Cuidadores informais de idosos: Avaliação dos antecendentes e consequentes do cuidar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cachada, Catarina Rodrigues
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1828
Resumo: O envelhecimento da sociedade é uma realidade incontornável, fruto de uma maior longevidade humana, à qual se associam índices de dependência acrescidos em função do agravamento da morbilidade adquirida previamente e de uma maior vulnerabilidade do idoso. Esta nova realidade coloca desafios e exigências cada vez mais complexas que promovam a manutenção da qualidade de vida do idoso, no domicílio e que não sobrecarregue a família. Os familiares, particularmente os descendentes diretos do idoso, têm-se assumido como os principais cuidadores informais, assegurando os cuidados necessários à manutenção da qualidade vida do idoso. Apesar da investigação existente sobre os efeitos positivos e negativos que a tarefa de cuidar poderá ter no cuidador, continuam a não existir respostas que contribuam para a qualidade de vida dos cuidadores informais. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo (1) caracterizar os cuidadores informais em termos sociodemográficos, de ansiedade filial, satisfação com a vida, sobrecarga, dificuldades percecionadas pelos cuidadores no âmbito do cuidar e fontes de satisfação associadas ao cuidar; (2) caracterizar os idosos alvo de cuidados em termos sociodemográficos, de funcionalidade e declínio cognitivo; e (3) analisar as relações entre as principais variáveis associadas aos cuidados. Participaram no estudo 40 cuidadores informais de idosos que recebem os serviços de um SAD. Para a recolha dos dados foi utilizado um protocolo de avaliação dos cuidadores constituído por Ficha Sociodemográfica, Escala de Sobrecarga do Cuidador (Sequeira, 2007), Escala de Ansiedade Filial (Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2013), Escala da Satisfação com a Vida (Neto, Barros & Barros, 1990), Índice de Avaliação das Dificuldades do Cuidador (Sequeira, 2010) e Índice de Satisfação do Cuidador (Sequeira, 2010); e um protocolo de avaliação dos idosos alvo de cuidados constituído por Ficha Sociodemográfica, Índice de Barthel (Araújo, Ribeiro, Oliveira & Pinto, 2007), Índice de Lawton (Sequeira, 2007), Escala de Satisfação com a Vida (Neto, Barros & Barros, 1990), Escala de Avaliação do Estado Mental (Morgado, Rocha, Maruta, Guerreiro & Martins, 2009) e Escala de Depressão Geriátrica (Barreto, Leuschner, Santos & Sobral, 2003). Os resultados relativos aos cuidadores informais revelam que estes são maioritariamente mulheres (62,5%), de meia-idade, casadas, descendentes, com escolaridade entre 1 e 4 anos e a coabitar com o idoso. A natureza dos cuidados proporcionados é muito diversa, abarcando higiene habitacional e pessoal (55,0% e 47,5% respetivamente), apoio à alimentação (47,5%), cuidados de saúde (52,5%), apoio económico (35%) e companhia (57,5%). A grande maioria dos cuidadores apresenta sobrecarga (62,5%), sendo mesmo que 50% dos cuidadores apresenta sobrecarga intensa e níveis elevados de ansiedade filial. As dificuldades com que os cuidadores em média mais se confrontam são exigências de ordem física da prestação de cuidados (M=8,4, dp=6,6), restrições na vida social (M=7,7, dp=6,0) e problemas relacionais com o idoso (M=6,3, dp=7,2). As fontes de satisfação identificadas pelos cuidadores com valores médios mais elevados são o desempenho do papel de cuidador (M=16,3, dp=3,7) e o contexto do cuidador (M=12,6, dp=5,3). Além disso, foi encontrada uma associação estatisticamente significativa, positiva e forte entre (1) CADI global e CASI global, (2) Ansiedade filial B e Sobrecarga, (3) Ansiedade filial total e Sobrecarga, (4) Sobrecarga e CADI, e (5) Ansiedade filial B e CADI. Já os resultados relativos aos idosos indicam que se situam na 4ª idade (M=81,6, dp=7,3), são maioritariamente do género feminino (53,3%), viúvos (46,7%), sem escolaridade (44,4%) e a viver em agregado familiar (77,8%). A maioria é independente para as ABVD (42,2%), severamente dependente para as AIVD (60,0%) e sem declínio cognitivo (60,0%). Neste sentido, e com base nos resultados obtidos, consideramos que os Gerontólogos Sociais devem ter como alvo de atenção o idoso e o cuidador informal, de modo a intervirem, de forma efetiva, na relação de cuidados, facilitando principalmente a adaptação do cuidador a esta nova realidade.
