Glicemia, comportamentos agressivos, neuroticismo e depressão: que relação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Joana Carolina Dória
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9398
Resumo: Neste estudo procuramos evidenciar se diferentes níveis de glicemia estão relacionados com os comportamentos agressivos, com o neuroticisimo enquanto indicador de personalidade e com a depressão enquanto indicador de saúde mental. Ao estudarmos o modo de como os diferentes níveis de açúcar podem estar relacionados com o bem-estar dos indivíduos, podemos observar a relação que estes têm com os diferentes comportamentos, com a saúde mental, bem como com a personalidade. O principal objetivo do presente estudo passa pela compreensão da relação que a glicemia pode ter com os comportamentos agressivos, com a depressão e com o neuroticismo. Esta investigação assume uma vertente descritiva, transversal, de tipo correlacional, com uma amostra recolhida através de um protocolo online, com o preenchimento de um questionário sociodemográfico, do Inventário das Cinco Dimensões de Personalidade (Neuroticismo), da Escala de Comportamentos Agressivos, o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (Depressão), bem como preenchimento de medidas biomédicas. Incluiu um grupo de 216 participantes com idades compreendidas entre os 18 e os 89 anos (Média=38,36; Desvio-Padrão=17,99), com 73 sujeitos do sexo masculino e 143 do sexo feminino. Foi possível observar, através dos resultados obtidos, uma correlação estatisticamente significativa entre os níveis de glicemia e os comportamentos agressivos, o neuroticismo e a depressão. Em geral verificou-se que níveis elevados de açúcar no sangue acabam por estar relacionados com a prevalência de comportamentos agressivos, bem como com sintomas depressivos. Em relação ao neuroticismo, observou-se que quantos menores os níveis de glicemia, maior é a sintomatologia neurótica. Os sujeitos com idades mais jovens foram os que obtiveram valores mais estáveis de açúcar no sangue, verificando-se um aumento destes níveis conforme o decorrer da idade, ou seja, em idades mais avançadas. Os sujeitos do sexo masculino obtiveram uma pontuação mais elevada, comparativamente às mulheres. Já em termos de escolaridade, um nível académico mais baixo refletiu valores mais acentuados de glicemia e em termos de estatuto socioeconómico, surgiram algumas discrepâncias, apesar de os sujeitos com estatuto médio-alto terem uma maior inclinação para níveis elevados de açúcar no sangue. Ficou patente que os diferentes níveis de açúcar no sangue acabam por ter uma relação significativa com o comportamento agressivo, fatores de personalidade e saúde mental dos sujeitos, e que as diferenças sociodemográficas podem espelhar um contraste nos mesmos.
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Esta investigação assume uma vertente descritiva, transversal, de tipo correlacional, com uma amostra recolhida através de um protocolo online, com o preenchimento de um questionário sociodemográfico, do Inventário das Cinco Dimensões de Personalidade (Neuroticismo), da Escala de Comportamentos Agressivos, o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (Depressão), bem como preenchimento de medidas biomédicas. Incluiu um grupo de 216 participantes com idades compreendidas entre os 18 e os 89 anos (Média=38,36; Desvio-Padrão=17,99), com 73 sujeitos do sexo masculino e 143 do sexo feminino. Foi possível observar, através dos resultados obtidos, uma correlação estatisticamente significativa entre os níveis de glicemia e os comportamentos agressivos, o neuroticismo e a depressão. Em geral verificou-se que níveis elevados de açúcar no sangue acabam por estar relacionados com a prevalência de comportamentos agressivos, bem como com sintomas depressivos. Em relação ao neuroticismo, observou-se que quantos menores os níveis de glicemia, maior é a sintomatologia neurótica. Os sujeitos com idades mais jovens foram os que obtiveram valores mais estáveis de açúcar no sangue, verificando-se um aumento destes níveis conforme o decorrer da idade, ou seja, em idades mais avançadas. Os sujeitos do sexo masculino obtiveram uma pontuação mais elevada, comparativamente às mulheres. Já em termos de escolaridade, um nível académico mais baixo refletiu valores mais acentuados de glicemia e em termos de estatuto socioeconómico, surgiram algumas discrepâncias, apesar de os sujeitos com estatuto médio-alto terem uma maior inclinação para níveis elevados de açúcar no sangue. Ficou patente que os diferentes níveis de açúcar no sangue acabam por ter uma relação significativa com o comportamento agressivo, fatores de personalidade e saúde mental dos sujeitos, e que as diferenças sociodemográficas podem espelhar um contraste nos mesmos.In this study we tried to show if different levels of glucose are related to aggressive behaviors, with neuroticism as a personality indicator and with a depression as a mental health indicator. When we study the way in which the different levels of sugar can be related to the well-being of the individuals, we observe a relation that those have with these different behaviors, with a mental health, as well as a personality. The main objective of the present study is to understand the relationship between glucose and problems with aggressive behavior, depression and neuroticism. This research assumes a descriptive, cross-sectional, correlational type, with a sample collected through an online protocol, with the filling of a sociodemographic questionnaire, the Inventory of Five Personality Dimensions (Neuroticism), the Aggressive Behavior Scale, Psychopathological Symptoms (Depression) as well as filling biomedical measures. It included a group of 216 participants aged 18-89 years (mean = 38.36; standard deviation = 17.99), with 73 male subjects and 143 female subjects. In general, it was found that high blood sugar levels were related to the prevalence of aggressive behaviors as well as to depressive symptoms. In neuroticism, it was observed that the lower the glucose levels, the greater is a neurotic symptomatology. The subjects with younger ages that compose the lowest volume levels, an increase of these levels according to the flow of age, that is, at more advanced ages. Male subjects had a higher score compared to women. Already in terms of schooling, a lower academic level reflected higher blood glucose levels and in terms of socioeconomic status, some discrepancies appeared, although subjects with medium-high status tended to be more inclined to high blood sugar levels. It has become clear that the different levels of blood sugar end up having a significant relation with the aggressive behavior, personality factors and mental health of the subjects, and how differential sociologies can reflect a contrast in them.Loureiro, Manuel Joaquim da SilvauBibliorumFernandes, Joana Carolina Dória2020-02-19T17:01:34Z2017-10-262017-10-22017-10-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/9398TID:202341119porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:50:43Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/9398Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:49:41.459917Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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