Tablets no Ensino e na Aprendizagem. A sala de aula Gulbenkian: Entender o presente, preparar o futuro.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/27536 |
Resumo: | O estudo apresenta os resultados de uma investigação realizada no âmbito do projeto “Tablets no Ensino e na Aprendizagem. A sala de aula Gulbenkian: entender o presente preparar o futuro”, encomendado pela Fundação Calouste Gulbenkian e levado a cabo numa escola secundária em Lisboa. O projeto teve a duração de dois anos e envolveu duas turmas e respetivos professores: uma turma do Ensino Básico (7.o/8.o ano) e outra do Ensino Secundário (10.o/11.o ano). Está organizado em torno de cinco capítulos principais: referencial teórico e prático do projeto TEA, Metodologias e desenho geral da investigação, Contexto e intervenientes, Implementação e Resultados. Inclui, ainda, uma secção relativa às conclusões, bem como um conjunto de recomendações, dirigido a diferentes públicos. O projeto implicou a distribuição de tablets, numa razão de um tablet por aluno e por professor, para uso contínuo na escola e em casa, tendo sido implementado em duas componentes: a intervenção – correspondente à distribuição de equipamento, manuais digitais e outros recursos educativos digitais, oferta de formação e acompanhamento de professores no uso educativo das tecnologias digitais na escola e na sala de aula – e a componente de investigação, implicando a administração de questionários, observação e gravação de aulas, entrevistas a professores e alunos e outros métodos de recolha de dados. O primeiro capítulo – Referencial teórico e prático do projeto TEA – além de apresentar o conjunto de metodologias preconizadas no âmbito do projeto, enquadra e baliza o processo investigativo, que gira em torno dos processos de integração das tecnologias no ensino e na aprendizagem, inscritos em três vias e trajetórias possíveis, que foram identificadas nos modus faciendi dos professores e dos alunos, no que respeita à utilização das tecnologias digitais: apropriação,não apropriação e desapropriação, em duas vertentes, a pedagógica e a técnico-pedagógica. A investigação revelou dois perfis de apropriação das tecnologias digitais: o de utilizador e o de aprendente. O segundo capítulo debruça-se sobre as questões orientadoras da investiga- ção, a metodologia adotada e o desenho geral da investigação. O projeto TEA teve como objetivos: a) identicar formas de apropriação das tecnologias digitais; b) identicar, perante diferentes oportunidades de desenvolvimento prossional, quais as que cada professor escolheu, passou a incluir no seu repertório metodológico e a utilizar na sua prática letiva; c) compreender os processos relativos ao modo como os professores se apropriaram das tecnologias para ensinarem melhor, de forma mais e caz; d) analisar se os alunos aprenderam mais, com aprendizagens mais abran- gentes e consolidadas e bons resultados escolares; e e) se os alunos aprenderam melhor, com evidente aprofundamento de competências e alteração positiva de atitudes relativamente à escola e ao estudo. A metodologia adotada correspondeu a um desenho combinado, ou misto, de métodos quantitativos e qualitativos de recolha de dados, com desenho por triangulação, tendo-se utilizado uma variedade de instrumentos e modos de recolha de dados. Foram realizados os respetivos estudos de validade e fiabilidade. Os dados quantitativos foram analisados com recurso a estatística descritiva, correlacional e inferencial e os dados qualitativos foram objeto de análise de conteúdo. Foi adotado um procedimento por protocolo simples para triangulação dos dados recolhidos a partir dos métodos quantitativos e qualitativos. O contexto e os intervenientes no projeto são o objeto do capítulo 3. Aqui, dá-se a conhecer o contexto em que o projeto se desenvolveu, faz-se uma caracterização dos alunos (incluindo aspetos demográficos, sociais e escolares, de caráter geral, nomeadamente a idade, o género, as habilitações dos pais e/ou encarregados de educação e ação social escolar, bem como a retenção escolar destes alunos, nos anos entre 2014-2016) e dos professores (incluindo dados