Validação de um Imunossensor para Diagnóstico de Infeção por Citomegalovírus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Paula Cristina Barbosa de Sousa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11631
Resumo: A presente dissertação apresenta, no Capítulo 1, o trabalho desenvolvido na componente de Investigação e, no Capítulo 2, os conhecimentos e competências adquiridos durante o estágio em Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia São João, Covilhã, e pretende ser o trabalho final para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas. Citomegalovírus é um vírus DNA de cadeia dupla, o maior e o mais complexo vírus da família Herpesviridae sendo considerado um dos agentes infeciosos mais perigosos em indivíduos imunocomprometidos, no recém-nascido e na mulher grávida. Constitui a principal causa de infeção congénita provocando malformações no feto e recém-nascido e constituindo um problema de saúde pública. Após a infeção primária o vírus tem a capacidade de permanecer no organismo do hospedeiro de forma latente, reativando depois sem razão aparente específica e podendo causar manifestações clínicas sintomáticas e recorrentes. O diagnóstico da infeção por CMV é feito por técnicas virológicas e moleculares para deteção direta da presença do vírus, ou por metodologias serológicas que detetam uma resposta imune específica do hospedeiro. No entanto, os métodos de diagnóstico disponíveis são, muitas vezes, complexos, demorados e dispendiosos, dificultando a sua utilização em larga escala e como métodos de rastreio. Torna-se, então, importante o desenvolvimento de um método rápido e eficiente, de baixo custo e com a possibilidade de adaptação a sistemas de “point-of-care”, que permita o diagnóstico da infeção por CMV, e uma abordagem efetiva para a prevenção e tratamento das doenças associadas. Nesse sentido, um grupo de investigação da UBI desenvolveu um imunossensor eletroquímico descartável, cujo princípio de funcionamento é um imunoensaio do tipo mpEIA “sandwich” utilizando anticorpos específicos contra a glicoproteína B de CMV. No trabalho de investigação apresentado no capítulo 1, pretende-se iniciar a segunda fase de validação do imunossensor, avaliando a sua aplicabilidade a amostras biológicas. As amostras biológicas utilizadas foram previamente analisadas em laboratório clínico para pesquisa de DNA de CMV por RT-PCR, sendo conhecido o resultado relativamente à presença ou ausência de CMV. O ensaio experimental realizado foi a metodologia mpEIA “sandwich”, que está na base de desenvolvimento do imunossensor. Os resultados obtidos permitem esboçar valores de “cut-off”, sensibilidade e especificidade para a técnica. A farmácia Comunitária, pela sua fácil acessibilidade à população em geral e pela formação e qualificação dos seus colaboradores, é um local privilegiado para a prestação de cuidados de saúde contribuindo, de uma forma ativa, para a melhoria da qualidade de vida das populações que servem. O Farmacêutico Comunitário é um profissional de saúde dotado de conhecimentos técnico-científicos que lhe permitem estabelecer a ligação medicamento-utente de forma responsável e profissional, intervindo ativamente na sensibilização para o uso correto e racional dos medicamentos e outros produtos de saúde, assegurando a sua eficácia e segurança, e garantindo a máxima qualidade em todos os serviços que presta. Por forma a permitir que o farmacêutico comunitário desempenhe com rigor e qualidade as suas funções, a farmácia deve possuir uma estrutura adequada tanto ao nível das instalações e equipamentos como no que diz respeito aos recursos humanos e científicos, sistema informático e fontes de informação. Disso se dará conta no Capítulo 2, bem como das atividades desenvolvidas e dos conhecimentos e competências adquiridos no decurso do estágio em farmácia comunitária.
