Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/32530 |
Resumo: | O estudo que se segue teve como objetivo analisar, com rigor científico, os processos físicos na base das técnicas laboratoriais de identificação elementar e molecular de fluorescência de raios-X, espectroscopia Micro-Raman, difração de raios-X e microscopia electrónica de varrimento. Com esse objetivo, o foco deste trabalho situou-se no ramo da arte pictórica, mais concretamente, nos pigmentos, fontes de cor, utilizados por diferentes autores e técnicas, através dos tempos. Assim sendo, o estudo dos pigmentos a que o artista recorreu, pela rigorosa análise da sua composição elementar e/ou molecular, constitui uma imensurável mais valia para vindouros trabalhos de restauro, conservação e/ou estudo. Assim, analisou-se o comportamento de uma vasta gama de pigmentos expostos a diferentes temperaturas, que, observando sempre o maior rigor científico, permitiram estabelecer uma competente análise comparativa e, consequentemente, alcançar esclarecedoras respostas. A degradação dos pigmentos é uma razão conhecida para as nefastas alterações de cores a que a maior parte das obras de arte estão sujeitas. A sua origem reside em factores ambientais bem conhecidos: humidade, temperatura, reação química com outros compostos, interação com luz no espetro ultravioleta, entre outras. Posteriormente, com o objetivo de explorar mais aprofundadamente as capacidades das técnicas referidas analisaram-se os pigmentos usados em camadas de pintura azul de cinco obras de arte, no âmbito do património cultural português e com particular interesse no acervo histórico da cidade de Coimbra. São obras executadas entre o século XIV e o século XVIII. Os resultados foram conclusivos e revelaram que quanto ao estudo da degradação de pigmentos por ação térmica, a maioria dos pigmentos revelou não sofrer transformações face a temperaturas inferiores a 200:C. Contudo, identificaram-se cinco excepções: o branco de chumbo, o gesso, verdigris, a azurite e a malaquite. Nestes pigmentos, e quando sujeitos a essas temperaturas, as alterações observadas devem-se, principalmente, a reações de desidratação, a perdas de moléculas de dióxido de carbono e perda de cristalinidade do pigmento. As camadas de pintura azul das obras de arte escolhidas foram, na sua grande maioria, atribuídas ao uso dos pigmentos de azurite e azul ultramarino. Palavras-chave: XRD; XRF; SEM; Micro-Raman; Pigmentos; Degradação com temperatura |
id |
RCAP_a17a73c92db749d6e630ffe19c1d5af1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:estudogeral.uc.pt:10316/32530 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-RamanFísicaEngenharia FísicaTecnologiaPigmentosAnáliseO estudo que se segue teve como objetivo analisar, com rigor científico, os processos físicos na base das técnicas laboratoriais de identificação elementar e molecular de fluorescência de raios-X, espectroscopia Micro-Raman, difração de raios-X e microscopia electrónica de varrimento. Com esse objetivo, o foco deste trabalho situou-se no ramo da arte pictórica, mais concretamente, nos pigmentos, fontes de cor, utilizados por diferentes autores e técnicas, através dos tempos. Assim sendo, o estudo dos pigmentos a que o artista recorreu, pela rigorosa análise da sua composição elementar e/ou molecular, constitui uma imensurável mais valia para vindouros trabalhos de restauro, conservação e/ou estudo. Assim, analisou-se o comportamento de uma vasta gama de pigmentos expostos a diferentes temperaturas, que, observando sempre o maior rigor científico, permitiram estabelecer uma competente análise comparativa e, consequentemente, alcançar esclarecedoras respostas. A degradação dos pigmentos é uma razão conhecida para as nefastas alterações de cores a que a maior parte das obras de arte estão sujeitas. A sua origem reside em factores ambientais bem conhecidos: humidade, temperatura, reação química com outros compostos, interação com luz no espetro ultravioleta, entre outras. Posteriormente, com o objetivo de explorar mais aprofundadamente as capacidades das técnicas referidas analisaram-se os pigmentos usados em camadas de pintura azul de cinco obras de arte, no âmbito do património cultural português e com particular interesse no acervo histórico da cidade de Coimbra. São obras executadas entre o século XIV e o século XVIII. Os resultados foram conclusivos e revelaram que quanto ao estudo da degradação de pigmentos por ação térmica, a maioria dos pigmentos revelou não sofrer transformações face a temperaturas inferiores a 200:C. Contudo, identificaram-se cinco excepções: o branco de chumbo, o gesso, verdigris, a azurite e a malaquite. Nestes