Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Joaquim
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/4255
Resumo: A modernidade construiu uma poderosa narrativa social de secularização, vista como declínio inelutável da religião por esta serincompatível com o progresso. Boa parte do Iluminismo, sobretudo nos países católicos, foi hostil à religião. Em Portugal, foi o que aconteceu, com extensões ao Período Liberal e à I República. Mais recentemente, aconteceu algo semelhante nos nacionalismos árabes do século XX em relação ao islamismo, visto como obscurantista. Entretanto, os dados vieram invalidar a narrativa do declínio da religião e obrigar a reformular o conceito de secularização. Mais: parte importante da “recuperação” religiosa não é “progressista”. No caso cristão, David Martin afirma mesmo que os pobres têm optado crescentemente pelo pentecostalismo e pelo carismatismo católico. Porquê? O autor deste artigo procura uma explicação possível do fenómeno usando dois conceitos de uma teoria da religião de Stark e Bainbridge: “recompensas” e “compensadores”.
id RCAP_5e508fd639221ffdd6c263f69b8f45f7
oai_identifier_str oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/4255
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teóricoRELIGIÃOFILOSOFIA DA RELIGIÃOFÉSECULARISMORELIGIONPHILOSOPHY OF RELIGIONFAITHSECULARISMA modernidade construiu uma poderosa narrativa social de secularização, vista como declínio inelutável da religião por esta serincompatível com o progresso. Boa parte do Iluminismo, sobretudo nos países católicos, foi hostil à religião. Em Portugal, foi o que aconteceu, com extensões ao Período Liberal e à I República. Mais recentemente, aconteceu algo semelhante nos nacionalismos árabes do século XX em relação ao islamismo, visto como obscurantista. Entretanto, os dados vieram invalidar a narrativa do declínio da religião e obrigar a reformular o conceito de secularização. Mais: parte importante da “recuperação” religiosa não é “progressista”. No caso cristão, David Martin afirma mesmo que os pobres têm optado crescentemente pelo pentecostalismo e pelo carismatismo católico. Porquê? O autor deste artigo procura uma explicação possível do fenómeno usando dois conceitos de uma teoria da religião de Stark e Bainbridge: “recompensas” e “compensadores”.Modernity built a powerful social narrative of secularization, seen as the inevitable decline of religion since it was incompatible with progress. Much of the Enlightenment, especially in Catholic countries, was hostile to religion. In Portugal it happened with extensions to the Liberal Period and the First Republic. More recently, something similar happened in the Arab nationalism of the twentieth century towards Islam, seen as obscurantist. However, data invalidated the narrative of the decline of religion and forced to reshape the concept of secularization. An important part of “resurgence” of religion is not “progressive.” In the Christian case, David Martin saysthat the poor haveincreasingly opted for Pentecostalism and the Catholic Charismatism. Why? The author of this articleseeks an explanation of the phenomenon using two concepts of religion theorists Stark and Bainbridge, “rewards” and “compensators”.Edições Universitárias Lusófonas2013-11-20T19:29:46Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/4255por1646-1630Costa, Joaquiminfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-17T01:32:06Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/4255Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:14:40.580890Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
title Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
spellingShingle Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
Costa, Joaquim
RELIGIÃO
FILOSOFIA DA RELIGIÃO

SECULARISMO
RELIGION
PHILOSOPHY OF RELIGION
FAITH
SECULARISM
title_short Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
title_full Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
title_fullStr Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
title_full_unstemmed Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
title_sort Fé e narrativas de progresso : um pequeno contributo teórico
author Costa, Joaquim
author_facet Costa, Joaquim
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Joaquim
dc.subject.por.fl_str_mv RELIGIÃO
FILOSOFIA DA RELIGIÃO

SECULARISMO
RELIGION
PHILOSOPHY OF RELIGION
FAITH
SECULARISM
topic RELIGIÃO
FILOSOFIA DA RELIGIÃO

SECULARISMO
RELIGION
PHILOSOPHY OF RELIGION
FAITH
SECULARISM
description A modernidade construiu uma poderosa narrativa social de secularização, vista como declínio inelutável da religião por esta serincompatível com o progresso. Boa parte do Iluminismo, sobretudo nos países católicos, foi hostil à religião. Em Portugal, foi o que aconteceu, com extensões ao Período Liberal e à I República. Mais recentemente, aconteceu algo semelhante nos nacionalismos árabes do século XX em relação ao islamismo, visto como obscurantista. Entretanto, os dados vieram invalidar a narrativa do declínio da religião e obrigar a reformular o conceito de secularização. Mais: parte importante da “recuperação” religiosa não é “progressista”. No caso cristão, David Martin afirma mesmo que os pobres têm optado crescentemente pelo pentecostalismo e pelo carismatismo católico. Porquê? O autor deste artigo procura uma explicação possível do fenómeno usando dois conceitos de uma teoria da religião de Stark e Bainbridge: “recompensas” e “compensadores”.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-01-01T00:00:00Z
2012
2013-11-20T19:29:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10437/4255
url http://hdl.handle.net/10437/4255
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1646-1630
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Edições Universitárias Lusófonas
publisher.none.fl_str_mv Edições Universitárias Lusófonas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131243804098560