sobre a idade, o sexo, o tempo de serviço e os grupos de recrutamento implica- dos no projeto). Registam-se as condições da sua implementação, nomeada- mente as condições tecnológicas e infraestruturais existentes. Finaliza-se com uma listagem e uma caracterização dos dispositivos de formação, acompanha- mento e apoio que foram concebidos e efetivados ao longo do projeto. O capítulo seguinte – Resultados – é o mais substancial, congregando dados quantitativos e qualitativos e respetiva triangulação. Está dividida em três gran- des subsecções – processos de apropriação dos tablets por alunos e professores, resultados das aprendizagens e conclusões e recomendações. A leitura da primeira subsecção permite ficar com uma imagem do modo e da regularidade com que os alunos utilizam as tecnologias digitais e o acesso que têm à Internet e que dela fazem na escola e nas suas casas. Por outro lado, é revelada a perceção que têm da sua fluência digital, a exposição que tiveram às tecnologias digitais e o uso que delas fizeram na escola, em geral, e na sala de aula, em particular. São também dilucidadas as atitudes de alunos e professores face às tecnologias. Uma outra parte substantiva desta subsecção é devotada aos processos de apropriação, não apropriação e desapropriação das tecnologias digitais, manuais escolares digitais e outros recursos educativos digitais por par- te de alunos e professores. A formação e o acompanhamento que foram postos à disposição dos docentes integrados no projeto e a medida do seu impacto e da internalização das metodologias propostas constituem a parte média da subsecção, que ainda dá conta dos resultados da administração do TPACK, um modelo que sugere que o conhecimento de um professor deverá resultar da combinação de três tipos de conhecimentos: o conhecimento pedagógico, o conhecimento dos conteúdos e o conhecimento tecnológico. A conjugação destes três conhecimentos traduz-se no conhecimento tecnológico pedagógico dos conteúdos. O modelo é instrumentado e os resultados da sua aplicação são conhecidos nesta subsecção. Os processos de ensino e de aprendizagem com recurso à tecnologia, con- substanciados nas conceções pedagógicas dos professores e no uso que fizeram das tecnologias digitais na sala de aula, bem como os processos e trajetórias de mudança nas práticas educativas, finalizam a subsecção. Na última subsecção, mostram-se os resultados de aprendizagem, vistos aqui numa perspetiva ampla que abrange os resultados escolares, mas também competências digitais, sociais e atitudinais que terão sido adquiridas no âmbito do projeto TEA. Antes de se “fechar o pano”, deixam-se testemunhos, apreciações e reflexões feitas por alunos e professores sobre a sua participação no projeto. O documento termina com o conjunto de conclusões que se pode retirar deste esforço de recolha de dados, de empreendimento metodológico de investigação e de análise de uma massa imensa, e inicialmente “disforme”, de dados, quantitativos e qualitativos, obtidos no decurso dos dois anos do projeto. Seguem-se as recomendações, a diferentes níveis de atuação, a quem pense, queira, imagine conceber, organizar e implementar iniciativas de utilização de tecnologias digitais móveis, num rácio de 1:1, em escolas no território português. |
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O projeto implicou a distribuição de tablets, numa razão de um tablet por aluno e por professor, para uso contínuo na escola e em casa, tendo sido implementado em duas componentes: a intervenção – correspondente à distribuição de equipamento, manuais digitais e outros recursos educativos digitais, oferta de formação e acompanhamento de professores no uso educativo das tecnologias digitais na escola e na sala de aula – e a componente de investigação, implicando a administração de questionários, observação e gravação de aulas, entrevistas a professores e alunos e outros métodos de recolha de dados. O primeiro capítulo – Referencial teórico e prático do projeto TEA – além de apresentar o conjunto de metodologias preconizadas no âmbito do projeto, enquadra e baliza o processo investigativo, que gira em torno