Avaliação da qualidade ecológica de linhas de água utilizando macroinvertebrados bentónicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mourinha, C.
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Morais, M., Rosado, J., Durão, A.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/10060
Resumo: O conhecimento dos organismos aquáticos num curso de água é essencial pois a existência, ou não, de determinadas espécies serve como indicador do estado ecológico do ecossistema a longo prazo. O estado ecológico traduz a qualidade estrutural e funcional dos ecossistemas aquáticos associados às águas de superfície e é expresso com base no desvio relativamente às condições de referência. Vários autores destacam a importância dos macrinvertebrados bentónicos como bioindicadores da qualidade da água e dos ecossistemas associados. Devido ao seu ciclo de vida relativamente extenso e migração limitada, os macroinvertebrados são especialmente sensíveis a factores de pressão local, tais como a pressão química, orgânica ou hidromorfológica, que se vão repercutir na estrutura das comunidades presentes. Assim, a preservação da biodiversidade destes organismos nos ecossistemas aquáticos está directamente relacionada com a conservação e preservação dos cursos de água em que habitam. Este trabalho teve como objectivos apresentar os resultados da avaliação da qualidade ecológica efectuada em cinco (5) locais localizados na bacia hidrográfica do rio Mondego, nomeadamente: três (3) localizados no rio Mondego (montante, intermédio, jusante); um (1) localizado na Ribeira de Linhares e um (19 no Rio Torto. A avaliação da qualidade ecológica do Rio Mondego montante, intermédio e jusante; da Ribeira de Linhares e do Rio Tortro, através de macroinvertebrados bentónicos, permitiu classificar os locais em diferentes classes de qualidade e inferir acerca da existência de modificações no ecossistema devido às diferentes pressões antropogénicas a que estes se encontram sujeitos. As comunidades de macroinvertebrados bentónicos presentes nos troços amostrados reflectem, no caso do Rio Torto e da Ribeira de Linhares, interferências antropogénicas baixa ou nula, tendo sido classificados com qualidade “Excelente” e “Bom”, respectivamente. No caso dos locais amostrados no Rio Mondego (Mondego montante, intermédio e jusante), estes foram classificados com qualidade “Razoável”, o que traduz as condições existentes no rio Mondego, caracteristicamente com um caudal mais elevado e mais exposto a pressões de origem antropogénica, quer pontuais quer oriundas de escorrências das áreas envolventes. Os locais amostrados no Rio Mondego apesar de apresentarem comunidades menos diversificadas com uma presença dominante de taxa mais tolerantes, todos eles registaram a presença de famílias mais sensíveis, embora com menor representatividade. Estes locais apresentavam caudal elevado e, como tal, apenas se amostraram locais de margem. Os locais Rio Torto e Ribeira de Linhares apresentaram uma comunidade de macroinvertebrados bastante diversificada e com famílias indicadoras de boa qualidade, sendo mais sensíveis em termos de tolerância à contaminação orgânica e a alterações morfológicas. Estes locais apresentaram as maiores diversidades taxonómicas, apresentando uma estrutura mais equilibrada comparativamente com os restantes locais, na medida em que não se verificam famílias com dominâncias relevantes, facto que contribui para a grande riqueza específica. Como tal, a contínua monitorização dos cursos de água recorrendo a este tipo de bioindicadores é fundamental para acompanhar a evolução dos ecossistemas aquáticos e minimizar as condições impostas pela acção antropogénica.
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