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Apesar da investigação existente sobre os efeitos positivos e negativos que a tarefa de cuidar poderá ter no cuidador, continuam a não existir respostas que contribuam para a qualidade de vida dos cuidadores informais. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo (1) caracterizar os cuidadores informais em termos sociodemográficos, de ansiedade filial, satisfação com a vida, sobrecarga, dificuldades percecionadas pelos cuidadores no âmbito do cuidar e fontes de satisfação associadas ao cuidar; (2) caracterizar os idosos alvo de cuidados em termos sociodemográficos, de funcionalidade e declínio cognitivo; e (3) analisar as relações entre as principais variáveis associadas aos cuidados. Participaram no estudo 40 cuidadores informais de idosos que recebem os serviços de um SAD. Para a recolha dos dados foi utilizado um protocolo de avaliação dos cuidadores constituído por Ficha Sociodemográfica, Escala de Sobrecarga do Cuidador (Sequeira, 2007), Escala de Ansiedade Filial (Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2013), Escala da Satisfação com a Vida (Neto, Barros & Barros, 1990), Índice de Avaliação das Dificuldades do Cuidador (Sequeira, 2010) e Índice de Satisfação do Cuidador (Sequeira, 2010); e um protocolo de avaliação dos idosos alvo de cuidados constituído por Ficha Sociodemográfica, Índice de Barthel (Araújo, Ribeiro, Oliveira & Pinto, 2007), Índice de Lawton (Sequeira, 2007), Escala de Satisfação com a Vida (Neto, Barros & Barros, 1990), Escala de Avaliação do Estado Mental (Morgado, Rocha, Maruta, Guerreiro & Martins, 2009) e Escala de Depressão Geriátrica (Barreto, Leuschner, Santos & Sobral, 2003). Os resultados relativos aos cuidadores informais revelam que estes são maioritariamente mulheres (62,5%), de meia-idade, casadas, descendentes, com escolaridade entre 1 e 4 anos e a coabitar com o idoso. A natureza dos cuidados proporcionados é muito diversa, abarcando higiene habitacional e pessoal (55,0% e 47,5% respetivamente), apoio à alimentação (47,5%), cuidados de saúde (52,5%), apoio económico (35%) e companhia (57,5%). A grande maioria dos cuidadores apresenta sobrecarga (62,5%), sendo mesmo que 50% dos cuidadores apresenta sobrecarga intensa e níveis elevados de ansiedade filial. As dificuldades com que os cuidadores em média mais se confrontam são exigências de ordem física da prestação de cuidados (M=8,4, dp=6,6), restrições na vida social (M=7,7, dp=6,0) e problemas relacionais com o idoso (M=6,3, dp=7,2). As fontes de satisfação identificadas pelos cuidadores com valores médios mais elevados são o desempenho do papel de cuidador (M=16,3, dp=3,7) e o contexto do cuidador (M=12,6, dp=5,3). Além disso, foi encontrada uma associação estatisticamente significativa, positiva e forte entre (1) CADI global e CASI global, (2) Ansiedade filial B e Sobrecarga, (3) Ansiedade filial total e Sobrecarga, (4) Sobrecarga e CADI, e (5) Ansiedade filial B e CADI. Já os resultados relativos aos idosos indicam que se situam na 4ª idade (M=81,6, dp=7,3), são maioritariamente do género feminino (53,3%), viúvos (46,7%), sem escolaridade (44,4%) e a viver em agregado familiar (77,8%). A maioria é independente para as ABVD (42,2%), severamente dependente para as AIVD (60,0%) e sem declínio cognitivo (60,0%). Neste sentido, e com base nos resultados obtidos, consideramos que os Gerontólogos Sociais devem ter como alvo de atenção o idoso e o cuidador informal, de modo a intervirem, de forma efetiva, na relação de cuidados, facilitando principalmente a adaptação do cuidador a esta nova realidade.Society’s aging is a unavoidable reality, resulting from a longer human longevity, to which adds increased dependency ratios resulting from aggravation of morbidity previously acquired and the greater vulnerability of the elderly. This new reality creates challenges and more and more complex requirements to maintain elderly’s life quality at home. Family members, particularly elderly’s