Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves,M. C.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Martins,J. C., Ramos,T. B., Neves,M. J., Pires,F. P., Fernandes,M. L.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100008
Resumo: Num Fluvissolo localizado em Alvalade-Sado (Alentejo) foram construídos 3 monólitos de solo (A, B e C), os quais foram regados, ao longo dos ciclos de rega de 2001 a 2005, com águas de diferente qualidade (Maio a Agosto) e sujeitos a condições atmosféricas durante os restantes meses do ano. Em cada um dos monólitos de solo foi aplicada uma dotação total anual média de 500 mm, cuja qualidade variou com o aumento das concentrações de NaCl, CaCl2 e MgCl2 presentes na água de rega. A condutividade eléctrica (CE) das águas de rega aplicadas variou entre 0,3 e 3,2 dS m-1, sendo as águas de melhor qualidade aplicadas no monólito A e as de pior qualidade aplicadas no monólito C. A razão de adsorção de sódio (SAR) foi de 1, 3 e 6 (meq L-1)0.5 , mantendo a relação Ca:Mg = 1:2 nas águas aplicadas. No fim de cada ciclo de rega, de cada período de “lavagem” pela chuva e no fim do ensaio (Dezembro de 2005) avaliaram-se os efeitos da aplicação das águas de rega na salinização e sodização do solo. Os parâmetros analisados foram a CE e os teores de catiões solúveis no extracto de saturação do solo, os teores de catiões extraíveis, a capacidade de troca catiónica, o SAR ea percentagem de sódio de troca (ESP). No fim do ensaio avaliaram-se ainda as propriedades hidráulicas e a estabilidade da microestrutura do solo. Realizou-se também um balanço de sais entre os diferentes períodos estudados. No final do ensaio os valores da CE, embora superiores aos iniciais, não ultrapassavam 2 dS m-1 . A precipitação ocorrida ao longo do ensaio foi assim suficiente para proporcionar a lavagem dos sais, sobretudo até à profundidade dos 40 cm. Por sua vez o SAR aumentou com as regas, mais notoriamente até aos 40 cm, não sendo tão evidente o efeito de lavagem pela chuva, registando-se no fim do ensaio aumentos de 4, 5 e 9 vezes os valores iniciais de cada monólito. O comportamento do ESP foi semelhante ao do SAR, embora os valores finais não provoquem riscos imediatos de sodização do solo (6% nas condições mais desfavoráveis). O balanço dos sais indicou uma acumulação de sódio de cerca de 2,5 e 4 vezes nos monólitos B e C. Verificou-se ainda uma lixiviação importante daquele catião no monólito C. Não se verificaram alterações dignas de nota nas propriedades hidráulicas e microestrutura do solo. As pequenas variações verificadas devem-se certamente à variação espacial daquelas propriedades.
id RCAP_971ded34e38067d67f88aa520ffccdfc
oai_identifier_str oai:scielo:S0871-018X2009000100008
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str
spelling Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do AlentejoNum Fluvissolo localizado em Alvalade-Sado (Alentejo) foram construídos 3 monólitos de solo (A, B e C), os quais foram regados, ao longo dos ciclos de rega de 2001 a 2005, com águas de diferente qualidade (Maio a Agosto) e sujeitos a condições atmosféricas durante os restantes meses do ano. Em cada um dos monólitos de solo foi aplicada uma dotação total anual média de 500 mm, cuja qualidade variou com o aumento das concentrações de NaCl, CaCl2 e MgCl2 presentes na água de rega. A condutividade eléctrica (CE) das águas de rega aplicadas variou entre 0,3 e 3,2 dS m-1, sendo as águas de melhor qualidade aplicadas no monólito A e as de pior qualidade aplicadas no monólito C. A razão de adsorção de sódio (SAR) foi de 1, 3 e 6 (meq L-1)0.5 , mantendo a relação Ca:Mg = 1:2 nas águas aplicadas. No fim de cada ciclo de rega, de cada período de “lavagem” pela chuva e no fim do ensaio (Dezembro de 2005) avaliaram-se os efeitos da aplicação das águas de rega na salinização e sodização do solo. Os parâmetros analisados foram a CE e os teores de catiões solúveis no extracto de saturação do solo, os teores de catiões extraíveis, a capacidade de troca catiónica, o SAR ea percentagem de sódio de troca (ESP). No fim do ensaio avaliaram-se ainda as propriedades hidráulicas e a estabilidade da microestrutura do solo. Realizou-se também um balanço de sais entre os diferentes períodos estudados. No final do ensaio os valores da CE, embora superiores aos iniciais, não ultrapassavam 2 dS m-1 . A precipitação ocorrida ao longo do ensaio foi assim suficiente para proporcionar a lavagem dos sais, sobretudo até à profundidade dos 40 cm. Por sua vez o SAR aumentou com as regas, mais notoriamente até aos 40 cm, não sendo tão evidente o efeito de lavagem pela chuva, registando-se no fim do ensaio aumentos de 4, 5 e 9 vezes os valores iniciais de cada monólito. O comportamento do ESP foi semelhante ao do SAR, embora os valores finais não provoquem riscos imediatos de sodização do solo (6% nas condições mais desfavoráveis). O balanço dos sais indicou uma acumulação de sódio de cerca de 2,5 e 4 vezes nos monólitos B e C. Verificou-se ainda uma lixiviação importante daquele catião no monólito C. Não se verificaram alterações dignas de nota nas propriedades hidráulicas e microestrutura do solo. As pequenas variações verificadas devem-se certamente à variação espacial daquelas propriedades.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2009-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100008Revista de Ciências Agrárias v.32 n.1 2009reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100008Gonçalves,M. C.Martins,J. C.Ramos,T. B.Neves,M. J.Pires,F. P.Fernandes,M. L.info:eu-repo/semantics/openAccess2023-07-27T12:20:49ZPortal AgregadorONG
dc.title.none.fl_str_mv Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
title Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
spellingShingle Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
Gonçalves,M. C.