dos processos de integração das tecnologias no ensino e na aprendizagem, inscritos em três vias e trajetórias possíveis, que foram identificadas nos modus faciendi dos professores e dos alunos, no que respeita à utilização das tecnologias digitais: apropriação,não apropriação e desapropriação, em duas vertentes, a pedagógica e a técnico-pedagógica. A investigação revelou dois perfis de apropriação das tecnologias digitais: o de utilizador e o de aprendente. O segundo capítulo debruça-se sobre as questões orientadoras da investiga- ção, a metodologia adotada e o desenho geral da investigação. O projeto TEA teve como objetivos: a) identicar formas de apropriação das tecnologias digitais; b) identicar, perante diferentes oportunidades de desenvolvimento prossional, quais as que cada professor escolheu, passou a incluir no seu repertório metodológico e a utilizar na sua prática letiva; c) compreender os processos relativos ao modo como os professores se apropriaram das tecnologias para ensinarem melhor, de forma mais e caz; d) analisar se os alunos aprenderam mais, com aprendizagens mais abran- gentes e consolidadas e bons resultados escolares; e e) se os alunos aprenderam melhor, com evidente aprofundamento de competências e alteração positiva de atitudes relativamente à escola e ao estudo. A metodologia adotada correspondeu a um desenho combinado, ou misto, de métodos quantitativos e qualitativos de recolha de dados, com desenho por triangulação, tendo-se utilizado uma variedade de instrumentos e modos de recolha de dados. Foram realizados os respetivos estudos de validade e fiabilidade. Os dados quantitativos foram analisados com recurso a estatística descritiva, correlacional e inferencial e os dados qualitativos foram objeto de análise de conteúdo. Foi adotado um procedimento por protocolo simples para triangulação dos dados recolhidos a partir dos métodos quantitativos e qualitativos. O contexto e os intervenientes no projeto são o objeto do capítulo 3. Aqui, dá-se a conhecer o contexto em que o projeto se desenvolveu, faz-se uma caracterização dos alunos (incluindo aspetos demográficos, sociais e escolares, de caráter geral, nomeadamente a idade, o género, as habilitações dos pais e/ou encarregados de educação e ação social escolar, bem como a retenção escolar destes alunos, nos anos entre 2014-2016) e dos professores (incluindo dados sobre a idade, o sexo, o tempo de serviço e os grupos de recrutamento implica- dos no projeto). Registam-se as condições da sua implementação, nomeada- mente as condições tecnológicas e infraestruturais existentes. Finaliza-se com uma listagem e uma caracterização dos dispositivos de formação, acompanha- mento e apoio que foram concebidos e efetivados ao longo do projeto. O capítulo seguinte – Resultados – é o mais substancial, congregando dados quantitativos e qualitativos e respetiva triangulação. Está dividida em três gran- des subsecções – processos de apropriação dos tablets por alunos e professores, resultados das aprendizagens e conclusões e recomendações. A leitura da primeira subsecção permite ficar com uma imagem do modo e da regularidade com que os alunos utilizam as tecnologias digitais e o acesso que têm à Internet e que dela fazem na escola e nas suas casas. Por outro lado, é revelada a perceção que têm da sua fluência digital, a exposição que tiveram às tecnologias digitais e o uso que delas fizeram na escola, em geral, e na sala de aula, em particular. São também dilucidadas as atitudes de alunos e professores face às tecnologias. Uma outra parte substantiva desta subsecção é devotada aos processos de apropriação, não apropriação e desapropriação das tecnologias digitais, manuais escolares digitais e outros recursos educativos digitais por par- te de alunos e professores. A formação e o acompanhamento que foram postos à disposição dos docentes integrados no projeto e a medida do seu impacto e da internalização das metodologias propostas constituem a parte média da subsecção, que ainda dá conta dos resultados da administração do TPACK, um modelo que sugere que o conhecimento de um professor deverá resultar da combinação de três