direct descendents, have assumed themselves as the main informal caregivers, assuring the necessary care to maintain elderly’s life quality. Although there is investigation about the positive and negative effects that the caregiving could have on the caregiver, still no interventions that contribute to the quality of life of informal caregivers. In this context, this study aims to (1) characterize the informal caregiver in sociodemographic characteristics, filial anxiety, life’s satisfaction, burden, perceived difficulties by the caregivers in the scope of taking care and sources of satisfaction associated to the caregiving; (2) characterize the elderly who has been taken care of in sociodemographic characteristics, functionality and cognitive decline; and (3) analyze the relationships between the main variables associated with care. Participated in the study 40 informal caregivers. To collect the data it was used an assessment protocol of caregivers constituted by Sociodemographic Scale, Burden Interview Scale (Sequeira, 2007), Filial Anxiety Scale (Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2013), Satisfaction with Life Scale, (Neto, Barros & Barros, 1990), Carers´ Assessment of Difficulties Index (Sequeira, 2010) and Carers’ Assessment of Satisfactions Index (Sequeira, 2010); and an assessment protocol of the elderly constituted by Sociodemographic Scale, Barthel Scale (Araújo, Ribeiro, Oliveira & Pinto, 2007), Lawton Scale (Sequeira, 2007), Satisfaction with Life Scale, (Neto, Barros & Barros, 1990), Mini Mental State Examination (Morgado, Rocha, Maruta, Guerreiro & Martins, 2009) and Geriatric Depression Scale (Barreto, Leuschner, Santos & Sobral, 2003). The results for the informal caregivers reveal that caregivers are usually woman (62,5%), middle aged, married, descendents, with 1 to 4 years of education and cohabit with the elderly. The range of care provided is vast, includes house and personal hygienic (55% and 47,5% respectively), feeding support (47,5%), health care (52,5%), economic support (35%) and company (57,5%). The vast majority is burden (62,5%), and 50% of the caregivers has intense burden and high levels of filial anxiety. The difficulties most frequent are physical requirements of care tasks (M=8,4, dp=6,6), personal life restrictions (M=7,7, dp=6,0) and problems related to the elderly (M=6,3, dp=7,2). The source of satisfaction identified by the caregivers with high average levels are the role of caregiver (M=16,3, dp=3,7) and caregiver context (M=12,6, dp=5,3). Furthermore, there was a positive and strong statistical association between (1) global CADI and global CASI, (2) filial anxiety B and burden (3) total filial anxiety and burden, (4) burden and CADI, and (5) filial anxiety B and CADI. The results of the elderly indicate that they are in 4th age (M=81,6, dp=7,3), mostly are female (53,3%), widowed (46,7%), no educated (44,4%) and living in the household (77,8%). Furthermore, most are independent for ABVD (42,2%), severely dependent for the AIVD (60.0%) and without cognitive decline (60.0%). In this sense, and based on these results, we believe that Social gerontologists should focus their attention in the elderly and their informal caregivers in order to intervene effectively in the caregiving relationship, especially facilitating the adaptation of the caregiver to this new reality.2017-03-31T11:16:52Z2015-06-12T00:00:00Z2015-06-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1828TID:201675501porCachada, Catarina Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:40:33Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1828Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:11.443494Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description O envelhecimento da sociedade é uma realidade incontornável, fruto de uma maior longevidade humana, à qual se associam índices de dependência acrescidos em função do agravamento da morbilidade adquirida previamente e de uma maior vulnerabilidade