title_short Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
title_full Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
title_fullStr Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
title_full_unstemmed Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
title_sort Influência da qualidade da água de rega num Fluvissolo do Alentejo
author Gonçalves,M. C.
author_facet Gonçalves,M. C.
Martins,J. C.
Ramos,T. B.
Neves,M. J.
Pires,F. P.
Fernandes,M. L.
author_role author
author2 Martins,J. C.
Ramos,T. B.
Neves,M. J.
Pires,F. P.
Fernandes,M. L.
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves,M. C.
Martins,J. C.
Ramos,T. B.
Neves,M. J.
Pires,F. P.
Fernandes,M. L.
description Num Fluvissolo localizado em Alvalade-Sado (Alentejo) foram construídos 3 monólitos de solo (A, B e C), os quais foram regados, ao longo dos ciclos de rega de 2001 a 2005, com águas de diferente qualidade (Maio a Agosto) e sujeitos a condições atmosféricas durante os restantes meses do ano. Em cada um dos monólitos de solo foi aplicada uma dotação total anual média de 500 mm, cuja qualidade variou com o aumento das concentrações de NaCl, CaCl2 e MgCl2 presentes na água de rega. A condutividade eléctrica (CE) das águas de rega aplicadas variou entre 0,3 e 3,2 dS m-1, sendo as águas de melhor qualidade aplicadas no monólito A e as de pior qualidade aplicadas no monólito C. A razão de adsorção de sódio (SAR) foi de 1, 3 e 6 (meq L-1)0.5 , mantendo a relação Ca:Mg = 1:2 nas águas aplicadas. No fim de cada ciclo de rega, de cada período de “lavagem” pela chuva e no fim do ensaio (Dezembro de 2005) avaliaram-se os efeitos da aplicação das águas de rega na salinização e sodização do solo. Os parâmetros analisados foram a CE e os teores de catiões solúveis no extracto de saturação do solo, os teores de catiões extraíveis, a capacidade de troca catiónica, o SAR ea percentagem de sódio de troca (ESP). No fim do ensaio avaliaram-se ainda as propriedades hidráulicas e a estabilidade da microestrutura do solo. Realizou-se também um balanço de sais entre os diferentes períodos estudados. No final do ensaio os valores da CE, embora superiores aos iniciais, não ultrapassavam 2 dS m-1 . A precipitação ocorrida ao longo do ensaio foi assim suficiente para proporcionar a lavagem dos sais, sobretudo até à profundidade dos 40 cm. Por sua vez o SAR aumentou com as regas, mais notoriamente até aos 40 cm, não sendo tão evidente o efeito de lavagem pela chuva, registando-se no fim do ensaio aumentos de 4, 5 e 9 vezes os valores iniciais de cada monólito. O comportamento do ESP foi semelhante ao do SAR, embora os valores finais não provoquem riscos imediatos de sodização do solo (6% nas condições mais desfavoráveis). O balanço dos sais indicou uma acumulação de sódio de cerca de 2,5 e 4 vezes nos monólitos B e C. Verificou-se ainda uma lixiviação importante daquele catião no monólito C. Não se verificaram alterações dignas de nota nas propriedades hidráulicas e microestrutura do solo. As pequenas variações verificadas devem-se certamente à variação espacial daquelas propriedades.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-01-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100008
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100008
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Ciências Agrárias v.32 n.1 2009
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777304390000967680