Consumo de medicamentos numa população idosa - estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, A
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Vicente, I, André, Joana, Coutinho, Paula, Roque, Fátima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/3177
Resumo: Introdução: A grande prevalência de doença no doente idoso é propícia à polimedicação, o que poderá, em alguns casos, conduzir ao aparecimento de problemas relacionados com medicamentos e consequentemente a possíveis resultados negativos associados à medicação. Objetivo: Avaliar o consumo de medicamentos pela população idoso e possíveis erros de medicação, em três concelhos, dois do distrito da Guarda e um do distrito de Braga. Métodos: Estudo observacional transversal e descritivo, cuja metodologia consistiu na aplicação de um questionário através de entrevista estruturada a indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, durante o período de Novembro de 2011 a Janeiro de 2012. Os idosos foram recrutados de forma aleatória de entre os clientes de farmácias pertencentes aos concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Famalicão, perfazendo um total de 200 inquiridos. Resultados: Do total de inquiridos, 122 são do género feminino e 78 são do género masculino. Quando questionados sobre a sua autoperceção em relação ao seu estado de saúde, a maioria dos inquiridos considera ser razoável (33,5%) ou fraca (23%), no entanto apenas 36,1% das mulheres e 26,9% dos homens dizem ter consultado o médico mais de cinco vezes no último ano. Mais de 50 % tomam 3 ou mais medicamentos, sendo que 14% afirmam já ter deixado de comprar medicamentos prescritos porque não sentirem dores ou por razões económicas. Dos 700 medicamentos tomados por todos os idosos inquiridos, 281 eram medicamentos genéricos e 473 eram marcas comerciais, sendo que, 15,5% pertenciam ao grupo dos antihipertensores, 9,8% ao grupo dos antidislipidémicos, 7,9% eram psicofarmacos e 4,9% antidiabéticos. A maioria dos idosos (86%) diz ser responsável pela preparação da toma dos seus medicamentos e a percepção relativamente à dificuldade da toma apenas foi referida para 20 medicamento, no entanto, para 110 medicamentos foi referido que não cumpriam a posologia prescrita, ou porque tomavam apenas quando achavam necessário (n=55), ou a horas diferentes (n=29), doses inferiores (n=12) ou superiores às prescritas (n=14). Conclusão: Na população inquirida, observou-se uma grande prevalência de consumo de medicamentos. Apesar de se verificar uma preocupação com a toma da maioria dos medicamentos, indicando no geral uma boa adesão à terapêutica, verificaram-se, no entanto algumas situações de não cumprimento, o que tendo em conta as caraterísticas fisiopatológicas associadas ao envelhecimento, pode originar situações graves de morbilidade.
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