Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição

Bibliographic Details
Main Author: Duarte,Filipa Martins
Publication Date: 2022
Other Authors: Manuel,Micaela, Ribeiro,Heloísa, Meireles,José Moura de
Format: Article
Language: por
Source: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Download full: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200019
Summary: Resumo Introdução: A oxigenoterapia é uma das terapêuticas mais utilizadas a nível hospitalar, contudo não existem recomendações acerca da sua utilização no doente agudo. O Estudo EMO (Neves, 2012) demonstrou que a utilização de oxigénio nas enfermarias de Medicina Interna portuguesas não seguia as melhores práticas. Pretendeu-se avaliar o impacto da criação e implementação de protocolo de prescrição de oxigenoterapia por intervalo-alvo de saturação periférica num Serviço de Medicina Interna. Métodos: Realizou-se um estudo prospetivo através de auditorias regulares, nos anos 2017 e 2018, incidindo sobre uma amostra representativa dos doentes internados, avaliando variáveis demográficas, tipo de prescrição, identificação do risco de insuficiência respiratória hipercápnica, cumpri­mento da prescrição e falhas na administração. Resultados: Foram incluídos 781 doentes, constatando­se que 583 (74,6%) tinham oxigenoterapia prescrita, dos quais 573 (98,3%) por intervalo-alvo de saturação periférica. Identificaram-se 235 (30, 1 %) doentes com risco de insuficiência respiratória hipercápnica, o que aumentou significativamente em 2018 (26,7% vs 33,3%, p = 0,043). No momento da auditoria, 390 (77,5%) dos doentes com prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica adequada encontravam­se no alvo pretendido. Verificou-se aumento significativo na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica (72,7% vs 99,6% em 2017 vs 97% em 2018, p = 0,017) e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica (12,3% vs 26, 7% em 2017 vs 33,3 % em 2018, p=0,002). Conclusão: A criação do protocolo de oxigenoterapia e formação das equipas médica e enfermagem, permitiu melhorar os cuidados aos doentes, através de melhoria significativa na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica.
id RCAP_94a074114987311a8b27e8317861681b
oai_identifier_str oai:scielo:S0872-671X2022000200019
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de PrescriçãoMedicina InternaOxigenoterapia.Resumo Introdução: A oxigenoterapia é uma das terapêuticas mais utilizadas a nível hospitalar, contudo não existem recomendações acerca da sua utilização no doente agudo. O Estudo EMO (Neves, 2012) demonstrou que a utilização de oxigénio nas enfermarias de Medicina Interna portuguesas não seguia as melhores práticas. Pretendeu-se avaliar o impacto da criação e implementação de protocolo de prescrição de oxigenoterapia por intervalo-alvo de saturação periférica num Serviço de Medicina Interna. Métodos: Realizou-se um estudo prospetivo através de auditorias regulares, nos anos 2017 e 2018, incidindo sobre uma amostra representativa dos doentes internados, avaliando variáveis demográficas, tipo de prescrição, identificação do risco de insuficiência respiratória hipercápnica, cumpri­mento da prescrição e falhas na administração. Resultados: Foram incluídos 781 doentes, constatando­se que 583 (74,6%) tinham oxigenoterapia prescrita, dos quais 573 (98,3%) por intervalo-alvo de saturação periférica. Identificaram-se 235 (30, 1 %) doentes com risco de insuficiência respiratória hipercápnica, o que aumentou significativamente em 2018 (26,7% vs 33,3%, p = 0,043). No momento da auditoria, 390 (77,5%) dos doentes com prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica adequada encontravam­se no alvo pretendido. Verificou-se aumento significativo na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica (72,7% vs 99,6% em 2017 vs 97% em 2018, p = 0,017) e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica (12,3% vs 26, 7% em 2017 vs 33,3 % em 2018, p=0,002). Conclusão: A criação do protocolo de oxigenoterapia e formação das equipas médica e enfermagem, permitiu melhorar os cuidados aos doentes, através de melhoria significativa na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica.Sociedade Portuguesa de Medicina Interna2022-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200019Medicina Interna v.29 n.2 2022reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200019Duarte,Filipa MartinsManuel,MicaelaRibeiro,HeloísaMeireles,José Moura deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:08:36Zoai:scielo:S0872-671X2022000200019Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:20:56.469376Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
title Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
spellingShingle Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
Duarte,Filipa Martins
Medicina Interna
Oxigenoterapia.
title_short Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
title_full Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
title_fullStr Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
title_full_unstemmed Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
title_sort Oxigenoterapia em Enfermaria: Implementação de Protocolo de Prescrição
author Duarte,Filipa Martins
author_facet Duarte,Filipa Martins
Manuel,Micaela
Ribeiro,Heloísa
Meireles,José Moura de
author_role author
author2 Manuel,Micaela
Ribeiro,Heloísa
Meireles,José Moura de
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Duarte,Filipa Martins
Manuel,Micaela
Ribeiro,Heloísa
Meireles,José Moura de
dc.subject.por.fl_str_mv Medicina Interna
Oxigenoterapia.
topic Medicina Interna
Oxigenoterapia.
description Resumo Introdução: A oxigenoterapia é uma das terapêuticas mais utilizadas a nível hospitalar, contudo não existem recomendações acerca da sua utilização no doente agudo. O Estudo EMO (Neves, 2012) demonstrou que a utilização de oxigénio nas enfermarias de Medicina Interna portuguesas não seguia as melhores práticas. Pretendeu-se avaliar o impacto da criação e implementação de protocolo de prescrição de oxigenoterapia por intervalo-alvo de saturação periférica num Serviço de Medicina Interna. Métodos: Realizou-se um estudo prospetivo através de auditorias regulares, nos anos 2017 e 2018, incidindo sobre uma amostra representativa dos doentes internados, avaliando variáveis demográficas, tipo de prescrição, identificação do risco de insuficiência respiratória hipercápnica, cumpri­mento da prescrição e falhas na administração. Resultados: Foram incluídos 781 doentes, constatando­se que 583 (74,6%) tinham oxigenoterapia prescrita, dos quais 573 (98,3%) por intervalo-alvo de saturação periférica. Identificaram-se 235 (30, 1 %) doentes com risco de insuficiência respiratória hipercápnica, o que aumentou significativamente em 2018 (26,7% vs 33,3%, p = 0,043). No momento da auditoria, 390 (77,5%) dos doentes com prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica adequada encontravam­se no alvo pretendido. Verificou-se aumento significativo na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica (72,7% vs 99,6% em 2017 vs 97% em 2018, p = 0,017) e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica (12,3% vs 26, 7% em 2017 vs 33,3 % em 2018, p=0,002). Conclusão: A criação do protocolo de oxigenoterapia e formação das equipas médica e enfermagem, permitiu melhorar os cuidados aos doentes, através de melhoria significativa na prescrição por intervalo-alvo de saturação periférica e na identificação de doentes em risco de insuficiência respiratória hipercápnica.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-06-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200019
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200019
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200019
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
dc.source.none.fl_str_mv Medicina Interna v.29 n.2 2022
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137296736321536