As estratégias de arregimentação política do interventor Juracy Magalhães e o lugar das oligarquias baianas na correlação de forças após a Revolução de 1930 (1930-1934)

• Autor(a) principal: Nássaro Araújo da Paixão, Carlos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://ojs.letras.up.pt/index.php/historia/article/view/8275
• topic: Dossier temático

Resumo: Juracy Magalhães, que participara da Revolução de 1930 na linha de frente das forças revolucionárias no norte do país, foi escolhido para assumir a Interventoria Federal na Bahia, em setembro de 1931, e tentar conter a instabilidade política que se instalara no estado, desde a vitória da Revolução, em outubro de 1930. No período em questão, as crises políticas foram constantes no país. A explicação pode vir das disputas entre diferentes projetos defendidos pelos distintos grupos sociais que foram vencedores em 1930 (oligarquias dissidentes, jovem oficialidade do exército), além da oposição das oligarquias vencidas. Neste artigo, discutem-se as relações entre o interventor federal na Bahia, Juracy Magalhães, e os membros dos diferentes grupos oligárquicos baianos, destacando-se os processos de arregimentação política e acomodações que marcaram a centralização e o fortalecimento do poder executivo e o seu papel na conjuntura de 1930 a 1934, assim como a análise da maneira pela qual foi articulado o agrupamento político, em volta da sua liderança, através do alistamento partidário de chefes locais no interior e na capital do estado. As fontes que embasaram a escrita do presente texto são de natureza diversa. Livros de memória de Juracy Magalhães intitulados Minha Vida Pública na Bahia (1957), Minhas Memórias Provisórias (1987) e O Último Tenente (1996) jornais; correspondências; Mensagem ao Chefe do Governo Provisório; Documentos da Associação Comercial da Bahia; Documentos do Gabinete Civil da Presidência da República e da Seção Republicana do Arquivo Público da Bahia. Palavras-Chave: Juracy Magalhães, Bahia, Revolução de 1930, Oligarquias. Abstract: Juracy Magalhães who had participated of revolutionary forces in the north of the country in the 1930 Revolution, was chosen to assume the Federal Intervention in Bahia in September 1931 and to contain the political instability that had settled in the state, since the victory of the Revolution in October 1930. In such context, the political crises were constant in the country. The explanation may come from the disputes among different protected projects for the different groups partners that were winner in 1930 (oligarchies dissident, young army officer) in addition to the opposition of the defeated oligarchies. This article discussed the relationships between the federal intervenor of Bahia, Juracy Magalhães and the members of the different Bahian oligarchic groups, standing political regimentation processes and accommodations that marked the centralization and the invigoration of the executive power in this process in the conjuncture of 1930 to 1934, as well as the analysis in the way for the which was articulate political grouping, through the support of local bosses in the interior and in the capital of state. The sources that supported the writing of this text are Memory books written by Juracy Magalhães (Minha Vida Pública na Bahia (1957), Minhas Memórias Provisórias (1987) e O Último Tenente (1996)), newspapers; correspondence; Message to the Head of the Interim Government; Documents from the Commercial Association of Bahia; Documents from the Civil Office of the Presidency of the Republic and the Republican Section of the Public Archive of Bahia. Keywords: Juracy Magalhães, Bahia, Revolution of 1930, Oligarchies. Résumé: Juracy Magalhães, qui avait participé à la Révolution de 1930 sur les lignes de front des forces révolutionnaires dans le nord du pays, a été choisie pour reprendre l'Interventoria fédérale à Bahia, en septembre 1931, et essayer de contenir l'instabilité politique qui s'était installée dans l'État, depuis le victoire de la Révolution en octobre 1930. Pendant la période en question, les crises politiques sont constantes dans le pays. L'explication peut venir des disputes entre différents projets défendus par les différents groupes sociaux vainqueurs en 1930 (oligarchies dissidentes, jeunes officiers de l'armée), en plus de l'opposition des oligarchies vaincues. Dans cet article, les relations entre l'intervenant fédéral à Bahia, Juracy Magalhães, et les membres des différents groupes oligarchiques bahianais sont discutées, mettant en évidence les processus de régimentation politique et d'accommodement qui ont marqué la centralisation et le renforcement du pouvoir exécutif et de son rôle dans la conjoncture de 1930 à 1934, ainsi que l'analyse de la manière dont le groupe politique s'est articulé, autour de sa direction, à travers l'enrôlement du parti des chefs locaux à l'intérieur et dans la capitale de l'État. Les sources qui ont soutenu la rédaction de ce texte sont de nature différente. Des livres de mémoire de Juracy Magalhães intitulés journaux Minha Vida Pública na Bahia (1957), Mis Provisórias Memórias (1987) et O Último Tenente (1996); correspondances; Message au chef du gouvernement provisoire; Documents de l'Association commerciale de Bahia; Documents de l'Office civil de la présidence de la République et de la section républicaine des archives publiques de Bahia. Mots-clés: Juracy Magalhães, Bahia, Révolution de 1930, Oligarchies. Resumen: Juracy Magalhães, que había participado en la Revolución de 1930 en el frente de las fuerzas revolucionarias en el norte del país, fue elegida para hacerse cargo de la Interventoria Federal en Bahía, en septiembre de 1931, y tratar de contener la inestabilidad política que se había instalado en el estado, desde la victoria de la Revolución en octubre de 1930. Durante el período en cuestión, las crisis políticas fueron constantes en el país. La explicación puede provenir de las disputas entre diferentes proyectos defendidos por los diferentes grupos sociales que fueron ganadores en 1930 (oligarquías disidentes, jóvenes oficiales del ejército), además de la oposición de las oligarquías derrotadas. En este artículo, se discuten las relaciones entre el interventor federal en Bahía, Juracy Magalhães, y los miembros de los diferentes grupos oligárquicos bahianos, destacando los procesos de regulación política y acomodación que marcaron la centralización y el fortalecimiento del poder ejecutivo y su papel en la coyuntura de 1930 a 1934, así como el análisis de la forma en que se articuló el grupo político, en torno a su liderazgo, a través del alistamiento del partido de los jefes locales en el interior y en la capital del estado. Las fuentes que respaldaron la redacción de este texto son de una naturaleza diferente. Los libros de recuerdos de Juracy Magalhães titulados Minha Vida Pública na Bahia (1957), Mis Provisórias Memórias (1987) y O Último Tenente (1996); correspondencias; Mensaje al Jefe del Gobierno Provisional; Documentos de la Asociación Comercial de Bahía; Documentos de la Oficina Civil de la Presidencia de la República y de la Sección Republicana del Archivo Público de Bahía. Palabras clave: Juracy Magalhães, Bahía, Revolución de 1930, Oligarquías.