Imunoterapia específica subcutânea: Qual a persistência e adesão dos doentes na vida real?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Manuel Branco
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Viegas,Leonor Paulos, Resende,Anabela, Machado,Cândida, Barbosa,Manuel Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212013000300003
Resumo: Fundamentos: Nas terapêuticas crónicas, a persistência e adesão à terapêutica são essenciais. Contudo, há poucos estudos que avaliem estes aspectos na imunoterapia específica subcutânea (ITSC). Objectivos: Avaliar persistência e adesão à ITSC num conjunto de doentes seguidos em consulta hospitalar de Imunoalergologia. Métodos: Estudo retrospectivo avaliando quantos doentes persistiam em Maio/2011 a receber ITSC, em relação aos que em Maio/2010 tinham efectuado uma injecção de ITSC na nossa Consulta de Imunoalergologia. Avaliaram -se diferenças em características demográficas e clínicas dos doentes que persistiam versus os que não persistiam. Adicionalmente, descrevemos as doses cumulativas recebidas pelos doentes que persistiram na ITSC, comparando -as com as doses expectáveis, atendendo ao tipo de vacina. Resultados: Dos 220 doentes que em Maio/2010 receberam injecções de manutenção de ITSC, 128 (58%) foram persistentes, ou seja, mantiveram -se a receber esta terapêutica durante o ano seguinte. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre sexos ou entre diferentes estratos etários. Verificou-se uma menor persistência em doentes sob ITSC a gramíneas (48%) e uma maior persistência na ITSC em doentes que tinham simultaneamente asma e rinite (63%), em doentes tratados com dois ou mais fármacos (66%) e em doentes que referiam melhoria clínica nos dias após a injecção da vacina (62%). Receberam doses cumulativas superiores a 70% do esperado 119/128 doentes e receberam doses cumulativas superiores a 90% do esperado 69/128 doentes, demonstrando-se uma boa adesão aos esquemas de ITSC propostos. Conclusões: A persistência na ITSC durante um ano ocorre em pelo menos 58% dos doentes de consulta hospitalar de Imunoalergologia, com um bom cumprimento das doses previstas, o que compara favoravelmente com outras terapêuticas. São necessários mais estudos comparando entre a persistência e adesão a diferentes terapêuticas, a fim de permitir uma prescrição que integre também estes aspectos da maior relevância no tratamento de doenças crónicas
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