Caracterização dos cuidados de saúde oral nos pacientes no internamento da Unidade Local de Saúde da Guarda
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11816/2786 |
Resumo: | Actualmente é conhecida a importância da saúde oral na qualidade de vida, assim como a relação entre a saúde oral e saúde geral, sendo essencial considerá-la como parte integrante dos cuidados médicos. Um doente internado numa unidade hospitalar é um doente imunocomprometido e, portanto, mais susceptível a complicações, tanto orais como sistémicas, estando reunidas uma série de condições que levam a uma diminuição das defesas locais, diminuição do fluxo salivar e aumento da colonização da orofaringe por microrganismos com potencial patogénico. O objectivo deste estudo foi caracterizar as práticas de cuidados orais efectuadas pelos enfermeiros nos pacientes internados na Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE (ULS-Guarda), na qual se integra o Hospital Sousa Martins da Guarda (HSM-Guarda). Complementarmente pretendeu-se caracterizar, alertar e consciencializar os enfermeiros sobre a necessidade de formação específica em cuidados orais. Neste sentido, foi realizado um estudo de tipo transversal através da aplicação de um inquérito por questionário composto por 16 questões, o qual pretendia conhecer as práticas e conhecimentos dos enfermeiros acerca dos cuidados orais. O estudo contou com a participação de 101 enfermeiros, correspondendo a uma representatividade de 87,1% do universo de 116 enfermeiros que exercem actividade nos serviços de internamento de: Cirurgia Geral; Medicina; Pneumologia; Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC); e Unidade de Cuidados Intensivos. Os resultados obtidos evidenciam que, por um lado, 27,72% dos inquiridos receberam formação específica em cuidados orais, 42,57% consideram os cuidados orais de prioridade moderada e 88,12% julga m os protocolos de cuidados orais existentes insuficientes. Por outro lado, as práticas registadas incluem: higienização oral efectuada 1 vez por turno (91,09%); uso de escova dentária (37,50%); complemento de higienização com cloridrato de benzidamida (55,56%); hidratação da cavidade oral com água 1 vez por turno (38,61%) e a cada 4 horas (33,66%); investigação durante a inspecção da cavidade (lesões da mucosa oral, 19,21%); e reporte ao médico responsável (95,05%). Assim, pode conclui-se que existe a necessidade de formação específica em cuidados orais por parte dos enfermeiros e de investigações futuras com implementação de protocolos de cuidados orais padronizados que contribuam como evidência científica para a uniformização das práticas de cuidados orais nos serviços de internamento. |
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