Perceção policial da segurança privada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Afonso Elvas da Fonseca Santos e
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/48656
Resumo: É o Estado quem garante o direito à segurança, por igual, a todos os cidadãos, utilizando mecanismos próprios para a produção de segurança. Este faz-se valer das Polícias enquanto organismos estatais para prover, promover e garantir a segurança de todos os cidadãos. No entanto, não só o Estado providencia segurança, existindo uma série de outros atores que concorrem para esta missão. Surge a Segurança Privada como ator concorrencial das Forças e Serviços de Segurança do Estado, enquanto provedor e promotor de segurança. Partilhando o objetivo comum de proteção de pessoas e bens com as demais forças públicas, a Segurança Privada tem crescido no nosso país no âmbito da segurança pública, adquirindo até funções que antes apenas pertenciam às polícias, como as revistas pessoais de segurança e prevenção. Uma das forças de autoridade públicas que segue de perto a evolução do setor privado e trabalha com este, é a Polícia de Segurança Pública, tendo aliás competências de fiscalização sob toda a atividade de Segurança Privada. Apesar da proximidade operacional, pouco se sabe na literatura nacional sobre o modo como os polícias da PSP percecionam este ator securitário de âmbito privado. É assim pertinente entender o modo como os agentes policiais visionam a Segurança Privada, que tantas vezes se imiscui na atividade policial que estes desenvolvem. Foi este o trabalho que se procurou fazer na presente investigação. Concluímos que uma maioria considerável de polícias revela uma opinião positiva face a interações passadas com membros de segurança privada, ainda que a confiança nestes não seja particularmente elevada, tendo, no entanto, sido identificado, que a participação ativa por parte dos polícias no treino e formação da segurança privada poderia contribuir para um aumento do nível de confiança. Observou-se, ainda que ligeiramente, uma perspetivação positiva de cedência de funções da PSP para a Segurança Privada, sem que tenha sido possível entender com clareza os principais motivos por detrás desta motivação. Ao nível da realização de operações conjuntas no futuro, existiu um maior número de polícias a concordar com esta ideia do que o seu contrário. Constatou-se ainda que características como o “sexo”, “nível hierárquico”, “idade” e “interação com a segurança privada”, constituem fatores explicativos para determinadas opiniões face às funções que a Segurança Privada hoje assume.
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Partilhando o objetivo comum de proteção de pessoas e bens com as demais forças públicas, a Segurança Privada tem crescido no nosso país no âmbito da segurança pública, adquirindo até funções que antes apenas pertenciam às polícias, como as revistas pessoais de segurança e prevenção. Uma das forças de autoridade públicas que segue de perto a evolução do setor privado e trabalha com este, é a Polícia de Segurança Pública, tendo aliás competências de fiscalização sob toda a atividade de Segurança Privada. Apesar da proximidade operacional, pouco se sabe na literatura nacional sobre o modo como os polícias da PSP percecionam este ator securitário de âmbito privado. É assim pertinente entender o modo como os agentes policiais visionam a Segurança Privada, que tantas vezes se imiscui na atividade policial que estes desenvolvem. Foi este o trabalho que se procurou fazer na presente investigação. Concluímos que uma maioria considerável de polícias revela uma opinião positiva face a interações passadas com membros de segurança privada, ainda que a confiança nestes não seja particularmente elevada, tendo, no entanto, sido identificado, que a participação ativa por parte dos polícias no treino e formação da segurança privada poderia contribuir para um aumento do nível de confiança. Observou-se, ainda que ligeiramente, uma perspetivação positiva de cedência de funções da PSP para a Segurança Privada, sem que tenha sido possível entender com clareza os principais motivos por detrás desta motivação. Ao nível da realização de operações conjuntas no futuro, existiu um maior número de polícias a concordar com esta ideia do que o seu contrário. Constatou-se ainda que características como o “sexo”, “nível hierárquico”, “idade” e “interação com a segurança privada”, constituem fatores explicativos para determinadas opiniões face às funções que a Segurança Privada hoje assume.The State is the one who guarantees the right to security equally to all citizens, using its own mechanisms to produce security. It relies on the Police, as a state organization, to provide, promote, and ensure the security of all citizens. However, the State is not the only provider of security, there are also a series of other actors that contribute to this mission. Private Security emerges as a competitive actor of the State's Security Forces and Services, being a provider and promoter of security. Sharing the common goal of protecting people and property with other public forces, Private Security has grown in our country in the field of public security, even acquiring functions that were previously only the responsibility of the police, such as personal security and prevention searches. One of the public authority forces that closely follows the evolution of the private sector and works with it is the "Polícia de Segurança Pública (PSP)", which also has supervisory powers over all Private Security activity. Despite the operational proximity, little is known in national literature about how PSP police officers perceive this private security actor. It is, therefore, pertinent to understand how police officers view Private Security, which often encroaches on the police work they do. This was the work that was sought to be done in this investigation. We conclude that most police officers have a positive opinion regarding past interactions with private security members, although their trust in them is not particularly high. However, it was identified that active participation by police officers in the training and education of private security could contribute to an increase in this level of trust. It was also observed, albeit slightly, a positive perspective on the transfer of functions from the PSP to Private Security, without it being possible to clearly understand the main reasons behind this motivation. At the level of joint operations in the future, there was a greater number of police officers agreeing with this idea than the opposite. It was also found that variables such as "gender," "hierarchical level," "age," and "interaction with private security" are explanatory factors for certain opinions regarding the role that Private Security plays today.Clemente, Pedro José LopesRepositório ComumSilva, Afonso Elvas da Fonseca Santos e2024-01-03T15:40:32Z2023-10-302023-10-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/48656TID:203391705porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-04T12:25:23Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/48656Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:29:59.809703Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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