CANCRO PANCREÁTICO ASSOCIADO AO TRABALHO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Almeida,A, Lopes,C
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000100316
Resumo: RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos O cancro do pâncreas apresenta elevada letalidade. Parte da sua etiologia poderá associar-se à atividade laboral, pelo que o conhecimento dos fatores de risco em ambiente de trabalho será importante para o desempenho das equipas de Saúde e Segurança ocupacionais. Assim, tendo em conta que a evidência sobre o assunto é escassa, pretendeu-se com esta revisão sintetizar a informação disponível e mais atual sobre o tema. Metodologia O estudo de Revisão Bibliográfica, teve origem numa pesquisa realizada em janeiro de 2022, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo Em 2008 estimaram-se cerca de 280.000 novos casos, mundialmente. Devido à baixa taxa de sobrevivência, o número de incidência é, a médio prazo, parecido ao da mortalidade. A taxa de sobrevivência a cinco anos em alguns países é de 7 e 8% para os sexos masculino e feminino, respetivamente. Esta patologia geralmente não apresenta resultados encorajadores em relação à quimioterapia ou radioterapia. Ainda que sem consenso total, acredita-se que o sexo masculino seja atingido com maior probabilidade. Discussão e Conclusões Parte dos cancros pancreáticos poderá ter origem ocupacional através do contato com radiação ionizante e sobretudo alguns agentes químicos: pesticidas, fertilizantes, cádmio, níquel (e outros metais pesados), nitrosaminas, hidrocarbonetos clorinados e aromáticos policíclicos, sílica/asbestos, fluidos da metalurgia, tintas e fumos diesel. Assim, os setores profissionais mais relevantes serão a agricultura e jardinagem, limpeza a seco, construção civil/naval (e áreas afins), bem como fotografia. Tendo em conta a escassez de dados a nível nacional, seria relevante obter estudos que explorassem este fenómeno, nomeadamente, quais os níveis de exposição a fatores de risco, potencialmente cancerígenos, quais as profissões mais atingidas, que medidas de proteção foram equacionadas, bem como a sua efetividade ou, até mesmo, a taxa de retorno laboral e suas eventuais limitações.
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