Lógicas de risco na experiência da sexualidade juvenil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Cristina Pereira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/13998
Resumo: O domínio da contraceção é um campo de ambiguidades entre as forças modernas de racionalização (representadas pelo uso do preservativo aconselhado pela medicina para prevenir o risco de IST/sida), as forças morais subjetivas (representadas pela confiança na fidelidade do/a parceiro/a) e os preconceitos sociais (representados pelo medo da gravidez pré-conjugal). Claramente, a opção de contraceção funciona no modelo relacional. O artigo apresenta dados de estudo empírico com jovens portugueses(as), pela técnica de grupos de discussão. A análise dos dados mostra como nas racionalidades leigas a avaliação dos riscos na sexualidade (aqui referidos relativamente à IST/sida e à gravidez), a lógica da contraceção e as opções que dela emergem aparecem incrustadas a valores, símbolos e significados que ultrapassam a lógica da racionalidade científica e que justificam uma não total adesão à normatividade. O que nos leva pensar que as campanhas de promoção da saúde sexual e reprodutiva, em particular quando dirigidas aos jovens, não devem atender unicamente a um saber pericial, técnico ou especializado que informa o indivíduo, sem ter presente o conhecimento leigo.
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