Sépsis a Fungos em Recém-Nascidos < 1500 gr

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silvestre, Paula
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Nona, José, Costa, Teresa, Valido, A. Marques
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2000.5361
Resumo: A sépsis a fungos representa actualmente uma situação preocupante para o neonatologista, especialmente nos recém-nascidos (RN) de pré-termo de muito baixo peso admitidos numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. O objectivo do trabalho foi avaliar a incidência desta patologia nos recém-nascidos de muito baixo peso na nossa Unidade, determinar os factores de risco mais importantes e frequentes e avaliar a eficácia da terapêutica instituída. Os autores realizaram uma revisão dos processos clínicos dos recém-nascidos de muito baixo peso, com diagnóstico de sépsis a fungos (total=17), no período de nove anos (1990 a 1998). O diagnóstico foi efectuado em todos os casos por pelo menos uma hemocultura positiva para fungos. A incidência global nos recém-nascidos de muito baixo peso foi de ± 1,9%. Todos os recém-nascidos tinham factores predisponentes como seja: extrema prematuridade (< 28 semanas em 82%), extremo baixo peso ao nascer (<1000gr em 88%), múltiplas técnicas invasivas (88% a 94% catéteres centrais), múltiplos ciclos de antibióticos (88% > três ciclos), alimentação parentérica total, ventilação e internamento prolongados. A idade máxima na altura do diagnóstico foi de 69 dias (mediana = 25 dias). O fungo isolado foi em todos os casos: Candida albicans. Todos os doentes foram tratados com Anfotericina B. Apenas houve registo de um caso de toxicidade hepática grave (com a utilização da Anfotericina B convencional). A mortalidade foi de 17,6%. Um alto índice de suspeição, a rapidez no diagnóstico e o início precoce da terapêutica antifúngica, são condições essenciais para o sucesso terapêutico e prognóstico das infecções fúngicas sistémicas.
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