Óleos essenciais de macroalgas: Avaliação da capacidade antioxidante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bordonhos, Lucinda Maria Marques da Rocha
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/9188
Resumo: Nos dias de hoje, as macroalgas têm vindo a ser cada vez mais apreciadas pelos consumidores, devido a uma maior procura por alimentos inovadores e saudáveis. As macroalgas são um recurso marinho que apresenta propriedades de relevo, como a elevada capacidade antioxidante, antibacteriana, anticancerosa, entre outras. Neste sentido, a procura por óleos essenciais tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos, tanto na indústria alimentar e cosmética como na área medicinal. No presente estudo, avaliou-se o impacto da metodologia de hidrodestilação em duas macroalgas comumente encontradas na Costa Portuguesa, Fucus vesiculosus e Gracilaria gracilis, avaliando também os respetivos componentes extraídos no óleo essencial, água de decocção e hidrolato. Estes foram avaliados relativamente ao seu teor de fenólicos totais (TPC), e o seu potencial antioxidante expresso pela absorção do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazilo (DPPH) e capacidade de redução do ião férrico (FRAP). Foi efetuada também a análise dos compostos voláteis presentes nos óleos essenciais de ambas as algas por cromatografia gasosa acoplada a espetrometria de massa (CG-MS). Relativamente ao teor de fenólicos totais, entre as duas macroalgas observaram-se diferenças (P< 0.05, teste Tukey) relativamente ao extrato da água de decocção onde a Fucus vesiculosus obteve 1.57 ± 0.05 mg EAG e a Gracilaria gracilis 1.31± 0.04 mg EAG por grama de extrato. A capacidade antioxidante expressa pelo método de DPPH, verificou-se em ambas as macroalgas valores similares (P > 0.05, teste Tukey), no extrato de óleo essencial. Por outro lado, o extrato da água de decocção e o hidrolato da macroalga Fucus vesiculosus revelaram uma capacidade antioxidante superior e significativamente diferente (P < 0.05, teste Tukey) quando comparado com os valores obtidos na Gracilaria gracilis, 82.14%, 53.74% e 60.04%, 50.61%, respetivamente. No que diz respeito à capacidade antioxidante expressa pelo método FRAP, o óleo essencial foi o componente que se demarcou de forma significativa, sendo que a Fucus vesiculosus registou o valor médio de 15.43 µM FeSO4/g e a Gracilaria gracilis 32.19 µM FeSO4/g. Na análise dos compostos voláteis presentes nos óleos essenciais de ambas as macroalgas, foi notória a presença em maior proporção do ácido palmítico na Gracilaria gracilis (84.4%) e o ácido mirístico na macroalga Fucus vesiculosus (82.4%). Em termos globais, foi possível evidenciar a capacidade antioxidante e a presença de ácidos gordos naturais após a hidrodestilação da macroalga Fucus vesiculosus e Gracilaria gracilis, perspetivando-se no futuro uma utilização eficiente nas diversas indústrias de modo a proporcionar benefícios ao consumidor.
