Síndromes de Hipotensão Ortostática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Rosa Liliana Carneiro de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8083
Resumo: O termo ortostase deriva das palavras gregas “orthós” e “stásis” e significa estar na posição ereta. Para ser possível manter a ortostase são necessários mecanismos que permitam o retorno venoso suficiente e sustentado para o coração, caso contrário ocorre queda na pressão arterial, podendo resultar em hipotensão. Estes mecanismos têm-se desenvolvido ao longo do tempo, mas continuam pouco compreendidos. Sabe-se que para a manutenção da ortostase é preciso haver interação complexa entre vias autorreguladoras cardiovasculares, autonómicas e neuroendócrinas, bem como manobras físicas subconscientes que reduzem a capacidade venosa e aumentam a resistência vascular periférica levando ao aumento do retorno venoso. Como etiologia a hipotensão ortostática pode ter causas primárias e secundárias, sendo a insuficiência autonómica pura e a atrofia sistémica múltipla exemplos de causas primárias e a hipovolémia e a iatrogenia/medicação exemplos de causas secundárias. A doença dos barorrecetores inclui-se nas causas secundárias de hipotensão ortostática. A Hipotensão Ortostática pode ser aguda ou crónica, sintomática ou assintomática. Dado que a Hipotensão Ortostática é um sinal e não um sintoma de doença, não é considerada uma entidade patológica e inclui-se nas síndromes de intolerância ortostática, cujos sintomas, tais como visão turva, náuseas, fadiga, fraqueza, palpitações, dores de cabeça entre outros, são semelhantes entre si, no entanto diferem no mecanismo de origem. Estes sintomas são provocados pela hipoperfusão cerebral e por excesso de atividade simpática. Aquando da avaliação da Hipotensão Ortostática é importante ter em consideração os diversos diagnósticos diferenciais que possam levar à queda da pressão arterial, como a existência hipovolémia, medicação, distúrbios autonómicos primários e secundários e sincope vasovagal. A Hipotensão Ortostática é multifatorial e tem maior incidência e prevalência na população idosa, sendo que raramente é encontrada de forma isolada. Ao longo dos últimos anos têm-se desenvolvido estudos que associaram a prevalência deste sinal a um aumento de risco de todas as causas de morte, incidência de doença coronária cardíaca e enfarte. Tendo em conta tudo isto, esta dissertação tem como fim o estudo das síndromes de hipotensão ortostática, focando a sua prevalência na população idosa e a sua influência na morbilidade desta faixa etária. Além disso, também se destaca a hipotensão associada à doença dos barorrecetores.
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Sabe-se que para a manutenção da ortostase é preciso haver interação complexa entre vias autorreguladoras cardiovasculares, autonómicas e neuroendócrinas, bem como manobras físicas subconscientes que reduzem a capacidade venosa e aumentam a resistência vascular periférica levando ao aumento do retorno venoso. Como etiologia a hipotensão ortostática pode ter causas primárias e secundárias, sendo a insuficiência autonómica pura e a atrofia sistémica múltipla exemplos de causas primárias e a hipovolémia e a iatrogenia/medicação exemplos de causas secundárias. A doença dos barorrecetores inclui-se nas causas secundárias de hipotensão ortostática. A Hipotensão Ortostática pode ser aguda ou crónica, sintomática ou assintomática. Dado que a Hipotensão Ortostática é um sinal e não um sintoma de doença, não é considerada uma entidade patológica e inclui-se nas síndromes de intolerância ortostática, cujos sintomas, tais como visão turva, náuseas, fadiga, fraqueza, palpitações, dores de cabeça entre outros, são semelhantes entre si, no entanto diferem no mecanismo de origem. Estes sintomas são provocados pela hipoperfusão cerebral e por excesso de atividade simpática. Aquando da avaliação da Hipotensão Ortostática é importante ter em consideração os diversos diagnósticos diferenciais que possam levar à queda da pressão arterial, como a existência hipovolémia, medicação, distúrbios autonómicos primários e secundários e sincope vasovagal. A Hipotensão Ortostática é multifatorial e tem maior incidência e prevalência na população idosa, sendo que raramente é encontrada de forma isolada. Ao longo dos últimos anos têm-se desenvolvido estudos que associaram a prevalência deste sinal a um aumento de risco de todas as causas de morte, incidência de doença coronária cardíaca e enfarte. Tendo em conta tudo isto, esta dissertação tem como fim o estudo das síndromes de hipotensão ortostática, focando a sua prevalência na população idosa e a sua influência na morbilidade desta faixa etária. Além disso, também se destaca a hipotensão associada à doença dos barorrecetores.The term orthostasis derives from the greek words "orthós" and "stásis" and means being in an upright posture. In order to maintain this position, mechanisms are necessary to allow sufficient and sustained venous return to the heart, otherwise blood pressure decreases, leading to hypotension. These mechanisms have been developed over time but are still poorly understood. It is known that to the maintenance of orthostasis there is a complex interaction between cardiovascular, autonomic and neuroendocrine self-regulatory pathways, as well as subconscious physical maneuvers which reduce venous capacity and increase peripheral vascular resistance leading to increased venous return. As etiology, orthostatic hypotension may have primary and secondary causes, being pure autonomic failure and multiple systemic atrophy examples of primary causes and hypovolemia and iatrogenic/medication examples of secondary causes. The baroreceptor failure is included in the secondary causes of orthostatic hypotension. Orthostatic hypotension may be acute or chronic, symptomatic or asymptomatic. Since orthostatic hypotension is a signal and not a symptom of a disease, it is not considered as a pathological entity, and is included in syndromes of orthostatic intolerance, whose symptoms such as blurred vision, nausea, fatigue, weakness, palpitations, headaches, among others, are similar to each other, but differ in the origin’s mechanism. These symptoms are caused by cerebral hypoperfusion and by excessive sympathetic activity. During an evaluation of orthostatic hypotension, it is important to take in consideration that different differential diagnoses may lead to lower blood pressure, such as hypovolemia, medication, primary and secondary autonomic disorders, and vasovagal syncope. Orthostatic hypotension is multifactorial and has a higher incidence and prevalence in the elderly population, and is rarely found in isolation. Over the last years, studies have been shown that the prevalence of this signal is associated with an increased risk of all causes of death, incidence of coronary heart disease and stroke. Taking all this to account, this dissertation aims the study of orthostatic hypotension syndromes, focusing its prevalence on the elderly population and its influence on the morbidity of this age group, as well the hypotension associated with the baroreceptor failure.Rodrigues, Manuel de CarvalhouBibliorumSousa, Rosa Liliana Carneiro de2019-12-20T17:29:12Z2017-4-212017-07-172017-07-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8083TID:202347605porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:49Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8083Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:30.032592Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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