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Constitui a principal causa de infeção congénita provocando malformações no feto e recém-nascido e constituindo um problema de saúde pública. Após a infeção primária o vírus tem a capacidade de permanecer no organismo do hospedeiro de forma latente, reativando depois sem razão aparente específica e podendo causar manifestações clínicas sintomáticas e recorrentes. O diagnóstico da infeção por CMV é feito por técnicas virológicas e moleculares para deteção direta da presença do vírus, ou por metodologias serológicas que detetam uma resposta imune específica do hospedeiro. No entanto, os métodos de diagnóstico disponíveis são, muitas vezes, complexos, demorados e dispendiosos, dificultando a sua utilização em larga escala e como métodos de rastreio. Torna-se, então, importante o desenvolvimento de um método rápido e eficiente, de baixo custo e com a possibilidade de adaptação a sistemas de “point-of-care”, que permita o diagnóstico da infeção por CMV, e uma abordagem efetiva para a prevenção e tratamento das doenças associadas. Nesse sentido, um grupo de investigação da UBI desenvolveu um imunossensor eletroquímico descartável, cujo princípio de funcionamento é um imunoensaio do tipo mpEIA “sandwich” utilizando anticorpos específicos contra a glicoproteína B de CMV. No trabalho de investigação apresentado no capítulo 1, pretende-se iniciar a segunda fase de validação do imunossensor, avaliando a sua aplicabilidade a amostras biológicas. As amostras biológicas utilizadas foram previamente analisadas em laboratório clínico para pesquisa de DNA de CMV por RT-PCR, sendo conhecido o resultado relativamente à presença ou ausência de CMV. O ensaio experimental realizado foi a metodologia mpEIA “sandwich”, que está na base de desenvolvimento do imunossensor. Os resultados obtidos permitem esboçar valores de “cut-off”, sensibilidade e especificidade para a técnica. A farmácia Comunitária, pela sua fácil acessibilidade à população em geral e pela formação e qualificação dos seus colaboradores, é um local privilegiado para a prestação de cuidados de saúde contribuindo, de uma forma ativa, para a melhoria da qualidade de vida das populações que servem. O Farmacêutico Comunitário é um profissional de saúde dotado de conhecimentos técnico-científicos que lhe permitem estabelecer a ligação medicamento-utente de forma responsável e profissional, intervindo ativamente na sensibilização para o uso correto e racional dos medicamentos e outros produtos de saúde, assegurando a sua eficácia e segurança, e garantindo a máxima qualidade em todos os serviços que presta. Por forma a permitir que o farmacêutico comunitário desempenhe com rigor e qualidade as suas funções, a farmácia deve possuir uma estrutura adequada tanto ao nível das instalações e equipamentos como no que diz respeito aos recursos humanos e científicos, sistema informático e fontes de informação. Disso se dará conta no Capítulo 2, bem como das atividades desenvolvidas e dos conhecimentos e competências adquiridos no decurso do estágio em farmácia comunitária.This dissertation presents, in Chapter 1, the work developed at the research component and, in Chapter 2, the knowledge and skills acquired during the internship in Community Pharmacy held at Farmácia São João, Covilhã, and intends to be the final work to obtain the Master's degree in Pharmaceutical Sciences. Cytomegalovirus is a double-stranded DNA virus, being the largest and most complex virus of the Herpesviridae family and is considered one of the most dangerous infectious agents in immunocompromised individuals, newborns and pregnant women. It is the main cause of congenital infection causing malformations in the fetus and newborn constituting a public health problem. After primary infection, the virus has the ability to remain in the host organism latently, reactivating afterwards for no apparent specific reason and causing symptomatic and recurrent clinical manifestations. The diagnosis of CMV infection is made by virological and molecular techniques for the direct detection of virus presence, or by serological methodologies that detect a specific host immune response. However, the diagnostic methods available are often complex, time-consuming and expensive, making it difficult to use on a large scale and as screening methods. It is therefore important to develop a fast and efficient, low-cost method with the possibility of adapting to point-of-care systems, which allows the diagnosis of CMV infection, and an effective approach to the prevention and treatment of diseases associated with CMV. In this sense, a research group from UBI developed a disposable electrochemical immunosensor, operating under the principle of a sandwich mpEIA immunoassay using specific antibodies against CMV glycoprotein B. In the present research work, it is intended to proceed to the second phase of validation of the immunosensor, evaluating its applicability to biological samples. The biological samples used were previously analyzed in a clinical laboratory to search for CMV DNA by RT-PCR, the result being known regarding the presence or absence of CMV. The experimental test carried out was the sandwich mpEIA methodology, which is the basis for the development of the immunosensor. The results obtained allow to determine cutoff values, sensitivity and specificity for the technique. The Community Pharmacy, due to its easy accessibility to the general population and the training and qualification of its employees, is a privileged place for the provision of health care, actively contributing to the improvement of populations quality of life. The Community Pharmacist is an health professional with technical-scientific knowledge that allows him to establish the drug-user connection in a responsible and professional manner, actively intervening in raising awareness of the correct and rational use of medicines and other health products, ensuring their efficiency and safety, and guaranteeing maximum quality in all provided services. In order to allow the community pharmacists to perform their functions with rigor and quality, the pharmacy must have an adequate structure both in terms of facilities and equipment and regarding to human and scientific resources, computer system and information sources. This will be explained in Chapter 2, as well as the activities developed, and the knowledge and skills acquired during the internship in community pharmacy.Cabral, Ana Cristina Mendes DiasMonteiro, Maria de Lurdes PaivauBibliorumSoares, Paula Cristina Barbosa de Sousa2022-01-11T17:06:49Z2021-05-052021-03-112021-05-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11631TID:202847098porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:54:16Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11631Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:22.391780Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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