Teixedos no noroeste da Península Ibérica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Portela-Pereira, Estevão
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Monteiro-Henriques, Tiago, Casas, Carme, Forner, Nuno, Garcia-Cabral, Isabel, Fonseca, João Paulo, Neto, Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/49384
Resumo: A descrição do Habitat 9580* da Rede Natura 2000, nomeadamente no Noroeste ibérico, carece de informação fitossociológica que facilite a sua interpretação. Até agora esta é feita essencialmente enumerando os vários sintáxones em que Taxus baccata tem presença confirmada. Tanto pela falta de inventários nestas comunidades vegetais, mas também por se considerarem os teixedos como simples faciações das florestas envolventes, esta interpretação torna-se inconsequente, já que na maior parte dos casos não se refere a teixedos, i.e., bosquetes (co)dominados por Taxus baccata (Habitat 9580*), mas a indivíduos mais ou menos isolados no seio de outras comunidades. Com base numa análise DiffVal de 33 inventários de teixedos do NW ibérico, foi possível diferenciar e classificar três novos sintáxones florestais (co)dominados por Taxus baccata. Nos territórios lusitanos distinguem-se os teixedos geresianos, propostos como Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. typicum, dos muito raros estrelenses Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. loniceretosum hispanicae, enquanto que para os teixedos W cantábricos, claramente diferenciáveis dos lusitanos, propõe-se o nome Corylo avellanae-Taxetum baccatae.
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spelling Teixedos no noroeste da Península IbéricaYew woods in the northwest Iberian PeninsulaBois d’if dans le nord-ouest de la Peninsule IberiqueTejedas en el noroeste de la Península IbéricaTaxus baccataHabitat Rede Natura 2000Sintaxonomia fitossociológicaComunidades vegetais relictasAnálise DiffValA descrição do Habitat 9580* da Rede Natura 2000, nomeadamente no Noroeste ibérico, carece de informação fitossociológica que facilite a sua interpretação. Até agora esta é feita essencialmente enumerando os vários sintáxones em que Taxus baccata tem presença confirmada. Tanto pela falta de inventários nestas comunidades vegetais, mas também por se considerarem os teixedos como simples faciações das florestas envolventes, esta interpretação torna-se inconsequente, já que na maior parte dos casos não se refere a teixedos, i.e., bosquetes (co)dominados por Taxus baccata (Habitat 9580*), mas a indivíduos mais ou menos isolados no seio de outras comunidades. Com base numa análise DiffVal de 33 inventários de teixedos do NW ibérico, foi possível diferenciar e classificar três novos sintáxones florestais (co)dominados por Taxus baccata. Nos territórios lusitanos distinguem-se os teixedos geresianos, propostos como Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. typicum, dos muito raros estrelenses Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. loniceretosum hispanicae, enquanto que para os teixedos W cantábricos, claramente diferenciáveis dos lusitanos, propõe-se o nome Corylo avellanae-Taxetum baccatae.The description of Habitat 9580* of the Natura 2000, namely in the Iberian NW, needs more phytosociological information to facilitate its interpretation. Until now, this interpretation is done mainly by listing the numerous syntaxes with confirmed presence of Taxus baccata. By the lack of relevés of Taxus communities as the interpretation of the yew woods as simple faciations of the surrounding forests, this interpretation becomes inconsequent, as in most cases, correspond to more or less isolated individuals within other communities and not to true yew woods, i.e. (co)dominated by Taxus baccata (Habitat 9580*). Based on a DiffVal analysis of 33 relevés from the NW Iberian Peninsula of yew communities it was possible to differentiate and classify three new forest communities (co)dominated by Taxus baccata. In the Lusitanian territories are distinguished the Juresian Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. typicum, and the very rare Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. loniceretosum hispanicae from Serra da Estrela; while in the W Cantabrian region, yew communities are clearly differentiable from the Lusitanian ones, the name Corylo avellanae-Taxetum baccatae is proposed.La description d’Habitat 9580* du Réseau Natura 2000, notamment dans le nord-ouest Ibérique, manquait d’information phytosociologique pour faciliter son interprétation. Jusque-à présent, cela se faisait essentiellement en énumérant les (nombreuses) syntaxes dans lesquelles Taxus baccata avait une présence confirmée. Tant par l’absence de relevés de ces communautés, que par la compréhension des bois d’if comme simples faciacions des forêts environnantes, cette interprétation est devenue sans conséquence, puisque dans la plupart des cas elle ne faisait pas référence aux bois d’ifs, i.e. (co)dominé par Taxus baccata (Habitat 9580*), mais à des individus plus ou moins isolés au sein d’autres habitats. Une analyse DiffVal de 33 relevés de bois d’if du nord-ouest ibérique a permis de différencier et de classer trois nouvelles communautés forestières (co)dominées par Taxus baccata. Dans les territoires lusitaniens il est possible différencier les bois d’if geresiens, proposés comme Eryngio juresiani- -Taxetum baccatae subass. typicum, des très rares de la Serra da Estrela Eryngio juresiani -Taxetum baccatae subass. loniceretosum hispanicae, tandis que pour les bois d’if ouest cantabriques, clairement différentes des portugais, il est proposé le nom Corylo avellanae-Taxetum baccatae.La descripción del Hábitat 9580* de la Red Natura 2000, en particular, en el Noreste ibérico, carece de información fitosociológica que facilitase su interpretación. Hasta entonces, esta se hace esencialmente enumerando los varios sintaxones en que Taxus baccata tenía presencia confirmada. Tanto por la falta de inventarios de esos hábitats, como por la comprensión de las tejedas como simples facies de los bosques cercanos, esa interpretación se volvió inconsecuente, ya que en la mayoría de los casos no se trataba de tejedas, es decir bosquetes (co) dominados por Taxus baccata (Hábitat 9580*), mas solamente individuos más o menos aislados en el seno de otras comunidades. Sobre la base de un análisis DiffVal de 33 inventarios de tejedas del NW ibérico fue posible diferenciar y clasificar tres nuevos sintaxones forestales (co)dominados por Taxus baccata. En los territorios lusitanos se diferencian las tejedas geresianas, propuestas como Eryngio juresiani-Taxetum baccatae subass. typicum, de los muy raros en Sierra de la Estrella Eryngio juresiani -Taxetum baccatae subass. loniceretosum hispanicae; mientras que para las tejedas W cantábricas, claramente diferenciables de los lusitanos, se propone el nombre Corylo avellanae-Taxetum baccatae.Universidade de Lisboa, Centro de Estudos GeográficosRepositório da Universidade de LisboaPortela-Pereira, EstevãoMonteiro-Henriques, TiagoCasas, CarmeForner, NunoGarcia-Cabral, IsabelFonseca, João PauloNeto, Carlos2021-09-01T13:44:36Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/49384porPortela-Pereira, E. M., Monteiro-Henriques, T., Casas, C. [et al.] (2021). Teixedos no noroeste da Península Ibérica. Finisterra, 56(117), 127-150. https://doi.org/10.18055/Finis181020430-5027info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-14T15:36:35ZPortal AgregadorONG
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