation plays an important role in restoring coordination. More compact and intense rehabilitation programs such as Meaningful Task-Specific Training (MTST) and Constraint-induced movement therapy (CIMT) increase motor recovery and decrease spasticity. Likewise, the combination of RF with physical and occupational therapy is more effective. It was concluded that the association of R.F. with vagus nerve stimulation is safe and viable. On the other hand, decreased activity and strength increases spasticity. Conclusion: Functional rehabilitation has benefits for the patient. It reduces disability, prevents complications, stimulates the individual's ability to socialise. It is concluded that limb spasticity, lack of activity, lack of coordination are variables that interfere with the recovery of upper limb functionality after stroke.Gomes, Maria JoséBiblioteca Digital do IPBLopes, Ana Soraia Pinho2019-10-16T15:00:32Z201920182019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/19675TID:202289540porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:44:51Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/19675Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:10:16.296682Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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