Acerca da influência ambiental e humananos moluscos do Monte Molião (Lagos, Portugal)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Detry, Cleia
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Arruda, Ana Margarida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/9757
Resumo: O Monte Molião (Lagos) é um sítio arqueológico ocupado entre a Idade do Ferro e a época romana Imperial que está situado junto do estuário da ribeira de Benssafrim. O estudo zooarqueológico dos materiais recuperados neste sítio permitiu reconstituir as dietas das populações que nele habitaram, tendo possibilitado registar a presença de uma ampla diversidade de mamíferos, aves, peixes e moluscos. A prolixa presença de peixe (incluindo os recuperados nos tanques de salga), os restos de mamíferos marinhos (vértebras de baleia) e a abundância de moluscos marcam também este conjunto, situação que se deve, certamente, à proximidade da linha de costa. A presença de algumas espécies de aves costeiras vem reforçar a importância da utilização dos recursos ribeirinhos. É na variação das espécies de bivalves mais frequentes que se encontrou os resultados mais díspares. A diminuição acentuada de Cerastoderma edule (berbigão) no período romano republicano e aumento de Mytilus edulis (mexilhão) e Ruditapes Decussatus (ameijoa -boa), parecem indicar alterações ambientais, em que o ambiente estuarino de baixa energia, favorável ao berbigão, parece ter sido perturbado. Outra hipótese seria de ordem cultural, motivando a alteração nos hábitos de exploração dos recursos aquáticos. O facto de o berbigão recuperar a abundância de restos no período imperial parece reforçar uma hipótese ambiental transitória (tempestade ou tsunami) na perturbação da ribeira de Benssafrim.
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