pigmentos, e quando sujeitos a essas temperaturas, as alterações observadas devem-se, principalmente, a reações de desidratação, a perdas de moléculas de dióxido de carbono e perda de cristalinidade do pigmento. As camadas de pintura azul das obras de arte escolhidas foram, na sua grande maioria, atribuídas ao uso dos pigmentos de azurite e azul ultramarino. Palavras-chave: XRD; XRF; SEM; Micro-Raman; Pigmentos; Degradação com temperatura2016-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/32530http://hdl.handle.net/10316/32530porSarmento, Manuel João Linhares / Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-RamanSarmento, Manuel João Linharesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:49:09Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/32530Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:00:35.074227Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
title |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
spellingShingle |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman Sarmento, Manuel João Linhares Física Engenharia Física Tecnologia Pigmentos Análise |
title_short |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
title_full |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
title_fullStr |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
title_full_unstemmed |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
title_sort |
Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
author |
Sarmento, Manuel João Linhares |
author_facet |
Sarmento, Manuel João Linhares |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sarmento, Manuel João Linhares |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Física Engenharia Física Tecnologia Pigmentos Análise |
topic |
Física Engenharia Física Tecnologia Pigmentos Análise |
description |
O estudo que se segue teve como objetivo analisar, com rigor científico, os processos físicos na base das técnicas laboratoriais de identificação elementar e molecular de fluorescência de raios-X, espectroscopia Micro-Raman, difração de raios-X e microscopia electrónica de varrimento. Com esse objetivo, o foco deste trabalho situou-se no ramo da arte pictórica, mais concretamente, nos pigmentos, fontes de cor, utilizados por diferentes autores e técnicas, através dos tempos. Assim sendo, o estudo dos pigmentos a que o artista recorreu, pela rigorosa análise da sua composição elementar e/ou molecular, constitui uma imensurável mais valia para vindouros trabalhos de restauro, conservação e/ou estudo. Assim, analisou-se o comportamento de uma vasta gama de pigmentos expostos a diferentes temperaturas, que, observando sempre o maior rigor científico, permitiram estabelecer uma competente análise comparativa e, consequentemente, alcançar esclarecedoras respostas. A degradação dos pigmentos é uma razão conhecida para as nefastas alterações de cores a que a maior parte das obras de arte estão sujeitas. A sua origem reside em factores ambientais bem conhecidos: humidade, temperatura, reação química com outros compostos, interação com luz no espetro ultravioleta, entre outras. Posteriormente, com o objetivo de explorar mais aprofundadamente as capacidades das técnicas referidas analisaram-se os pigmentos usados em camadas de pintura azul de cinco obras de arte, no âmbito do património cultural português e com particular interesse no acervo histórico da cidade de Coimbra. São obras executadas entre o século XIV e o século XVIII. Os resultados foram conclusivos e revelaram que quanto ao estudo da degradação de pigmentos por ação térmica, a maioria dos pigmentos revelou não sofrer transformações face a temperaturas inferiores a 200:C. Contudo, identificaram-se cinco excepções: o branco de chumbo, o gesso, verdigris, a azurite e a malaquite. Nestes pigmentos, e quando sujeitos a essas temperaturas, as alterações observadas devem-se, principalmente, a reações de desidratação, a perdas de moléculas de dióxido de carbono e perda de cristalinidade do pigmento. As camadas de pintura azul das obras de arte escolhidas foram, na sua grande maioria, atribuídas ao uso dos pigmentos de azurite e azul ultramarino. Palavras-chave: XRD; XRF; SEM; Micro-Raman; Pigmentos; Degradação com temperatura |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-09 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10316/32530 http://hdl.handle.net/10316/32530 |
url |
http://hdl.handle.net/10316/32530 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Sarmento, Manuel João Linhares / Degradação de pigmentos com a temperatura estudada por XRF, XRD, SEM-EDS e Micro-Raman |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133896263073792 |