tipos de conhecimentos: o conhecimento pedagógico, o conhecimento dos conteúdos e o conhecimento tecnológico. A conjugação destes três conhecimentos traduz-se no conhecimento tecnológico pedagógico dos conteúdos. O modelo é instrumentado e os resultados da sua aplicação são conhecidos nesta subsecção. Os processos de ensino e de aprendizagem com recurso à tecnologia, con- substanciados nas conceções pedagógicas dos professores e no uso que fizeram das tecnologias digitais na sala de aula, bem como os processos e trajetórias de mudança nas práticas educativas, finalizam a subsecção. Na última subsecção, mostram-se os resultados de aprendizagem, vistos aqui numa perspetiva ampla que abrange os resultados escolares, mas também competências digitais, sociais e atitudinais que terão sido adquiridas no âmbito do projeto TEA. Antes de se “fechar o pano”, deixam-se testemunhos, apreciações e reflexões feitas por alunos e professores sobre a sua participação no projeto. O documento termina com o conjunto de conclusões que se pode retirar deste esforço de recolha de dados, de empreendimento metodológico de investigação e de análise de uma massa imensa, e inicialmente “disforme”, de dados, quantitativos e qualitativos, obtidos no decurso dos dois anos do projeto. 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A sala de aula Gulbenkian: Entender o presente, preparar o futuro.Fundação Calouste Gulbenkian. 420 pp.naosimjlramos@uevora.ptjmoura.carvalho@gmail.com229Ramos, J.L.Carvalho, J.M.info:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T19:14:24Zoai:dspace.uevora.pt:10174/27536Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:13:46.193744Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O projeto implicou a distribuição de tablets, numa razão de um tablet por aluno e por professor, para uso contínuo na escola e em casa, tendo sido implementado em duas componentes: a intervenção – correspondente à distribuição de equipamento, manuais digitais e outros recursos educativos digitais, oferta de formação e acompanhamento de professores no uso educativo das tecnologias digitais na escola e na sala de aula – e a componente de investigação, implicando a administração de questionários, observação e gravação de aulas, entrevistas a professores e alunos e outros métodos de recolha de dados. O primeiro capítulo – Referencial teórico e prático do projeto TEA – além de apresentar o conjunto de metodologias preconizadas no âmbito do projeto, enquadra e baliza o processo investigativo, que gira em torno dos processos de integração das tecnologias no ensino e na aprendizagem, inscritos em três vias e trajetórias possíveis, que foram identificadas nos modus faciendi dos professores e dos alunos, no que respeita à utilização das tecnologias digitais: apropriação,não apropriação e desapropriação, em duas vertentes, a pedagógica e a técnico-pedagógica. A investigação revelou dois perfis de apropriação das tecnologias digitais: o de utilizador e o de aprendente. O segundo capítulo debruça-se sobre as questões orientadoras da investiga- ção, a metodologia adotada e o desenho geral da investigação. O projeto TEA teve como objetivos: a) identicar formas de apropriação das tecnologias digitais; b) identicar, perante diferentes oportunidades de desenvolvimento prossional, quais as que cada professor escolheu, passou a incluir no seu repertório metodológico e a utilizar na sua prática letiva; c) compreender os processos relativos ao modo como os professores se apropriaram das tecnologias para ensinarem melhor, de forma mais e caz; d) analisar se os alunos aprenderam mais, com aprendizagens mais abran- gentes e consolidadas e bons resultados escolares; e e) se os alunos aprenderam melhor, com evidente aprofundamento de competências e alteração positiva de atitudes relativamente à escola e ao estudo. A metodologia adotada correspondeu a um desenho combinado, ou misto, de métodos quantitativos e qualitativos de recolha de dados, com desenho por triangulação, tendo-se utilizado uma variedade de instrumentos e modos de recolha de dados. Foram realizados os respetivos estudos de validade e fiabilidade. Os