Regulação emocional e padrões psicopatológicos: in(adaptação) na idade adulta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Telma Marisa Gouveia
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2668
Resumo: As emoções estão presentes em todas as situações experienciadas da vida quotidiana. Em Psicologia, o estudo dos aspetos emocionais, tem um lugar de destaque, mesmo apresentando-se, como complexo e de difícil delimitação. Nos últimos anos, vários investigadores têm-se dedicado ao estudo do papel das emoções e da regulação emocional ao longo das várias etapas ou fases de desenvolvimento. Muito embora várias questões permaneçam por responder, tem sido possível apurar a importância que a experiência emocional e a capacidade de regular as emoções assumem em várias dimensões do comportamento humano, inclusivamente, no que diz respeito ao desenvolvimento da psicopatologia. Neste âmbito, o presente trabalho de investigação surge em resposta à necessidade de atualização do estudo em torno das estratégias de regulação emocional e dos padrões psicopatológicos e encontra-se dividido em dois artigos científicos que pretendem avaliar a relação entre ambos. O primeiro artigo corresponde a uma revisão da literatura e tem como objetivo proporcionar um breve enquadramento teórico em torno do conceito de regulação emocional, esclarecer as estratégias implicadas neste processo e o seu impacto no funcionamento humano, nomeadamente, as suas repercussões ao nível da Psicopatologia. O segundo artigo apresenta-nos os resultados de um estudo empírico tendo por base o questionário CERQ - Cognitive Emotion Regulation Questionnaire (N. Garnefski, V. Kraaij & P. Spinhoven, 2002; versão: F. Cardoso & T. Gomes, 2009), o questionário ERQ - Questionário de Regulação Emocional (J. Gross & O. John, 2003; versão: F. Machado Vaz & C. Martins, 2008) e o inventário BSI - Breve Inventário de Sintomas (L. R. Derogatis, 1983; versão: M. C. Canavarro, 1995), numa amostra de 448 adultos, residentes na região de Trás-os-Montes (Portugal), com idades compreendidas entre os 18 e os 72 anos e diferentes habilitações académicas, profissionais e estratos socioeconómicos. De uma forma geral, os resultados demonstraram consistência com a literatura atual, que tem vindo a afirmar que há uma relação entre o uso de estratégias de regulação emocional para lidar com as situações, emocionalmente negativas e com o desenvolvimento de psicopatologia, confirmando-se a hipótese levantada de que as estratégias de regulação emocional estão correlacionadas com diferentes padrões psicopatológicos. Podemos, por conseguinte, afirmar haver uma relação entre o uso de estratégias de regulação emocional específicas e diferentes tipos de psicopatologia. Por último, refletimos sobre as principais limitações e implicações para investigações futuras. Os resultados sugerem ainda, que as estratégias de regulação emocional podem ser úteis, no âmbito da prevenção e intervenção clínicas.
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Neste âmbito, o presente trabalho de investigação surge em resposta à necessidade de atualização do estudo em torno das estratégias de regulação emocional e dos padrões psicopatológicos e encontra-se dividido em dois artigos científicos que pretendem avaliar a relação entre ambos. O primeiro artigo corresponde a uma revisão da literatura e tem como objetivo proporcionar um breve enquadramento teórico em torno do conceito de regulação emocional, esclarecer as estratégias implicadas neste processo e o seu impacto no funcionamento humano, nomeadamente, as suas repercussões ao nível da Psicopatologia. O segundo artigo apresenta-nos os resultados de um estudo empírico tendo por base o questionário CERQ - Cognitive Emotion Regulation Questionnaire (N. Garnefski, V. Kraaij & P. Spinhoven, 2002; versão: F. Cardoso & T. Gomes, 2009), o questionário ERQ - Questionário de Regulação Emocional (J. Gross & O. John, 2003; versão: F. Machado Vaz & C. 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Os resultados sugerem ainda, que as estratégias de regulação emocional podem ser úteis, no âmbito da prevenção e intervenção clínicas.Emotions are present in every situation of daily life. In Psychology the study of emotional aspects has a distinct place, even though they may present themselves as being complex and of difficult delimitation. In recent years, several researchers have been dedicated to studying the role of emotions and emotional regulation during the various stages or phases of development. Although many questions remain unanswered, has been possible to establish the importance that emotional experience and the ability to regulate emotions takes on many dimensions of human behavior, even with regard to the development of psychopathology. In this context, this research work comes in response to the constant need of updating the study about emotional regulation strategies and psychopathological patterns and is divided into two scientific papers that seek to assess the relationship between them. The first article is a review of the literature and is designed to provide a brief theoretical framework around the concept of emotional regulation, clarify the strategies involved in this process and its impact on human functioning, including their impact on the level of Psychopathology. The second article gives us the results of an empirical study, based on the CERQ - Cognitive Emotion Regulation Questionnaire (N. Garnefski, V. Kraaij & P. Spinhoven, 2002; version: F. Cardoso & T. Gomes, 2009), the ERQ - Emotion Regulation Questionnaire (J. Gross & O. John, 2003; version: F. Machado Vaz & C. Martins, 2008) and BSI - Brief Symptom Inventory (L. R. Derogatis, 1983; version: M. C. Canavarro, 1995), in a sample of 448 adults living in Trás-os-Montes region (Portugal), with 18 and 72 years and different academic, professional qualifications and socio-economic strata. Overall, the results showed consistency with the current literature, which has been claiming that there is a relationship between the use of emotional regulation strategies to deal with emotionally negative situations and the development of psychopathology, confirming the hypothesis proposed that emotional regulation strategies are correlated with different patterns of psychopathology. We can therefore say that there is a relationship between the use of specific emotional regulation strategies and different types of psychopathology. The results also suggest that emotional regulation strategies may be a useful target for prevention and intervention.2013-08-28T11:15:45Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2668porGomes, Telma Marisa Gouveiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:46:19Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2668Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:09.737252Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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