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No presente estudo, avaliou-se o impacto da metodologia de hidrodestilação em duas macroalgas comumente encontradas na Costa Portuguesa, Fucus vesiculosus e Gracilaria gracilis, avaliando também os respetivos componentes extraídos no óleo essencial, água de decocção e hidrolato. Estes foram avaliados relativamente ao seu teor de fenólicos totais (TPC), e o seu potencial antioxidante expresso pela absorção do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazilo (DPPH) e capacidade de redução do ião férrico (FRAP). Foi efetuada também a análise dos compostos voláteis presentes nos óleos essenciais de ambas as algas por cromatografia gasosa acoplada a espetrometria de massa (CG-MS). Relativamente ao teor de fenólicos totais, entre as duas macroalgas observaram-se diferenças (P< 0.05, teste Tukey) relativamente ao extrato da água de decocção onde a Fucus vesiculosus obteve 1.57 ± 0.05 mg EAG e a Gracilaria gracilis 1.31± 0.04 mg EAG por grama de extrato. A capacidade antioxidante expressa pelo método de DPPH, verificou-se em ambas as macroalgas valores similares (P > 0.05, teste Tukey), no extrato de óleo essencial. Por outro lado, o extrato da água de decocção e o hidrolato da macroalga Fucus vesiculosus revelaram uma capacidade antioxidante superior e significativamente diferente (P < 0.05, teste Tukey) quando comparado com os valores obtidos na Gracilaria gracilis, 82.14%, 53.74% e 60.04%, 50.61%, respetivamente. No que diz respeito à capacidade antioxidante expressa pelo método FRAP, o óleo essencial foi o componente que se demarcou de forma significativa, sendo que a Fucus vesiculosus registou o valor médio de 15.43 µM FeSO4/g e a Gracilaria gracilis 32.19 µM FeSO4/g. Na análise dos compostos voláteis presentes nos óleos essenciais de ambas as macroalgas, foi notória a presença em maior proporção do ácido palmítico na Gracilaria gracilis (84.4%) e o ácido mirístico na macroalga Fucus vesiculosus (82.4%). Em termos globais, foi possível evidenciar a capacidade antioxidante e a presença de ácidos gordos naturais após a hidrodestilação da macroalga Fucus vesiculosus e Gracilaria gracilis, perspetivando-se no futuro uma utilização eficiente nas diversas indústrias de modo a proporcionar benefícios ao consumidor.Nowadays, macroalgae are becoming increasingly popular with consumers, due to a greater demand for innovative and healthy foods. Macroalgae are a marine resource with important properties such as high antioxidant, antibacterial, anticancer and other properties. In this sense, the demand for essential oils has been growing in recent years, both in the food industry and in the cosmetics and medicinal fields. This study assessed the impact of the hydrodistillation method on two macroalgae commonly found on the Portuguese coast, Fucus vesiculosus and Gracilaria gracilis, and evaluated the respective extracted components such as essential oil, decoction water and hydrolate. These were evaluated according to their total phenolic content (TPC), as well as their antioxidant potential expressed by the absorption of the free radical 2,2-diphenyl-1- picrylhydrazyl (DPPH) and ferric reducing antioxidant potential (FRAP). The volatile compounds present in the essential oils of both algae were also analyzed. Regarding the total phenolic content, differences were observed between the two macroalgae (P< 0.05, Tukey test) about the decoction water extract, where Fucus vesiculosus obtained 1.57 ± 0.05 mg EAG and Gracilaria gracilis 1.31 ± 0.04 mg EAG per gram of extract. The antioxidant capacity expressed by the DPPH method showed similar values in both macroalgae (P > 0.05, Tukey test) in the essential oil extract. On the other hand, the decoction water extract and the hydrolate from the macroalgae Fucus vesiculosus revealed a superior and significantly different antioxidant capacity (P < 0.05, Tukey test) when compared to the values obtained from Gracilaria gracilis, 82.14%, 53.74% and 60.04 %, 50.61%, respectively. Concerning the antioxidant capacity expressed by the FRAP method, the essential oil was the component that stood out significantly, with Fucus vesiculosus recording an average value of 15.43 µM FeSO4/g and Gracilaria gracilis 32.19 µM FeSO4/g. By analysis of the volatile compounds present in the essential oils of both macroalgae, the presence of a greater proportion of palmitic acid in Gracilaria gracilis (84.4%) and myristic acid in the macroalgae Fucus vesiculosus (82.4%) was notable. Overall, it was possible to show the presence of antioxidant ability and natural fatty acids after hydrodistillation of the macroalgae Fucus vesiculosus and Gracilaria gracilis, with the prospect of their efficient use in various industries in the future to help the consumer.Pinheiro, Maria Joaquina da CunhaGanhão, Rui Manuel ManetaIC-OnlineBordonhos, Lucinda Maria Marques da Rocha2024-01-05T16:36:39Z2023-11-232023-11-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/9188TID:203447247porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:59:09Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/9188Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:51:48.407483Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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