dados quantitativos foram analisados com recurso a estatística descritiva, correlacional e inferencial e os dados qualitativos foram objeto de análise de conteúdo. Foi adotado um procedimento por protocolo simples para triangulação dos dados recolhidos a partir dos métodos quantitativos e qualitativos. O contexto e os intervenientes no projeto são o objeto do capítulo 3. Aqui, dá-se a conhecer o contexto em que o projeto se desenvolveu, faz-se uma caracterização dos alunos (incluindo aspetos demográficos, sociais e escolares, de caráter geral, nomeadamente a idade, o género, as habilitações dos pais e/ou encarregados de educação e ação social escolar, bem como a retenção escolar destes alunos, nos anos entre 2014-2016) e dos professores (incluindo dados sobre a idade, o sexo, o tempo de serviço e os grupos de recrutamento implica- dos no projeto). Registam-se as condições da sua implementação, nomeada- mente as condições tecnológicas e infraestruturais existentes. Finaliza-se com uma listagem e uma caracterização dos dispositivos de formação, acompanha- mento e apoio que foram concebidos e efetivados ao longo do projeto. O capítulo seguinte – Resultados – é o mais substancial, congregando dados quantitativos e qualitativos e respetiva triangulação. Está dividida em três gran- des subsecções – processos de apropriação dos tablets por alunos e professores, resultados das aprendizagens e conclusões e recomendações. A leitura da primeira subsecção permite ficar com uma imagem do modo e da regularidade com que os alunos utilizam as tecnologias digitais e o acesso que têm à Internet e que dela fazem na escola e nas suas casas. Por outro lado, é revelada a perceção que têm da sua fluência digital, a exposição que tiveram às tecnologias digitais e o uso que delas fizeram na escola, em geral, e na sala de aula, em particular. São também dilucidadas as atitudes de alunos e professores face às tecnologias. Uma outra parte substantiva desta subsecção é devotada aos processos de apropriação, não apropriação e desapropriação das tecnologias digitais, manuais escolares digitais e outros recursos educativos digitais por par- te de alunos e professores. A formação e o acompanhamento que foram postos à disposição dos docentes integrados no projeto e a medida do seu impacto e da internalização das metodologias propostas constituem a parte média da subsecção, que ainda dá conta dos resultados da administração do TPACK, um modelo que sugere que o conhecimento de um professor deverá resultar da combinação de três tipos de conhecimentos: o conhecimento pedagógico, o conhecimento dos conteúdos e o conhecimento tecnológico. A conjugação destes três conhecimentos traduz-se no conhecimento tecnológico pedagógico dos conteúdos. O modelo é instrumentado e os resultados da sua aplicação são conhecidos nesta subsecção. Os processos de ensino e de aprendizagem com recurso à tecnologia, con- substanciados nas conceções pedagógicas dos professores e no uso que fizeram das tecnologias digitais na sala de aula, bem como os processos e trajetórias de mudança nas práticas educativas, finalizam a subsecção. Na última subsecção, mostram-se os resultados de aprendizagem, vistos aqui numa perspetiva ampla que abrange os resultados escolares, mas também competências digitais, sociais e atitudinais que terão sido adquiridas no âmbito do projeto TEA. Antes de se “fechar o pano”, deixam-se testemunhos, apreciações e reflexões feitas por alunos e professores sobre a sua participação no projeto. O documento termina com o conjunto de conclusões que se pode retirar deste esforço de recolha de dados, de empreendimento metodológico de investigação e de análise de uma massa imensa, e inicialmente “disforme”, de dados, quantitativos e qualitativos, obtidos no decurso dos dois anos do projeto. 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Ramos, J.L. e Moura, J.M. (2017). Tablets no Ensino e na Aprendizagem. A sala de aula Gulbenkian: Entender o presente, preparar o futuro.Fundação Calouste Gulbenkian. 420 pp. nao sim jlramos@uevora.pt jmoura.carvalho@gmail.com 229 |
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