do idoso. Esta nova realidade coloca desafios e exigências cada vez mais complexas que promovam a manutenção da qualidade de vida do idoso, no domicílio e que não sobrecarregue a família. Os familiares, particularmente os descendentes diretos do idoso, têm-se assumido como os principais cuidadores informais, assegurando os cuidados necessários à manutenção da qualidade vida do idoso. Apesar da investigação existente sobre os efeitos positivos e negativos que a tarefa de cuidar poderá ter no cuidador, continuam a não existir respostas que contribuam para a qualidade de vida dos cuidadores informais. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo (1) caracterizar os cuidadores informais em termos sociodemográficos, de ansiedade filial, satisfação com a vida, sobrecarga, dificuldades percecionadas pelos cuidadores no âmbito do cuidar e fontes de satisfação associadas ao cuidar; (2) caracterizar os idosos alvo de cuidados em termos sociodemográficos, de funcionalidade e declínio cognitivo; e (3) analisar as relações entre as principais variáveis associadas aos cuidados. Participaram no estudo 40 cuidadores informais de idosos que recebem os serviços de um SAD. Para a recolha dos dados foi utilizado um protocolo de avaliação dos cuidadores constituído por Ficha Sociodemográfica, Escala de Sobrecarga do Cuidador (Sequeira, 2007), Escala de Ansiedade Filial (Faria, Toipa, Lamela, Bastos & Cicirelli, 2013), Escala da Satisfação com a Vida (Neto, Barros & Barros, 1990), Índice de Avaliação das Dificuldades do Cuidador (Sequeira, 2010) e Índice de Satisfação do Cuidador (Sequeira, 2010); e um protocolo de avaliação dos idosos alvo de cuidados constituído por Ficha Sociodemográfica, Índice de Barthel (Araújo, Ribeiro, Oliveira & Pinto, 2007), Índice de Lawton (Sequeira, 2007), Escala de Satisfação com a Vida (Neto, Barros & Barros, 1990), Escala de Avaliação do Estado Mental (Morgado, Rocha, Maruta, Guerreiro & Martins, 2009) e Escala de Depressão Geriátrica (Barreto, Leuschner, Santos & Sobral, 2003). Os resultados relativos aos cuidadores informais revelam que estes são maioritariamente mulheres (62,5%), de meia-idade, casadas, descendentes, com escolaridade entre 1 e 4 anos e a coabitar com o idoso. A natureza dos cuidados proporcionados é muito diversa, abarcando higiene habitacional e pessoal (55,0% e 47,5% respetivamente), apoio à alimentação (47,5%), cuidados de saúde (52,5%), apoio económico (35%) e companhia (57,5%). A grande maioria dos cuidadores apresenta sobrecarga (62,5%), sendo mesmo que 50% dos cuidadores apresenta sobrecarga intensa e níveis elevados de ansiedade filial. As dificuldades com que os cuidadores em média mais se confrontam são exigências de ordem física da prestação de cuidados (M=8,4, dp=6,6), restrições na vida social (M=7,7, dp=6,0) e problemas relacionais com o idoso (M=6,3, dp=7,2). As fontes de satisfação identificadas pelos cuidadores com valores médios mais elevados são o desempenho do papel de cuidador (M=16,3, dp=3,7) e o contexto do cuidador (M=12,6, dp=5,3). Além disso, foi encontrada uma associação estatisticamente significativa, positiva e forte entre (1) CADI global e CASI global, (2) Ansiedade filial B e Sobrecarga, (3) Ansiedade filial total e Sobrecarga, (4) Sobrecarga e CADI, e (5) Ansiedade filial B e CADI. Já os resultados relativos aos idosos indicam que se situam na 4ª idade (M=81,6, dp=7,3), são maioritariamente do género feminino (53,3%), viúvos (46,7%), sem escolaridade (44,4%) e a viver em agregado familiar (77,8%). A maioria é independente para as ABVD (42,2%), severamente dependente para as AIVD (60,0%) e sem declínio cognitivo (60,0%). Neste sentido, e com base nos resultados obtidos, consideramos que os Gerontólogos Sociais devem ter como alvo de atenção o idoso e o cuidador informal, de modo a intervirem, de forma efetiva, na relação de cuidados, facilitando principalmente a adaptação do cuidador a esta nova realidade.
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