Evolução da morfologia costeira a sul da embocadura do rio Mondego, de 1975 a 2011

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira , F.
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.lnec.pt:8080/jspui/handle/123456789/1007140
Resumo: O presente estudo teve como objetivo a avaliação da evolução morfológica da zona costeira entre as embocaduras do rio Mondego e do rio Lis, entre 1975 e 2011. Enquadra-se no âmbito de um estudo mais alargado, cujo objetivo é o estudo da dinâmica costeira do mesmo trecho e previsão da sua evolução futura. O estudo baseou-se na comparação de três levantamentos topo-hidrográficos, de 1975, 1978 e 2011, de elevado interesse pelo facto de abrangerem não só a parte emersa da praia mas também a parte submersa (a zona de rebentação, onde é rara a informação batimétrica dadas as dificuldades físicas inerentes à sua monitorização). Relativamente à evolução da morfologia costeira na frente marítima da Gala-Cova, concluiu-se que as obras de proteção costeira executadas em 1975 e 1978-1979, ou seja, as defesas longitudinais aderentes e o campo de esporões da Gala-Cova respetivamente, em conjunto com a alimentação artificial de 174x103 m3 realizada em 1975-1976, limitaram a progressão do surto erosivo verificado no período 1975-1978 e promoveram a recuperação da praia durante o período 1978 2011. Efetivamente, em 2011 a linha de costa encontrava se em média cerca de 25 m mais avançada do que 1975. Em oposição, imediatamente a sul da frente marítima da Gala-Cova, mais especificamente, a sotamar do último esporão do campo de esporões da Gala-Cova, o surto erosivo já verificado no período 1975-1978 foi fortemente intensificado no período 1978-2011. Relativamente à frente marítima da Costa de Lavos, concluiu-se que a construção do esporão, em 1979, foi determinante na evolução da morfologia costeira observada entre 1975 e 2011. A barlamar do esporão, na frente marítima do núcleo populacional, o mesmo proporcionou um notável assoreamento e, assim, proteção contra a ação das ondas. Em oposição, a sotamar do esporão ocorreu um forte processo erosivo associado a um notável recuo da linha de costa e um notável rebaixamento da duna frontal. Relativamente à evolução da morfologia costeira na frente marítima da Leirosa, essencialmente determinada pela presença do esporão construído em 1978, ela foi semelhante à da frente marítima da Costa de Lavos.
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